De mim suor frio escorre e um tremor toda me prende. Mais verde que erva estou - e bem morta, por bem pouco, pareço... Mas tudo é para ousar... fr. 31 V
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
2011 está entrando no ar e as cigarras cantam com estridência
Só quando a noite cai é que chegam aos nossos ouvidos tropicais, milhares de sons agudos, os agudos das cigarras. Que cena...
Não me lembro se foi ontem à noite ou se foi hoje de manhã...
Ah! Já lembrei! Foi ontem à noite! Claro, atraída pela luz de um lustre aceso na sala, uma gigante, tamanho família, cigarra sabe-se lá macho ou fêmea, sobrevoou a varanda do apartamento, bateu na porta de correr envidraçada, caiu no chão, ficou lá um pouco zonza, um tanto estatelada, mas, não perdeu a pose, insistente, e do jeito típico de todos os insetos, levantou-se e invadiu novamente a porta que estava aberta e adentrou a casa. Cena pavorosa.
Seus zumbidos amedrontavam as mulheres que estavam jantando à mesa, aos homens não.
A cachorra e a gata, também moradoras do lar, esperavam para a queda da cigarra ao chão, curiosas para ver de perto o grande inseto, de asas e corpo gordo.
O animal, depois de muito se apavorar entre um lustre e outro, entre as paredes e quinas, caiu e a gata correu para ver de que história se tratava. Cena curiosa.
Ficaram ali, se observando, gata, cachorra e cigarra, até que a gata deu uma patada de leve na enorme asa, ao que fez a cigarra se estremecer toda e fugir enlouquecidamente dali.
O homem da casa a apanhou, alojada e escondida numa das pernas de uma cadeira da sala, e com toda a calma que só um homem tem, a levou até a varanda e soltou o inseto pelos ares.
Liberta a cigarra, a normalidade voltou àquela sala.
Se a cigarra estará bem hoje ou amanhã, não se sabe, mas ela já cumpriu seu papel em 2010. Que chegue o ano de 2011 e que ela nele se encaixe.
Viva esta etapa e vamos viver esta nova virada.
E é mais uma cena a começar.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
As relíquias da morte são três
A capa da invisibilidade, a pedra mágica, que nos dá a falsa sensação de poder rever seres queridos que já se foram e a estaca fina, feita com o galho do sabugueiro.
Tudo para mostrar que o ser arrogante, aquele que não cansa de se dar bem, um dia, quando menos espera, se dá mal.
O ser que vê através da pedra seus desejos se realizando, um dia, sente tantas saudades, e acaba se matando para estar mais próximo do objeto que viu.
O ser que veste a capa para tornar-se invisível, de tanto se proteger, perde a graça e o sentido e passa a capa adiante, para um novo ser igualmente assistir a tudo e não aparecer. Lendas e mitos. Querem nos provar o tempo todo que o bom é não se expor.
... Viver quietinho, na sua, devagarinho e chegando lá.
Mas na era em que vivemos, com a comunicação em massa, a midia aterrorizante, os satélites dominando a órbita, a aceleração dos corpos, as ondas de rádio atravessando o céu e suas camadas, as ondas de calor e os raios UVA e UVB nos queimando, os meios de transportes terrestres, coletivos ou não, engarrafados aqui embaixo, o lixo espalhando-se pelos mares e pelos ares, quem consegue vestir a capa da invisibilidade?
Só os seres excluídos.
São eles mesmos: meninos de rua, bandidos pequenos, pés de chinelo, mendigos, bruxos e bruxas. As relíquias do nosso mundo acabam por ser os que vivem em esconderijos e nas cavernas, em lugares distantes. Essas raridades, esses fora da lei, esses agentes apartados da sociedade.
Só eles não se expoem, ninguém sabe seus nomes.
Capa, pedra e estaca, os seres que nos incomodam têm os três objetos.
A gente vive pra descobrir, que no final das contas, realizar é bom, trabalhar é bom, ser solidário é bom; ser solitário, não. Os excluídos têm uma imensa tristeza por não poderem dividir seus objetos com ninguém.
E saber ou não saber, ser ou não ser, ter ou não ter, eis a questão, não adianta nada. Só se constrói alguma coisa com a aproximação.
Na luz, nas trevas ou na transparência.
Falando nisso, o filme "Enterrado vivo", lançado no Brasil em dezembro de 2010, tem me intrigado. Depois dele, deveriam instituir uma lei para que quando fôssemos enterrados, levássemos junto de nosso corpo, no caixão, um telefone celular. Vai que dá uma vontade "do além" de ligar para...?
Tudo para mostrar que o ser arrogante, aquele que não cansa de se dar bem, um dia, quando menos espera, se dá mal.
O ser que vê através da pedra seus desejos se realizando, um dia, sente tantas saudades, e acaba se matando para estar mais próximo do objeto que viu.
O ser que veste a capa para tornar-se invisível, de tanto se proteger, perde a graça e o sentido e passa a capa adiante, para um novo ser igualmente assistir a tudo e não aparecer. Lendas e mitos. Querem nos provar o tempo todo que o bom é não se expor.
... Viver quietinho, na sua, devagarinho e chegando lá.
Mas na era em que vivemos, com a comunicação em massa, a midia aterrorizante, os satélites dominando a órbita, a aceleração dos corpos, as ondas de rádio atravessando o céu e suas camadas, as ondas de calor e os raios UVA e UVB nos queimando, os meios de transportes terrestres, coletivos ou não, engarrafados aqui embaixo, o lixo espalhando-se pelos mares e pelos ares, quem consegue vestir a capa da invisibilidade?
Só os seres excluídos.
São eles mesmos: meninos de rua, bandidos pequenos, pés de chinelo, mendigos, bruxos e bruxas. As relíquias do nosso mundo acabam por ser os que vivem em esconderijos e nas cavernas, em lugares distantes. Essas raridades, esses fora da lei, esses agentes apartados da sociedade.
Só eles não se expoem, ninguém sabe seus nomes.
Capa, pedra e estaca, os seres que nos incomodam têm os três objetos.
A gente vive pra descobrir, que no final das contas, realizar é bom, trabalhar é bom, ser solidário é bom; ser solitário, não. Os excluídos têm uma imensa tristeza por não poderem dividir seus objetos com ninguém.
E saber ou não saber, ser ou não ser, ter ou não ter, eis a questão, não adianta nada. Só se constrói alguma coisa com a aproximação.
Na luz, nas trevas ou na transparência.
Falando nisso, o filme "Enterrado vivo", lançado no Brasil em dezembro de 2010, tem me intrigado. Depois dele, deveriam instituir uma lei para que quando fôssemos enterrados, levássemos junto de nosso corpo, no caixão, um telefone celular. Vai que dá uma vontade "do além" de ligar para...?
domingo, 28 de novembro de 2010
Caminhos que percorremos pra chegar até aqui
Hoje acordei pensando: Por que só nesse momento tive a ideia de homenagear meus colegas de adolescência, se ontem, nós tivemos um encontro mega histórico, quase pré-histórico, não fossem nossas mesmas carinhas de sempre, um pouco mais cansadas e nossos cabelos, mais curtos, mais claros, mais escuros, mais grisalhos.
Eu devia ter preparado lembrancinhas para entregar a cada um.
Então, para me redimir da culpa, nesta manhã de novembro de 2010, a lembrança que preparei acabou sendo esta:Ao longo desses anos todos, tínhamos 15, 16, 17 e agora estamos nos 35, 36, 37.
É estranho e ao mesmo tempo maravilhoso rever velhos conhecidos de colégio.
Pessoas que já carregavam no sangue suas aptidões, mais ou menos intactas, embora muitos tenham trocado o rumo e o prumo, para descobrir que depois, a gente volta sempre ao lugar comum, ao mesmo lugar.
Tendências para as artes, para as aventuras, para a ciência, para os esportes, para a política, para ... mudanças ou não mudanças.
O que os tornou por fora homens? Talvez a barriga, que cresce um pouquinho, naqueles que se casam. O que muda na aparência das mulheres? Podem ser os cabelos, mais tratados, também por aquelas que se casam.
Cabelo e barriga, não vejo relação.
A vaidade sobe à cabeça das mulheres. A preguiça desce à barriga dos homens? Também não vejo relação.
Palavras, gestos, olhares, risadas e continuo a notar que mesmo os casados, solteiros, enrolados, desenrolados, todos e todas continuam numa busca incessante a fim de entender o que acontece com os seres humanos, que mesmo tendo tudo, perdendo, recuperando, caindo, levantando, uns se abraçando, outros se beijando, trabalhando, estudando, vagabundeando, permanecem um tantinho insatisfeitos.
É uma interrogação que não passa.
Os filhos chegam para amenizar este incômodo.
E a gente vai levando.
Os animais de estimação, também.
Continuamos a levar.
Todos alcançamos uma idade com vasta bagagem nas costas e experiência de histórias boas e nem tão boas para contar. Desde o colega que se casou com a primeira namorada e nos contou de suas tatuagens, até os que ainda estão errando e acertando, caminhando, tentando, com desenhos pelo corpo, pinturas, ideogramas, cicatrizes ou não.
Amigas que levam livros para outras, mas que outras pedem um tempo para aquele tipo de leitura, amigos que já se foram, amigos que só pensam em sexo..., e por que não pensar nisso? Estamos vivos e é mais do que natural.
Colégio Veiga de Almeida Barra. MACVA, FECIART, Olimpíadas, professores inesquecíveis, muita gente conhecida e querida. O terreno foi vendido, a estrutura, de arquitetura tão moderna, derrubada, para dar vida a mais um shopping, quadradão, padronizado, de escritório de negócios a comércio.
Era o colégio mais diferente de todos da região e que formou cidadãos nada convencionais ou caretas. Ainda bem, pois o que seria de nós todos se nos tornássemos evidentes, chatos, boçais, enfadonhos, sem entusiasmo?
Mas se a gente ficar no seria ou no que foi, talvez não tivéssemos dado tantos passos para chegar até aqui, cada um com suas escolhas e arcando com suas consequências.
Faz bem saber...
A inteligência está em não se destruir e nós todos estamos inteiros.
Acontecendo o que tiver que acontecer, pela lei e pela lenda de 2012, o povo quer saber: Haverá lugar no barco de Alexandre Marques de Azevedo para abrigar todos nós?
Depois de Galápagos e Ilha de Páscoa, amplie sua embarcação, comandante!
Suas tábuas podem ser a nossa próxima salvação.
Porque cada hora é uma, cada minuto é único.
Pedra, papel, tesoura. Quem ganha e quem perde? Só jogando pra saber.
Eu devia ter preparado lembrancinhas para entregar a cada um.
Então, para me redimir da culpa, nesta manhã de novembro de 2010, a lembrança que preparei acabou sendo esta:Ao longo desses anos todos, tínhamos 15, 16, 17 e agora estamos nos 35, 36, 37.
É estranho e ao mesmo tempo maravilhoso rever velhos conhecidos de colégio.
Pessoas que já carregavam no sangue suas aptidões, mais ou menos intactas, embora muitos tenham trocado o rumo e o prumo, para descobrir que depois, a gente volta sempre ao lugar comum, ao mesmo lugar.
Tendências para as artes, para as aventuras, para a ciência, para os esportes, para a política, para ... mudanças ou não mudanças.
O que os tornou por fora homens? Talvez a barriga, que cresce um pouquinho, naqueles que se casam. O que muda na aparência das mulheres? Podem ser os cabelos, mais tratados, também por aquelas que se casam.
Cabelo e barriga, não vejo relação.
A vaidade sobe à cabeça das mulheres. A preguiça desce à barriga dos homens? Também não vejo relação.
Palavras, gestos, olhares, risadas e continuo a notar que mesmo os casados, solteiros, enrolados, desenrolados, todos e todas continuam numa busca incessante a fim de entender o que acontece com os seres humanos, que mesmo tendo tudo, perdendo, recuperando, caindo, levantando, uns se abraçando, outros se beijando, trabalhando, estudando, vagabundeando, permanecem um tantinho insatisfeitos.
É uma interrogação que não passa.
Os filhos chegam para amenizar este incômodo.
E a gente vai levando.
Os animais de estimação, também.
Continuamos a levar.
Todos alcançamos uma idade com vasta bagagem nas costas e experiência de histórias boas e nem tão boas para contar. Desde o colega que se casou com a primeira namorada e nos contou de suas tatuagens, até os que ainda estão errando e acertando, caminhando, tentando, com desenhos pelo corpo, pinturas, ideogramas, cicatrizes ou não.
Amigas que levam livros para outras, mas que outras pedem um tempo para aquele tipo de leitura, amigos que já se foram, amigos que só pensam em sexo..., e por que não pensar nisso? Estamos vivos e é mais do que natural.
Colégio Veiga de Almeida Barra. MACVA, FECIART, Olimpíadas, professores inesquecíveis, muita gente conhecida e querida. O terreno foi vendido, a estrutura, de arquitetura tão moderna, derrubada, para dar vida a mais um shopping, quadradão, padronizado, de escritório de negócios a comércio.
Era o colégio mais diferente de todos da região e que formou cidadãos nada convencionais ou caretas. Ainda bem, pois o que seria de nós todos se nos tornássemos evidentes, chatos, boçais, enfadonhos, sem entusiasmo?
Mas se a gente ficar no seria ou no que foi, talvez não tivéssemos dado tantos passos para chegar até aqui, cada um com suas escolhas e arcando com suas consequências.
Faz bem saber...
A inteligência está em não se destruir e nós todos estamos inteiros.
Acontecendo o que tiver que acontecer, pela lei e pela lenda de 2012, o povo quer saber: Haverá lugar no barco de Alexandre Marques de Azevedo para abrigar todos nós?
Depois de Galápagos e Ilha de Páscoa, amplie sua embarcação, comandante!
Suas tábuas podem ser a nossa próxima salvação.
Porque cada hora é uma, cada minuto é único.
Pedra, papel, tesoura. Quem ganha e quem perde? Só jogando pra saber.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Miolos pra que te quiero
As incertezas que me afligem são duas:
Uma é trabalhar sem saber quanto vão lhe pagar, (aqueles típicos arranjos familiares que fogem amplamente de sua formação profissional e caem na camaradagem, na boa vontade, no espírito da comunhão, da ajuda mútua, mas que na verdade, todo mundo sabe que : quem dá a mão é pai, quem faz caridade é monge) e a segunda aflição seriam os casos de amor que não se concretizam em namoro.
São duas coisas estupidamente parecidas.
E que acontecem com muita gente adulta.
Faz alguns meses, aconteceu também comigo.
E como resolver?Deixar de lado, em banho maria, por conta do tempo e do clique na cabeça daqueles que lhe fizeram tal proposta ou ir de encontro aos fatos e esclarecer aos sujeitos em questão qual o real motivo perturbatório, que naturalmente só perturba um lado, o outro lado, nem percebe a consternação causada.
É uma dúvida cruel, e ela vai se arrastando se não for tomada uma atitude.
Mas qual atitude tomar depois que o pior acontece se o melhor já aconteceu e houve a ilusão de que aquilo que era bom continuaria?
O melhor momento é quando você diz sim, aceita e se atreve a fazer o que tem que ser feito.
O pior momento é ver que tudo o que se fez foi em vão, não houve retorno, só silêncio.
Daí deve vir o cuidado com seus miolos, seus neurônios, para que não haja ruídos na comunicação, mas como não haver?
Já houve! Um dos dois lados ou ambos os lados entenderam de forma diferente a mensagem e a comunicação acabou sendo interrompida.
Como fazer para ela retomar?
É preciso voltar lá no início de tudo, do primeiro contato à primeira ação e tornar claro o que ficou confuso.
Que horror.
Trimmmm.
Uma funcionária da empresa de meus irmãos acabou de telefonar pedindo mais dinheiro emprestado, porque eles são legais e bonzinhos e emprestam mesmo, enquanto que eu, não recebi até hoje por um serviço que fiz há dois meses na empresa de um de meus parentes.
Pediram para eu continuar... mas sem saber nem quanto vou ganhar?
Ora essa, e a cara de pau mandou um abraço ali na esquina.
Só rezando ou frequentando o CEMA(*), né?
((*)Centro Espírita Maria Angélica)
Depois de anos de ateísmo olha onde vim parar...
Até algumas leituras estão me confundindo ainda mais... Estou profundamente irritada com o livro : "Nossos filhos são espíritos", bestseller de Hermínio C. Miranda. No início a leitura desce, depois vai se instalando um nó na cuca, você olha pros lados e começa a perceber que todo mundo é meio zumbi... "Decifra-me ou te devoro."
Mas que saco. Quanto mais se vive, mas está difícil resolver algumas questões.
Dinheiro e amor... parentes, serpentes...
O que fazer com tanto cabelo castanho na cabeça?
De que adianta saber um monte de coisas, falo das causas e dos efeitos, se o outro lado pouca se importa ou nem quer saber?
Livros explicativos que não explicam nada. Um povo frequentando uma reunião e depois da palestra, cada um pra um lado, não se juntam, ninguém sabe o nome de ninguém.
Ah, sabe, estou por um triz para largar de mão isso também.
Ser humano... eu me enquadro... bando de malucos. Uns imitando os outros pra poder sobreviver.
A carne é fraca.
E o espírito ... santo.
Uma é trabalhar sem saber quanto vão lhe pagar, (aqueles típicos arranjos familiares que fogem amplamente de sua formação profissional e caem na camaradagem, na boa vontade, no espírito da comunhão, da ajuda mútua, mas que na verdade, todo mundo sabe que : quem dá a mão é pai, quem faz caridade é monge) e a segunda aflição seriam os casos de amor que não se concretizam em namoro.
São duas coisas estupidamente parecidas.
E que acontecem com muita gente adulta.
Faz alguns meses, aconteceu também comigo.
E como resolver?Deixar de lado, em banho maria, por conta do tempo e do clique na cabeça daqueles que lhe fizeram tal proposta ou ir de encontro aos fatos e esclarecer aos sujeitos em questão qual o real motivo perturbatório, que naturalmente só perturba um lado, o outro lado, nem percebe a consternação causada.
É uma dúvida cruel, e ela vai se arrastando se não for tomada uma atitude.
Mas qual atitude tomar depois que o pior acontece se o melhor já aconteceu e houve a ilusão de que aquilo que era bom continuaria?
O melhor momento é quando você diz sim, aceita e se atreve a fazer o que tem que ser feito.
O pior momento é ver que tudo o que se fez foi em vão, não houve retorno, só silêncio.
Daí deve vir o cuidado com seus miolos, seus neurônios, para que não haja ruídos na comunicação, mas como não haver?
Já houve! Um dos dois lados ou ambos os lados entenderam de forma diferente a mensagem e a comunicação acabou sendo interrompida.
Como fazer para ela retomar?
É preciso voltar lá no início de tudo, do primeiro contato à primeira ação e tornar claro o que ficou confuso.
Que horror.
Trimmmm.
Uma funcionária da empresa de meus irmãos acabou de telefonar pedindo mais dinheiro emprestado, porque eles são legais e bonzinhos e emprestam mesmo, enquanto que eu, não recebi até hoje por um serviço que fiz há dois meses na empresa de um de meus parentes.
Pediram para eu continuar... mas sem saber nem quanto vou ganhar?
Ora essa, e a cara de pau mandou um abraço ali na esquina.
Só rezando ou frequentando o CEMA(*), né?
((*)Centro Espírita Maria Angélica)
Depois de anos de ateísmo olha onde vim parar...
Até algumas leituras estão me confundindo ainda mais... Estou profundamente irritada com o livro : "Nossos filhos são espíritos", bestseller de Hermínio C. Miranda. No início a leitura desce, depois vai se instalando um nó na cuca, você olha pros lados e começa a perceber que todo mundo é meio zumbi... "Decifra-me ou te devoro."
Mas que saco. Quanto mais se vive, mas está difícil resolver algumas questões.
Dinheiro e amor... parentes, serpentes...
O que fazer com tanto cabelo castanho na cabeça?
De que adianta saber um monte de coisas, falo das causas e dos efeitos, se o outro lado pouca se importa ou nem quer saber?
Livros explicativos que não explicam nada. Um povo frequentando uma reunião e depois da palestra, cada um pra um lado, não se juntam, ninguém sabe o nome de ninguém.
Ah, sabe, estou por um triz para largar de mão isso também.
Ser humano... eu me enquadro... bando de malucos. Uns imitando os outros pra poder sobreviver.
A carne é fraca.
E o espírito ... santo.
sábado, 6 de novembro de 2010
Mudando a forma de pensar
Mudando a forma de escrever, a gente muda a forma de ser.
E eu gosto de mudar.
Tenho escrito coisas muito pessimistas.
Tudo bem que são influências do velho Buk e do tio Kafka, entre outros sábios revoltados.
Charles Bukowski... tem que ser diferente de todos os tipos de mulher existentes no Rio de Janeiro para gostar.
Por um lado é bom, pois provoco risos.
Pausa para uma risada.
Mas resolvi parar com essa onda de intelectual da poça de lama.
O lado positivo sempre vale mais.Se ontem fez sol e hoje o clima traz chuva, percebo que o ser humano é idêntico.
Bom humor e mau humor. Tudo relativo.
Um dia nossa cabeça está legal, no outro dia, não.
Ontem eu estava pensando que estava ótima, mas estava péssima.
Hoje acordei ao contrário.
Pausa para reflexão.
E vou tirar o dia para refletir, até a chuva passar.
Lembrando sempre para tomar cuidado com a rigidez e a teimosia, pois:
A poça seca e a lama endurece.
E eu gosto de mudar.
Tenho escrito coisas muito pessimistas.
Tudo bem que são influências do velho Buk e do tio Kafka, entre outros sábios revoltados.
Charles Bukowski... tem que ser diferente de todos os tipos de mulher existentes no Rio de Janeiro para gostar.
Por um lado é bom, pois provoco risos.
Pausa para uma risada.
Mas resolvi parar com essa onda de intelectual da poça de lama.
O lado positivo sempre vale mais.Se ontem fez sol e hoje o clima traz chuva, percebo que o ser humano é idêntico.
Bom humor e mau humor. Tudo relativo.
Um dia nossa cabeça está legal, no outro dia, não.
Ontem eu estava pensando que estava ótima, mas estava péssima.
Hoje acordei ao contrário.
Pausa para reflexão.
E vou tirar o dia para refletir, até a chuva passar.
Lembrando sempre para tomar cuidado com a rigidez e a teimosia, pois:
A poça seca e a lama endurece.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
No ruído do bumbo e do pandeiro
Sorria com a bondade e a preocupação dos outros.
Nos sonhos? Talvez.
Mas às vezes, nem em sonho... Até eles nos surpreendem e nos atropelam...
Um exemplo: Essa coisa de celular...
Esperar, aguardar, ansiar... coisa de pateta.
Tive um sonho tão colorido hoje... custei a levantar da cama... a luz do sol forte foi quem me despertou e me levou pra fora dela... acho que foi a quantidade de videoclipes psicodélicos que assisti ontem à noite... Devendra Banhart e Vetiver lideravam a lista LSD... parecia que eu estava num campus universitário, onde os corredores estavam infestados de alunos de cursos de Moda, Artes Plásticas, Carnaval... um festival de fantasias e alegorias, um desfile nas passarelas de penas, plumas, paetês, cabeças coloridas, calças, camisetas, tênis coloridos, tudo over, exagerado, engarrafamento de humanos pelos vãos e varandas, minha sede que não acabava, me perdi entre as cores e o povo que conversava alto, barulho, burburinho, muito barulho, cores, muitas cores e eu, buscando minha sala, só sabia o nome do professor, procurava por bebedouros e não achava, acordei cansada, perdida, me senti ridícula por não ter me integrado àquele cenário. Belo e patético. Triste. Caótico. Dadaísta.
De que adiantavam tantas cores? Não há beleza nenhuma em não saber se comunicar...No fundo, no fundo, todos somos uns bobos, uns ridículos.
Ela é ridícula porque fica achando que ele vai ligar pra ela e convidá-la pra sair.
Ele é ridículo porque não faz nada disso.
Ela é ridícula porque fica com a maior vontade de mandar ele pra aquele lugar, e se não manda, sente-se ainda mais ridícula; já mandando, a coisa fica pior.
Ele é ridículo porque tem medo de expressar seus sentimentos, mas fica terrivelmente mais ridículo por não expressá-los.
A que ponto chegamos? Num tal de século XXI...
Que grau de relacionamento é esse de pessoas que mal sabem se comunicar?
Que nível, quantos degraus estamos deixando de subir quando fazemos sem perceber, maldade nos relacionando de maneira torta com os outros?
Por que criamos expectativas tão ridículas?
Por que para os homens ficou tão fácil o descarte e para as mulheres não?
Quem foi o ridículo ou a ridícula que os ensinou este truque?
E guardou aonde a fórmula? Pois as mulheres querem também.
Afinal, se somos todos iguais, por que não fica bem pra gente, só pra eles, comer e descartar dias depois?
Num mundo de imensos desgraçados, por que é que a gente ainda fica contando com a boa vontade dos nossos queridos predadores, hein?
Por que querer que um predador tenha algum tipo de preocupação com sua presa?
Só porque o objeto é bonito?
Então, se é bonito, dá mais medo de cuidar, né?
Cuidado. Esse objeto requer todo o tipo de zelo. Ao manusear, seja firme. Não vacile com as ferramentas. Não chegue perto, se for para destruir. Recue. Deixe-o de lado.
Por isso, ontem, ao sair, vi que estava na mira de dois, mas deixei ambos, os predadores, pra trás. Corri deles.
Mas hoje, pensando melhor, me arrependi. Podia ter tocado ao menos um pandeiro ou um bumbo... digo, trocado celulares.
Quis dar uma de boa moça, de fino trato e vi que... não está mais valendo.
Um violãozinho e "Something" pra ela? Hummmmm... Dependendo do caso, a coisa desanda, porque no século XXI, o sexo frágil passou a ser deles e não delas.
E palmas pra quem consegue que nem tudo dê errado tocando a música até o fim, sem desafinar.
Nos sonhos? Talvez.
Mas às vezes, nem em sonho... Até eles nos surpreendem e nos atropelam...
Um exemplo: Essa coisa de celular...
Esperar, aguardar, ansiar... coisa de pateta.
Tive um sonho tão colorido hoje... custei a levantar da cama... a luz do sol forte foi quem me despertou e me levou pra fora dela... acho que foi a quantidade de videoclipes psicodélicos que assisti ontem à noite... Devendra Banhart e Vetiver lideravam a lista LSD... parecia que eu estava num campus universitário, onde os corredores estavam infestados de alunos de cursos de Moda, Artes Plásticas, Carnaval... um festival de fantasias e alegorias, um desfile nas passarelas de penas, plumas, paetês, cabeças coloridas, calças, camisetas, tênis coloridos, tudo over, exagerado, engarrafamento de humanos pelos vãos e varandas, minha sede que não acabava, me perdi entre as cores e o povo que conversava alto, barulho, burburinho, muito barulho, cores, muitas cores e eu, buscando minha sala, só sabia o nome do professor, procurava por bebedouros e não achava, acordei cansada, perdida, me senti ridícula por não ter me integrado àquele cenário. Belo e patético. Triste. Caótico. Dadaísta.
De que adiantavam tantas cores? Não há beleza nenhuma em não saber se comunicar...No fundo, no fundo, todos somos uns bobos, uns ridículos.
Ela é ridícula porque fica achando que ele vai ligar pra ela e convidá-la pra sair.
Ele é ridículo porque não faz nada disso.
Ela é ridícula porque fica com a maior vontade de mandar ele pra aquele lugar, e se não manda, sente-se ainda mais ridícula; já mandando, a coisa fica pior.
Ele é ridículo porque tem medo de expressar seus sentimentos, mas fica terrivelmente mais ridículo por não expressá-los.
A que ponto chegamos? Num tal de século XXI...
Que grau de relacionamento é esse de pessoas que mal sabem se comunicar?
Que nível, quantos degraus estamos deixando de subir quando fazemos sem perceber, maldade nos relacionando de maneira torta com os outros?
Por que criamos expectativas tão ridículas?
Por que para os homens ficou tão fácil o descarte e para as mulheres não?
Quem foi o ridículo ou a ridícula que os ensinou este truque?
E guardou aonde a fórmula? Pois as mulheres querem também.
Afinal, se somos todos iguais, por que não fica bem pra gente, só pra eles, comer e descartar dias depois?
Num mundo de imensos desgraçados, por que é que a gente ainda fica contando com a boa vontade dos nossos queridos predadores, hein?
Por que querer que um predador tenha algum tipo de preocupação com sua presa?
Só porque o objeto é bonito?
Então, se é bonito, dá mais medo de cuidar, né?
Cuidado. Esse objeto requer todo o tipo de zelo. Ao manusear, seja firme. Não vacile com as ferramentas. Não chegue perto, se for para destruir. Recue. Deixe-o de lado.
Por isso, ontem, ao sair, vi que estava na mira de dois, mas deixei ambos, os predadores, pra trás. Corri deles.
Mas hoje, pensando melhor, me arrependi. Podia ter tocado ao menos um pandeiro ou um bumbo... digo, trocado celulares.
Quis dar uma de boa moça, de fino trato e vi que... não está mais valendo.
Um violãozinho e "Something" pra ela? Hummmmm... Dependendo do caso, a coisa desanda, porque no século XXI, o sexo frágil passou a ser deles e não delas.
E palmas pra quem consegue que nem tudo dê errado tocando a música até o fim, sem desafinar.
domingo, 31 de outubro de 2010
Descobri que me amo demais, descobri em mim minha paz
Descobri sem querer a vida...
31 de outubro, dia das bruxas, dia das descobertas, dia de eleger um novo presidente para a República Federativa do Brasil. Dilma ou Serra? Brincadeiras ou travessuras? Açúcar ou sacanagem?
Não importa qual dos candidatos. Mergulhados em inúmeras histórias, em virtudes atuais, em passados que os condenam, em escândalos armados ou em baixarias à parte; não importa, é sempre tudo igual.
Temos que votar em um candidato, temos que casar, temos que ganhar dinheiro, temos que isso, temos que aquilo. Embora não seja bem assim que a banda toque.
Portanto, quem anula o voto faz besteira, exerce uma cidadania idiota, era melhor nem ter se deslocado. Uma pessoa se despenca até um colégio eleitoral para contribuir com nada?
Mas, quem escolhe entre uma opção e outra, entre o número 45 e o número 13, faz quase nada também. Um presidente não vai mudar muito. Quem consegue desmontar um cenário sozinho?
Porque nós, nós, nós, nós... Nós uma ova; eles, Dona Dilma.
Porque assim como a Dona Maria, como o Seu José, como a Dona Fernanda, come o que, Serra?
Nossa raça, aliás, todos os seres vivos da Terra, inclusive a própria Terra, a massa faz parte de um planeta de comedores em potencial. Compulsivos.
Atire a primeira pedra quem não imagine comer ninguém. Até o Serra imaginou. Coitado, brincadeira. Não ganhei doce dele, então, fiz uma pequena travessura que não doeu nada. Por causa da comida, por isso o dia das bruxas é uma data interessante.
É o dia dos vampiros e os vampiros existem, somos nós mesmos, só que mortais.Enfim, me arrumei toda bonita, vestido azul marinho, justinho em cima, soltinho embaixo, não vou contar a lingerie, pois a era da exposição até que é válida, tendencial digamos assim, mas tem limite; coloquei uma sapatilha nova, de estampa floral, linda, um broche vermelho para cobrir o decote V do vestido que já mostrava o sutiã e eu não queria isso, hoje eu estava de mocinha comportada, apesar das unhas pintadas de azul claro e dos olhos exageradamente carregados no rímel. Só não coloquei, mas bem que calcei pra ver como ficava, um tênis all star preto, cano longo, com um desenho de caveira em cada um dos pares, sendo que num deles, há um piercing de caveirinha costurado no tecido de lona do all star, adoro falar all star..., penteei os cabelos longos e escuros, mas deixei secá-los ao vento para dar um leve ar de despenteado, passei um pozinho no rosto e um batonzinho rosa, peguei meu carrinho fofo prateadinho e de Patricinha Underground, como já fui rotulada, rótulo esse que me acompanha há anos. Difícil me libertar dos diversos títulos desta propaganda. A marca já está registrada. Só mudando de endereço pra poder registrar uma nova.
Selos de qualidades variáveis conforme o padrão de vida de cada cidadão.
Mas.. Assim caminha a humanidade...
Só sei que depois de votar, resolvi não ficar na rua, pensei em telefonar para inúmeras pessoas, mas conversei com meus botões: - Pra quê?
Se alguém quiser que me ligue. Chega de buscar companhia. Chega de ficar igual a uma lagarta me arrastando, pedindo: - Por favor, me ajude; por favor, vem dançar comigo; por favor, faça parte do meu show; por favor, vamos dar boas risadas; por favor, me ouça; por favor, eu posso te fazer feliz. Basta.
Tem hora que cansa. A lagarta está virando borboleta e aprendendo que pode ser bonita e feliz sozinha, andando no meio de tanta gente que tem olhos, boca, nariz, orelhas, pés, mãos, pelos, suor, salivas, coração, intestino, estômago, umbigo, e que sendo iguais, vivem em outros mundos, comendo e mordendo diferente, disfarçando-se de satisfeitas para evitar concluir que a vida é bela, mas é também um terror e como já dizia Jean Paul Sartre: “A vida é um pânico num teatro sem chamas.” Eu corrigiria Sartre: - Pra mim, a vida é um pânico num teatro em chamas.
Voltei pra casa, linda, aterrorizada, chamuscante e cheguei à conclusão: - Meus livros são minhas melhores companhias, meus maiores companheiros. Posso viajar com eles no meu carrinho de Patricinha sozinha inteligentinha arrumadinha gostosinha alegrinha, me hospedar num hotel e ser abordada por um pangaré caçador de vampiras que ainda não se tornaram lésbicas, abusar de sua força bruta, eu dar uma "livrada" na cabeça dele, correr e me hospedar em outro lugar.
Os livros têm mil e uma utilidades que vão de arma de defesa do corpo à arma de defesa da mente.
Eu metralho com palavras.
Tomara que o novo representante do Brasil distribua muitos livros ao invés de outros tipos de armas.
Doces, docinhas... A primeira arma contra a ilusão, a segunda, a favor da vida.
31 de outubro, dia das bruxas, dia das descobertas, dia de eleger um novo presidente para a República Federativa do Brasil. Dilma ou Serra? Brincadeiras ou travessuras? Açúcar ou sacanagem?
Não importa qual dos candidatos. Mergulhados em inúmeras histórias, em virtudes atuais, em passados que os condenam, em escândalos armados ou em baixarias à parte; não importa, é sempre tudo igual.
Temos que votar em um candidato, temos que casar, temos que ganhar dinheiro, temos que isso, temos que aquilo. Embora não seja bem assim que a banda toque.
Portanto, quem anula o voto faz besteira, exerce uma cidadania idiota, era melhor nem ter se deslocado. Uma pessoa se despenca até um colégio eleitoral para contribuir com nada?
Mas, quem escolhe entre uma opção e outra, entre o número 45 e o número 13, faz quase nada também. Um presidente não vai mudar muito. Quem consegue desmontar um cenário sozinho?
Porque nós, nós, nós, nós... Nós uma ova; eles, Dona Dilma.
Porque assim como a Dona Maria, como o Seu José, como a Dona Fernanda, come o que, Serra?
Nossa raça, aliás, todos os seres vivos da Terra, inclusive a própria Terra, a massa faz parte de um planeta de comedores em potencial. Compulsivos.
Atire a primeira pedra quem não imagine comer ninguém. Até o Serra imaginou. Coitado, brincadeira. Não ganhei doce dele, então, fiz uma pequena travessura que não doeu nada. Por causa da comida, por isso o dia das bruxas é uma data interessante.
É o dia dos vampiros e os vampiros existem, somos nós mesmos, só que mortais.Enfim, me arrumei toda bonita, vestido azul marinho, justinho em cima, soltinho embaixo, não vou contar a lingerie, pois a era da exposição até que é válida, tendencial digamos assim, mas tem limite; coloquei uma sapatilha nova, de estampa floral, linda, um broche vermelho para cobrir o decote V do vestido que já mostrava o sutiã e eu não queria isso, hoje eu estava de mocinha comportada, apesar das unhas pintadas de azul claro e dos olhos exageradamente carregados no rímel. Só não coloquei, mas bem que calcei pra ver como ficava, um tênis all star preto, cano longo, com um desenho de caveira em cada um dos pares, sendo que num deles, há um piercing de caveirinha costurado no tecido de lona do all star, adoro falar all star..., penteei os cabelos longos e escuros, mas deixei secá-los ao vento para dar um leve ar de despenteado, passei um pozinho no rosto e um batonzinho rosa, peguei meu carrinho fofo prateadinho e de Patricinha Underground, como já fui rotulada, rótulo esse que me acompanha há anos. Difícil me libertar dos diversos títulos desta propaganda. A marca já está registrada. Só mudando de endereço pra poder registrar uma nova.
Selos de qualidades variáveis conforme o padrão de vida de cada cidadão.
Mas.. Assim caminha a humanidade...
Só sei que depois de votar, resolvi não ficar na rua, pensei em telefonar para inúmeras pessoas, mas conversei com meus botões: - Pra quê?
Se alguém quiser que me ligue. Chega de buscar companhia. Chega de ficar igual a uma lagarta me arrastando, pedindo: - Por favor, me ajude; por favor, vem dançar comigo; por favor, faça parte do meu show; por favor, vamos dar boas risadas; por favor, me ouça; por favor, eu posso te fazer feliz. Basta.
Tem hora que cansa. A lagarta está virando borboleta e aprendendo que pode ser bonita e feliz sozinha, andando no meio de tanta gente que tem olhos, boca, nariz, orelhas, pés, mãos, pelos, suor, salivas, coração, intestino, estômago, umbigo, e que sendo iguais, vivem em outros mundos, comendo e mordendo diferente, disfarçando-se de satisfeitas para evitar concluir que a vida é bela, mas é também um terror e como já dizia Jean Paul Sartre: “A vida é um pânico num teatro sem chamas.” Eu corrigiria Sartre: - Pra mim, a vida é um pânico num teatro em chamas.
Voltei pra casa, linda, aterrorizada, chamuscante e cheguei à conclusão: - Meus livros são minhas melhores companhias, meus maiores companheiros. Posso viajar com eles no meu carrinho de Patricinha sozinha inteligentinha arrumadinha gostosinha alegrinha, me hospedar num hotel e ser abordada por um pangaré caçador de vampiras que ainda não se tornaram lésbicas, abusar de sua força bruta, eu dar uma "livrada" na cabeça dele, correr e me hospedar em outro lugar.
Os livros têm mil e uma utilidades que vão de arma de defesa do corpo à arma de defesa da mente.
Eu metralho com palavras.
Tomara que o novo representante do Brasil distribua muitos livros ao invés de outros tipos de armas.
Doces, docinhas... A primeira arma contra a ilusão, a segunda, a favor da vida.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Por isso curto lacinho de fita com caveira
Gosto de laços, gosto de caveiras, gosto de gatos, gosto de cadeiras
Uso all star porque depois de certa idade, alguém me ensinou a gostar
Uso jeans porque cresci vendo todo mundo usar
Uso legging porque descobri que as magras podem e devem ousar
Sou fã de Vivienne, aquela estilista punk
Sou fã de Mcqueen, aquele estilista das caveiras
Sou fã de Hercovitch, aquele estilista que também segue esta tendência há tempos
Visto roupas indianas, londrinas, italianas, espanholas, portuguesas, brasileiras
Faço parte de um mundo que está no fim, mas que reconhece que depois do fim vem de novo o começo e o recomeço
Não tenho medo de errar nem de dizer sim pro que vier me ferrar
A vida já é o próprio ferro e nada mais me espanta
Apenas porque sei que sou um biscoitinho doce recheado de pimentinha ardida e se quer saber... não ardo nem os olhos.
Uso all star porque depois de certa idade, alguém me ensinou a gostar
Uso jeans porque cresci vendo todo mundo usar
Uso legging porque descobri que as magras podem e devem ousar
Sou fã de Vivienne, aquela estilista punk
Sou fã de Mcqueen, aquele estilista das caveiras
Sou fã de Hercovitch, aquele estilista que também segue esta tendência há tempos
Visto roupas indianas, londrinas, italianas, espanholas, portuguesas, brasileiras
Faço parte de um mundo que está no fim, mas que reconhece que depois do fim vem de novo o começo e o recomeço
Não tenho medo de errar nem de dizer sim pro que vier me ferrar
A vida já é o próprio ferro e nada mais me espanta
Apenas porque sei que sou um biscoitinho doce recheado de pimentinha ardida e se quer saber... não ardo nem os olhos.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
O simples ato de dizer não
Dizer não.
Maria diz que lhe custa, lhe dói.
Madalena diz : Quando tenho que fazer isso é tão difícil...
Lisandra fala que está aprendendo a passos lentos, muito lentos, e reflete que quanto mais a pessoa nega, mais ela ganha. Nos sentimentos e não nas coisas materiais.
Renata completa o raciocínio: Ao passo que quanto mais retemos e seguramos, mais perdemos.
A vida não tem mesmo significado, como já dizia Charles Chaplin. A vida é desejo.
Desejos, ilusões.
Paulo gosta de enganar o desejo, trair a ilusão, dominar essas forças.
Para ele, o desejo, quer ser o dominado, cabe a nós, donos do desejo , transformá-lo em personagem passivo.
Adriano fala que a história é sua e quem tem que ter atitude, atividade e vontade própria é você, não o seu desejo. Nem a sua ilusão.
Se lhes dá brecha, se afrouxa, eles te pegam pelo pescoço; com eles não há negociação, não cedem. Invadem.
Falácias.
Pessoas falam demais.
Lá vem elas:
O seu desejo é dizer não para esta vida errada que está levando, mas uma enxurrada de situações estranhas lhe vem à tona, como uma avalanche ou um maremoto e você reage de maneira contrária, dizendo sim e aceitando ser engolido pela tempestade?
Manuela fez essa pergunta para Miguel.
Priscila, que estava no meio da conversa, retruca:
Já te conheço. Sente-se desamparado, diz que já não tem nada nem ninguém, ainda pensa que não tem nada a perder, o pior é que tem.
Tem medo de dizer não achando que esse não vai te prejudicar.
Diz sim sem pensar que este sim pode ser pior.
De repente, entra em cena outra pessoa, Bernardo.
Novas avalanches, novos maremotos.
Bianca vem a seguir:
Sonhos, ilusões, desejos desenfreados.
O mais velho, Adalberto, já cansado, lança outras frases:
O ato de dizer não, para os aventureiros, soa como covardia, mas preserva por mais tempo sua paz, sua vida.
Acaba sofrendo mais quem diz sim o tempo todo.
Que jogo é esse, meu Deus?
Jogo do disse me disse.
Karina pula fora dessa jogada.
É muita maluquice junta, misturada. Muito blablablá.
E diz logo não; pronto, acabou.
The games over.
Estraga a brincadeira, estraga tudo, acabou ganhando cedo demais o jogo, sem saber as regras; mas só assim pra finalizar, senão não acabava tão antes do sol raiar.
Maria diz que lhe custa, lhe dói.
Madalena diz : Quando tenho que fazer isso é tão difícil...
Lisandra fala que está aprendendo a passos lentos, muito lentos, e reflete que quanto mais a pessoa nega, mais ela ganha. Nos sentimentos e não nas coisas materiais.
Renata completa o raciocínio: Ao passo que quanto mais retemos e seguramos, mais perdemos.
A vida não tem mesmo significado, como já dizia Charles Chaplin. A vida é desejo.
Desejos, ilusões.
Paulo gosta de enganar o desejo, trair a ilusão, dominar essas forças.
Para ele, o desejo, quer ser o dominado, cabe a nós, donos do desejo , transformá-lo em personagem passivo.
Adriano fala que a história é sua e quem tem que ter atitude, atividade e vontade própria é você, não o seu desejo. Nem a sua ilusão.
Se lhes dá brecha, se afrouxa, eles te pegam pelo pescoço; com eles não há negociação, não cedem. Invadem.
Falácias.
Pessoas falam demais.
Lá vem elas:
O seu desejo é dizer não para esta vida errada que está levando, mas uma enxurrada de situações estranhas lhe vem à tona, como uma avalanche ou um maremoto e você reage de maneira contrária, dizendo sim e aceitando ser engolido pela tempestade?
Manuela fez essa pergunta para Miguel.
Priscila, que estava no meio da conversa, retruca:
Já te conheço. Sente-se desamparado, diz que já não tem nada nem ninguém, ainda pensa que não tem nada a perder, o pior é que tem.
Tem medo de dizer não achando que esse não vai te prejudicar.
Diz sim sem pensar que este sim pode ser pior.
De repente, entra em cena outra pessoa, Bernardo.
Novas avalanches, novos maremotos.
Bianca vem a seguir:
Sonhos, ilusões, desejos desenfreados.
O mais velho, Adalberto, já cansado, lança outras frases:
O ato de dizer não, para os aventureiros, soa como covardia, mas preserva por mais tempo sua paz, sua vida.
Acaba sofrendo mais quem diz sim o tempo todo.
Que jogo é esse, meu Deus?
Jogo do disse me disse.
Karina pula fora dessa jogada.
É muita maluquice junta, misturada. Muito blablablá.
E diz logo não; pronto, acabou.
The games over.
Estraga a brincadeira, estraga tudo, acabou ganhando cedo demais o jogo, sem saber as regras; mas só assim pra finalizar, senão não acabava tão antes do sol raiar.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Emily fofa, ameniza minha saudade
Saudades,
Uma memória nostálgica
De quem está longe…
Lembranças, na mente e no olhar
No coração, entre erros e acertos,
O horizonte.
Na verdade, não temos saudades, é a saudade que nos tem, que faz de nós o seu objeto. Imersos nela, tornamo-nos outros. Todo o nosso ser ancorado no presente fica, de súbito, ausente.
(Mitologia da Saudade)
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar, esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram. [ Pablo Neruda ]
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue. [ Adriana Falcão ]
Bom, bom, bom, bom, bom, bom!
Canta alto pra espantar essa saudade!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Pandorinha e suas tretas... leia-se mutretas!
Hoje acordei com a macaca e resolvi lançar mão de minha criatividade.
A amendoazinha anda bem aflorada, por sinal.
Estava eu lá nas esquinas do Facebook, vizinho louco, livre, leve, solto, e que mora logo ali.
Atravessando algumas avenidas, chego nele.
Tomo um chá e depois volto, encurto o caminho, pego uma transversal, saio num atalho e pronto, chegamos.
De volta ao blog.
Coisa engraçada... Caminhos por onde andei para chegar até aqui.
Nesse ponto. Ponto neutro. Caminho do meio? Prefiro os extremos...
Enquanto isso, nessa preferência e nessa querência, nesse vai, não vai, a história da criação do facebook estrelará em dezembro nos cinemas.
E eu com isso?
Isso é legal! Sempre pensei nesses roteiros diferentes, fora do comum.
E algumas de minhas histórias, bem insanas e de frases totalmente "anamariescas", porque "anamarianas", ah, já são muitas espalhadas por aí; todavia, também podem virar livro ou filme.
Basta eu querer lançar e obviamente pagar. Enfim, não querendo pagar, arrumar alguém a me patrocinar.
Sei até de alguns poderosos a quem posso sentar e conversar, mas deixo quieto, deixo o tempo passar. Ainda não é o momento. Sei que faço minha hora e não espero acontecer. Logo, logo, acontece, por causa e consequência. Aproveitei um curso louco de Psicologia que fiz, Psicossomática Contemporânea e me entitulei por algumas horas de doutora.
Dra. Ana P.
Que gracinha, consultas gratuitas!
E tratando do tema nível. Logo sobre nível? Questão de educação, sabe?
Tema que me veio à cabeça depois de conviver com certos tipos errantes de pessoas circulantes.
Vamos às pérolas, todas verdadeiras. Criadas no cativeiro de minha cachola.
Criei vinte. Boa criação para início de cultivo!
Perolinhas, umas brancas, outras pretas, depende da profundidade de onde foram recolhidas, lá dentro do meu mar de ideias aguadas, claras e quando não, turvas.
Mas já que quero homenagear Pandora e suas mutretas, escondidas na caixinha, vou soltar de grão em grão, pra não dar muita indigestão.
Ser mulher da rima às vezes é "bão"!
Eu curto e curtas são as frases que vão, por isso uma por vez e assim se fez:
"Não combina comigo correr atrás de cafajestes. Sou classuda. Meus barracos têm nível. Alto nível. Só por hoje... Amanhã não sei..."
Essa foi a primeira pílula perolada.
As próximas, prometo, serão maiores e mais ousadas.
Tipo esta segunda e ... se finito!
Acabamos aqui, com esse recado atravessado que te dá um tranco; cuidado com o meu tamanco:
"Se tem uma pessoa espalhando por aí que está te pegando, você administra isso como?
1) Faz aquele tipo : "tô nem aí"
2) Dá uma de bandeira da Paraíba e nega, meu nego... Negue até que você perca todo o respeito! Porque todo mundo já sabe, só você que não sabia!
3) Manda todo mundo arrumar o que fazer, ou seja: Vão varrer uma sala, cambada de fofoqueiros!
4) Roda a baiana que existe em você e manda todo mundo comer azeite de dendê.
5) Como boa mineirinha, continua comendo de um jeitinho quieto.
6) Já que sou brasileiro, sou carioca, sou Kátia Flávia, diz logo: Só uso calcinhas comestíveis e calcinhas bélicas, dessas com armamentos bordados.
E aí, vai encarar? Tendo nível ou não, a questão aqui é respeito. Respeito é bom e todo mundo gosta!!!! Não deixe de pensar nisso! Sempre!"
Até as próximas dezoito joinhas!
A amendoazinha anda bem aflorada, por sinal.
Estava eu lá nas esquinas do Facebook, vizinho louco, livre, leve, solto, e que mora logo ali.
Atravessando algumas avenidas, chego nele.
Tomo um chá e depois volto, encurto o caminho, pego uma transversal, saio num atalho e pronto, chegamos.
De volta ao blog.
Coisa engraçada... Caminhos por onde andei para chegar até aqui.
Nesse ponto. Ponto neutro. Caminho do meio? Prefiro os extremos...
Enquanto isso, nessa preferência e nessa querência, nesse vai, não vai, a história da criação do facebook estrelará em dezembro nos cinemas.
E eu com isso?
Isso é legal! Sempre pensei nesses roteiros diferentes, fora do comum.
E algumas de minhas histórias, bem insanas e de frases totalmente "anamariescas", porque "anamarianas", ah, já são muitas espalhadas por aí; todavia, também podem virar livro ou filme.
Basta eu querer lançar e obviamente pagar. Enfim, não querendo pagar, arrumar alguém a me patrocinar.
Sei até de alguns poderosos a quem posso sentar e conversar, mas deixo quieto, deixo o tempo passar. Ainda não é o momento. Sei que faço minha hora e não espero acontecer. Logo, logo, acontece, por causa e consequência. Aproveitei um curso louco de Psicologia que fiz, Psicossomática Contemporânea e me entitulei por algumas horas de doutora.
Dra. Ana P.
Que gracinha, consultas gratuitas!
E tratando do tema nível. Logo sobre nível? Questão de educação, sabe?
Tema que me veio à cabeça depois de conviver com certos tipos errantes de pessoas circulantes.
Vamos às pérolas, todas verdadeiras. Criadas no cativeiro de minha cachola.
Criei vinte. Boa criação para início de cultivo!
Perolinhas, umas brancas, outras pretas, depende da profundidade de onde foram recolhidas, lá dentro do meu mar de ideias aguadas, claras e quando não, turvas.
Mas já que quero homenagear Pandora e suas mutretas, escondidas na caixinha, vou soltar de grão em grão, pra não dar muita indigestão.
Ser mulher da rima às vezes é "bão"!
Eu curto e curtas são as frases que vão, por isso uma por vez e assim se fez:
"Não combina comigo correr atrás de cafajestes. Sou classuda. Meus barracos têm nível. Alto nível. Só por hoje... Amanhã não sei..."
Essa foi a primeira pílula perolada.
As próximas, prometo, serão maiores e mais ousadas.
Tipo esta segunda e ... se finito!
Acabamos aqui, com esse recado atravessado que te dá um tranco; cuidado com o meu tamanco:
"Se tem uma pessoa espalhando por aí que está te pegando, você administra isso como?
1) Faz aquele tipo : "tô nem aí"
2) Dá uma de bandeira da Paraíba e nega, meu nego... Negue até que você perca todo o respeito! Porque todo mundo já sabe, só você que não sabia!
3) Manda todo mundo arrumar o que fazer, ou seja: Vão varrer uma sala, cambada de fofoqueiros!
4) Roda a baiana que existe em você e manda todo mundo comer azeite de dendê.
5) Como boa mineirinha, continua comendo de um jeitinho quieto.
6) Já que sou brasileiro, sou carioca, sou Kátia Flávia, diz logo: Só uso calcinhas comestíveis e calcinhas bélicas, dessas com armamentos bordados.
E aí, vai encarar? Tendo nível ou não, a questão aqui é respeito. Respeito é bom e todo mundo gosta!!!! Não deixe de pensar nisso! Sempre!"
Até as próximas dezoito joinhas!
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Tem que rir pra não chorar e seguir adiante, radiante
Quando você não sabe de onde parte a flecha, fica difícil; não se tem aliados, não se sabe em quem confiar.
Eu acho que estou muito "Calígula" esses dias. O imperador louco de Roma. Ele, que foi morto pelos senadores e pelos mais chegados, porque estes não aguentaram seus ataques de fúria e tormento. Ele só queria a Lua; o Sol ele já havia alcançado. Era o próprio.
Bem, mas esses meus destemperos devem ser por causa da proximidade de meu aniversário, o que configura-se no meu inferno astral. Os dias que antecedem a esta data. Data esta, que desde que nasci, cai todos os dias quatro, de todas as primaveras de outubro.
"As pessoas nascem sempre sob o signo errado. E estar no mundo de forma digna significa corrigir dia a dia o próprio horóscopo". Frase de Umberto Eco no livro: O Pêndulo de Focault. "Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora.... e, enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso é normal, eu finjo ter paciência. O mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós, um pouco mais de paciência."
Já dizia Lenine em sua música.
Pois é. A vida é tão rara...
Por isso, dou tanto valor a ela.
Brigo, esperneio, luto por justiça, batalho pelas amizades, pelo trabalho, pela harmonia, tento varrer a falsidade. Tarefa quase impossível... Tudo isso faz parte do meu signo solar e faz parte do meu show.
Eu sei, sou passível de risos. Ria até perder todo o seu tempo.
Será que temos esse tempo a perder? E quem quer saber? A vida é tão rara, tão rara.
Rara, rara, rara; este seria o nome de minha filha no passado.
Hoje penso em Alegra.
Também penso em Eletra.
Todas na veia, todas têm um pouco de mim.
Elétricas, velozes, rápidas, aceleradas, intensas, alegres e claro, raras, únicas.
Ria para não chorar, pois o choro limpa a alma, mas o riso a levanta, a eleva e a faz caminhar, sempre em frente.
Porque viver e saber viver vai além de rir e chorar, é preciso olhar para o alto e avante, sempre.
Eu acho que estou muito "Calígula" esses dias. O imperador louco de Roma. Ele, que foi morto pelos senadores e pelos mais chegados, porque estes não aguentaram seus ataques de fúria e tormento. Ele só queria a Lua; o Sol ele já havia alcançado. Era o próprio.
Bem, mas esses meus destemperos devem ser por causa da proximidade de meu aniversário, o que configura-se no meu inferno astral. Os dias que antecedem a esta data. Data esta, que desde que nasci, cai todos os dias quatro, de todas as primaveras de outubro.
"As pessoas nascem sempre sob o signo errado. E estar no mundo de forma digna significa corrigir dia a dia o próprio horóscopo". Frase de Umberto Eco no livro: O Pêndulo de Focault. "Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora.... e, enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso é normal, eu finjo ter paciência. O mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós, um pouco mais de paciência."
Já dizia Lenine em sua música.
Pois é. A vida é tão rara...
Por isso, dou tanto valor a ela.
Brigo, esperneio, luto por justiça, batalho pelas amizades, pelo trabalho, pela harmonia, tento varrer a falsidade. Tarefa quase impossível... Tudo isso faz parte do meu signo solar e faz parte do meu show.
Eu sei, sou passível de risos. Ria até perder todo o seu tempo.
Será que temos esse tempo a perder? E quem quer saber? A vida é tão rara, tão rara.
Rara, rara, rara; este seria o nome de minha filha no passado.
Hoje penso em Alegra.
Também penso em Eletra.
Todas na veia, todas têm um pouco de mim.
Elétricas, velozes, rápidas, aceleradas, intensas, alegres e claro, raras, únicas.
Ria para não chorar, pois o choro limpa a alma, mas o riso a levanta, a eleva e a faz caminhar, sempre em frente.
Porque viver e saber viver vai além de rir e chorar, é preciso olhar para o alto e avante, sempre.
sábado, 21 de agosto de 2010
Desconstruindo Freud e sua teoria
Da inveja do órgão sexual masculino que Freud teorizou e lançou sobre a mulher, eu avanço para a inveja do órgão sexual feminino cometida pelo homem.
Por que uma mulher teria inveja do membro masculino?
Por este significar o poder, o comando, a chefia, a liderança, a liberdade, a atitude, a força, a energia, a disposição, a garra e outras tantas palavras de conotação expressamente ligada à independência e à insubordinação?!! Será?
Mulheres que agem como mulheres não têm inveja de nada no homem.
Aquelas que não se conformam com os valores impostos por diversas sociedades em relação à classe feminina, essas se rebelam, mas não por inveja do órgão masculino, pura linguagem figurativa, e sim por entenderem que não é justo que só "eles", os homens, possam ir à luta com suas armas em punho ou terem bravura e coragem em suas atitudes.
É ainda um atraso e um preconceito das pessoas, pensar que a mulher deve ser sempre, em qualquer ocasião, aquele ser delicado, conformado, calmo, dócil, subordinado, equilibrado, quase adestrado, que não briga nem por comida nem por coisa nenhuma, de alma pacata, praticamente uma acompanhante, quase escrava, prisioneira, conformada e ... feliz.
Só rindo mesmo. Como encontrar a felicidade assim?
Se o temperamento de uma mulher é de um ser indomável, deixemos que ela seja desse jeito.
E isso não tem nada a ver com o sentido real ou figurado da inveja do pênis.
Tem a ver com personalidade, a diferença básica entre o gado e o leão, entre o passivo e o ativo, entre a fraqueza e a força.
Espero que Freud não tenha generalizado, caso contrário estaria errado.
Nem todas as mulheres nasceram para serem mocinhas e dondoquinhas.
Existem muitas por aí diferentes. De Cleópatras a Joanas D'arc, de Donas Bejas a Viúvas Porcinas, de Madonnas a Giselles Bündchens.
É! Ou você acha que todas as modelos são lindas e burras?
Não! Sempre há uma que se destaca e que foge da regra das pacatas cidadãs.
E por isso, veja aí, vencem.
Pulam fora de um esquema quando veem que está ficando podre e azedo, não se corrompem por pouco. Se é para se corromper, vá lá, que se corrompa por muito; no sentido figurado, claro.
Fazendo barulho ou não, elas mostram quem são, pra que vieram, dão a cara a tapa e se possível, dão até o outro lado da face, mas não dão o couro para passarem por cima. Antes mesmo dos primeiros sinais de ameaça, elas já atropelam e passam para outra avenida.
Já estão longe, vilsumbrando outros horizontes.
Não se conformam com pouco. Querem sempre mais.
E agora eu pergunto:
Cadê a inveja do pênis nessas mulheres?
Elas não têm inveja de nada. Elas têm sabe o quê?
Sede e fome de viver, de sonhar, de realizar, de desfrutar e de transformar o mundo.
Se elas conseguem, só o tempo vai dizer, mas que tentam e não param de tentar, isso é fato.
E a inveja do órgão sexual feminino cometida pelo homem?
Ah, esse inverso é tão complexo, tão pouco estudado e teorizado. Não apareceram mais Freuds por aí capazes de tratar deste tema, então nem quero mais falar sobre isso.
Desculpem-me, mas apenas para não deixar em branco: Homens que brigam com mulheres, os que tentam se afirmar ou os que tentam subjulgá-las, seja em casa, seja no ambiente de trabalho, seja onde for, são ou não são mal resolvidos?
Talvez até mesmo com a própria sexualidade... Afinal, por que um homem se indisporia com uma mulher?
Por que disputaria alguma coisa com ela, tipo competência, inteligência, capacidades físicas e mentais, carisma, controle emocional ou qualquer outro tipo de controle?
Por que desafiar uma mulher? O que se ganha com isso?
Ah! Deixa que eu mesma digo:
Atestado de incompetência.
E o covardão ainda leva a pior, pois não há super bonder que não faça uma máscara cair.
Por que uma mulher teria inveja do membro masculino?
Por este significar o poder, o comando, a chefia, a liderança, a liberdade, a atitude, a força, a energia, a disposição, a garra e outras tantas palavras de conotação expressamente ligada à independência e à insubordinação?!! Será?
Mulheres que agem como mulheres não têm inveja de nada no homem.
Aquelas que não se conformam com os valores impostos por diversas sociedades em relação à classe feminina, essas se rebelam, mas não por inveja do órgão masculino, pura linguagem figurativa, e sim por entenderem que não é justo que só "eles", os homens, possam ir à luta com suas armas em punho ou terem bravura e coragem em suas atitudes.
É ainda um atraso e um preconceito das pessoas, pensar que a mulher deve ser sempre, em qualquer ocasião, aquele ser delicado, conformado, calmo, dócil, subordinado, equilibrado, quase adestrado, que não briga nem por comida nem por coisa nenhuma, de alma pacata, praticamente uma acompanhante, quase escrava, prisioneira, conformada e ... feliz.
Só rindo mesmo. Como encontrar a felicidade assim?
Se o temperamento de uma mulher é de um ser indomável, deixemos que ela seja desse jeito.
E isso não tem nada a ver com o sentido real ou figurado da inveja do pênis.
Tem a ver com personalidade, a diferença básica entre o gado e o leão, entre o passivo e o ativo, entre a fraqueza e a força.
Espero que Freud não tenha generalizado, caso contrário estaria errado.
Nem todas as mulheres nasceram para serem mocinhas e dondoquinhas.
Existem muitas por aí diferentes. De Cleópatras a Joanas D'arc, de Donas Bejas a Viúvas Porcinas, de Madonnas a Giselles Bündchens.
É! Ou você acha que todas as modelos são lindas e burras?
Não! Sempre há uma que se destaca e que foge da regra das pacatas cidadãs.
E por isso, veja aí, vencem.
Pulam fora de um esquema quando veem que está ficando podre e azedo, não se corrompem por pouco. Se é para se corromper, vá lá, que se corrompa por muito; no sentido figurado, claro.
Fazendo barulho ou não, elas mostram quem são, pra que vieram, dão a cara a tapa e se possível, dão até o outro lado da face, mas não dão o couro para passarem por cima. Antes mesmo dos primeiros sinais de ameaça, elas já atropelam e passam para outra avenida.
Já estão longe, vilsumbrando outros horizontes.
Não se conformam com pouco. Querem sempre mais.
E agora eu pergunto:
Cadê a inveja do pênis nessas mulheres?
Elas não têm inveja de nada. Elas têm sabe o quê?
Sede e fome de viver, de sonhar, de realizar, de desfrutar e de transformar o mundo.
Se elas conseguem, só o tempo vai dizer, mas que tentam e não param de tentar, isso é fato.
E a inveja do órgão sexual feminino cometida pelo homem?
Ah, esse inverso é tão complexo, tão pouco estudado e teorizado. Não apareceram mais Freuds por aí capazes de tratar deste tema, então nem quero mais falar sobre isso.
Desculpem-me, mas apenas para não deixar em branco: Homens que brigam com mulheres, os que tentam se afirmar ou os que tentam subjulgá-las, seja em casa, seja no ambiente de trabalho, seja onde for, são ou não são mal resolvidos?
Talvez até mesmo com a própria sexualidade... Afinal, por que um homem se indisporia com uma mulher?
Por que disputaria alguma coisa com ela, tipo competência, inteligência, capacidades físicas e mentais, carisma, controle emocional ou qualquer outro tipo de controle?
Por que desafiar uma mulher? O que se ganha com isso?
Ah! Deixa que eu mesma digo:
Atestado de incompetência.
E o covardão ainda leva a pior, pois não há super bonder que não faça uma máscara cair.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
O caso Elisa Samudio
Confesso que fiz julgamentos precipitados e desastrosos a respeito da moça desaparecida: Elisa Samudio.
Até então, nunca se tinha ouvido falar nela e foi justamente graças às câmeras, aos microfones, aos jornalistas e à polícia que Elisa apareceu. E depois, desapareceu.
À primeira vista, lendo notícias sobre o caso e assistindo a seus depoimentos em vídeos da internet pensei: "Que mulher burra! Se expondo sem pensar nas consequências de seus atos e palavras... Ela está pedindo para morrer".
E de fato estava.
Ontem vi na TV uma entrevista concedida por um advogado renomado de São Paulo que diz levar seus alunos universitários para as comunidades carentes a fim de conhecer de perto os problemas de pobreza, abandono, tráfico, milícias e descasos da sociedade para com o cidadão comum.
Este advogado sim, tem amor à profissão. O que ele quer é consertar o que está errado e aplicar as leis mais justas e favoráveis. Ele não está brincando de política nem de poder, ele está atuando como ser humano preocupado com o seu semelhante e com o bem-estar geral. Ele é dos poucos que respeitam o próximo e que tentam passar adiante esse respeito.
No caso de Elisa Samudio, ela, por toda a sua história, nunca foi nem nunca soube o significado de ser respeitada. Em sua vida houve histórias de abandono desde a infância, tanto pela mãe, quanto pelo pai. E há de ter havido abandono pelos namorados também. Até que o último, o goleiro Bruno, fez o serviço sujo de engravidá-la e não assumir a paternidade da criança.
A frase que o advogado idealista de São Paulo citou e que é forte, real e presente é a seguinte: "-Quem não tem medo de morrer, não tem medo de ir para a cadeia".
O goleiro Bruno e seus comparsas têm medo tanto de morrer quanto de ir à cadeia, mas Elisa não. Elisa não tinha medo de nada, nem de fazer filmes pornográficos; tamanha a exposição!
Bonita ela não era, inteligente também não, instruída muito menos, culta, só em matéria de futebol, afinal, sabia o nome de todos os jogadores do Brasil e do exterior, além de seus times, seus carros, suas viagens, a data de seus jogos, os endereços das casas onde se realizariam churrascos e pagodes, os MSN's e os telefones fixos e celulares de uma diversidade de jogadores... Pobre Elisa...
Inocentemente escolheu sua morte. Ingenuamente se arriscou. Irresponsavelmente engravidou. E brutalmente se acabou.
O bebê ficou. Está vivo nos braços do avô, que um dia foi pai de Elisa, filha de pai ausente, de mãe ausente; que agora aparecem na midia chorando pelo desaparecimento da filha. Por que não choraram antes por terem a abandonado?
Agora é tarde. Que o filho de Elisa Samudio e do goleiro Bruno cresça de cabeça erguida, sem traumas. Difícil, mas que sirva de lição para tantas famílias que esquecem de dar respeito ao próximo, carinho, educação, bons tratos, alegria, amor, compreensão.
Outro ser, mito, personagem da vida que me faz pensar sobre sua história e seu final triste é a imperatriz ou rainha Sissi, da Áustria. Ela, diferentemente de Elisa Samudio, era linda. Considerada na época, uma das mulheres mais bonitas da Europa, casou-se aos 16 anos, foi morar num castelo, teve seus filhos, mas foi proibida pela família do marido de participar da criação deles e viveu a beira do abismo, sempre deprimida, usando viagens e passeios para esquecer das mágoas e desilusões. Seu destino, sua sorte, sua morte? Assassinada por um anarquista italiano sentada num banco junto de uma amiga, contemplando uma paisagem, contemplando a natureza.
Mas antes, diz a lenda, havia um corvo sobrevoando a vítima e a vítima já antevia sua morte. Parece que Sissi já o esperava há tempos. E esperava sentada, pois já estava cansada de tanto aguardar. Sua vida já estava acabada, não existia mais sentido.
Essa história me remete a um conto de Franz Kafka: O abutre. Tão lindo e assustador é.
Enfim, todas as histórias se repetem, como um espiral que vai e vem. O que muda é o cenário e o figurino.
Mas as pessoas são iguais em qualquer lugar do mundo. Umas tristes, outras felizes, cada qual um caso.
Até então, nunca se tinha ouvido falar nela e foi justamente graças às câmeras, aos microfones, aos jornalistas e à polícia que Elisa apareceu. E depois, desapareceu.
À primeira vista, lendo notícias sobre o caso e assistindo a seus depoimentos em vídeos da internet pensei: "Que mulher burra! Se expondo sem pensar nas consequências de seus atos e palavras... Ela está pedindo para morrer".
E de fato estava.
Ontem vi na TV uma entrevista concedida por um advogado renomado de São Paulo que diz levar seus alunos universitários para as comunidades carentes a fim de conhecer de perto os problemas de pobreza, abandono, tráfico, milícias e descasos da sociedade para com o cidadão comum.
Este advogado sim, tem amor à profissão. O que ele quer é consertar o que está errado e aplicar as leis mais justas e favoráveis. Ele não está brincando de política nem de poder, ele está atuando como ser humano preocupado com o seu semelhante e com o bem-estar geral. Ele é dos poucos que respeitam o próximo e que tentam passar adiante esse respeito.
No caso de Elisa Samudio, ela, por toda a sua história, nunca foi nem nunca soube o significado de ser respeitada. Em sua vida houve histórias de abandono desde a infância, tanto pela mãe, quanto pelo pai. E há de ter havido abandono pelos namorados também. Até que o último, o goleiro Bruno, fez o serviço sujo de engravidá-la e não assumir a paternidade da criança.
A frase que o advogado idealista de São Paulo citou e que é forte, real e presente é a seguinte: "-Quem não tem medo de morrer, não tem medo de ir para a cadeia".
O goleiro Bruno e seus comparsas têm medo tanto de morrer quanto de ir à cadeia, mas Elisa não. Elisa não tinha medo de nada, nem de fazer filmes pornográficos; tamanha a exposição!
Bonita ela não era, inteligente também não, instruída muito menos, culta, só em matéria de futebol, afinal, sabia o nome de todos os jogadores do Brasil e do exterior, além de seus times, seus carros, suas viagens, a data de seus jogos, os endereços das casas onde se realizariam churrascos e pagodes, os MSN's e os telefones fixos e celulares de uma diversidade de jogadores... Pobre Elisa...
Inocentemente escolheu sua morte. Ingenuamente se arriscou. Irresponsavelmente engravidou. E brutalmente se acabou.
O bebê ficou. Está vivo nos braços do avô, que um dia foi pai de Elisa, filha de pai ausente, de mãe ausente; que agora aparecem na midia chorando pelo desaparecimento da filha. Por que não choraram antes por terem a abandonado?
Agora é tarde. Que o filho de Elisa Samudio e do goleiro Bruno cresça de cabeça erguida, sem traumas. Difícil, mas que sirva de lição para tantas famílias que esquecem de dar respeito ao próximo, carinho, educação, bons tratos, alegria, amor, compreensão.
Outro ser, mito, personagem da vida que me faz pensar sobre sua história e seu final triste é a imperatriz ou rainha Sissi, da Áustria. Ela, diferentemente de Elisa Samudio, era linda. Considerada na época, uma das mulheres mais bonitas da Europa, casou-se aos 16 anos, foi morar num castelo, teve seus filhos, mas foi proibida pela família do marido de participar da criação deles e viveu a beira do abismo, sempre deprimida, usando viagens e passeios para esquecer das mágoas e desilusões. Seu destino, sua sorte, sua morte? Assassinada por um anarquista italiano sentada num banco junto de uma amiga, contemplando uma paisagem, contemplando a natureza.
Mas antes, diz a lenda, havia um corvo sobrevoando a vítima e a vítima já antevia sua morte. Parece que Sissi já o esperava há tempos. E esperava sentada, pois já estava cansada de tanto aguardar. Sua vida já estava acabada, não existia mais sentido.
Essa história me remete a um conto de Franz Kafka: O abutre. Tão lindo e assustador é.
Enfim, todas as histórias se repetem, como um espiral que vai e vem. O que muda é o cenário e o figurino.
Mas as pessoas são iguais em qualquer lugar do mundo. Umas tristes, outras felizes, cada qual um caso.
sábado, 26 de junho de 2010
Simples reflexões minhas, só minhas
Os homens são muito tolos.
Acham que nós os trocamos por causa do tamanho "daquilo".
Eu posso afirmar que por mim a troca vai pelo tamanho de seus sonhos.
Quanto maior o sonho for, mais eu quero compartilhar, pois vivo de carne e de utopias também.
Acham que nós os trocamos por causa do tamanho "daquilo".
Eu posso afirmar que por mim a troca vai pelo tamanho de seus sonhos.
Quanto maior o sonho for, mais eu quero compartilhar, pois vivo de carne e de utopias também.
domingo, 13 de junho de 2010
Blocos amarelos, cadernos em braile, eu te amo, desenhos e nomes
Quilômetros anotados,
Estradas rodadas,
Litros bebidos,
Preços de gasolina registrados,
Entre tapas e beijos,
Camas e marijuanas,
2007, louco ,
2008, sofrido,
Um pedaço de 2009 destruído
Um 2010 conturbado,
2011 vai ser melhor,
Foi dito, a cigana leu o meu destino,
E está escrito.
Começado, recomeçado, retratado, retalhado e reinventado.
Estradas rodadas,
Litros bebidos,
Preços de gasolina registrados,
Entre tapas e beijos,
Camas e marijuanas,
2007, louco ,
2008, sofrido,
Um pedaço de 2009 destruído
Um 2010 conturbado,
2011 vai ser melhor,
Foi dito, a cigana leu o meu destino,
E está escrito.
Começado, recomeçado, retratado, retalhado e reinventado.
Paranoia na cadeira, no chão e nada no telão
A doida tinha um namorado...
Mas queria um amor assim, delicado...
Que nenhum homem daria...
Ou se deu, parou, por não poder mais dar...
Pois então, ela pôs-se a procurar...
E ao se deparar com o inesperado, achou um que a amou, mas...
Começaram o romance que nem era ideal...
Apesar de até hoje, aonde quer que vá, ela leve a marca dele no olhar...
E quem diria que uma canção boba, de uma banda do sul, Velhas Virgens, que falava coisas tolas do tipo: Toda puta mora longe, selaria este amor, que estava claro...
Nem ele nem ela moravam longe...
Apesar das fronteiras e barreiras que os atrapalhavam...
Depois, eles fizeram seu caminho...
Um tempo curto juntos...
Ainda sonhando em seguir os passos um do outro...
Seguir, seguir, seguir...
Até que se pinçassem seus últimos cabelos brancos...
Da juventude para a velhice.
Um começo acelerado...
Paranoia pura... satélites dela, loucuras dele.
E aquele fim que nunca chega ao fim...
Mas queria um amor assim, delicado...
Que nenhum homem daria...
Ou se deu, parou, por não poder mais dar...
Pois então, ela pôs-se a procurar...
E ao se deparar com o inesperado, achou um que a amou, mas...
Começaram o romance que nem era ideal...
Apesar de até hoje, aonde quer que vá, ela leve a marca dele no olhar...
E quem diria que uma canção boba, de uma banda do sul, Velhas Virgens, que falava coisas tolas do tipo: Toda puta mora longe, selaria este amor, que estava claro...
Nem ele nem ela moravam longe...
Apesar das fronteiras e barreiras que os atrapalhavam...
Depois, eles fizeram seu caminho...
Um tempo curto juntos...
Ainda sonhando em seguir os passos um do outro...
Seguir, seguir, seguir...
Até que se pinçassem seus últimos cabelos brancos...
Da juventude para a velhice.
Um começo acelerado...
Paranoia pura... satélites dela, loucuras dele.
E aquele fim que nunca chega ao fim...
segunda-feira, 31 de maio de 2010
E os seus olhos, o que dizem?
O segredo de seus olhos.
Como é que a gente acredita nas pessoas? Olhando para os seus olhos. Descobrindo suas paixões.
Eu olhei, vi, acreditei e ainda acredito.
Entendi que o que é nosso está guardado.
Só não entendi na verdade, o que é nosso?
O que as pessoas pretensiosas tem que as não pretensiosas não tem?
Acho que nada. Uma ilusão talvez.
Pensam que podem demais dando foras, indiretas, se sentindo reis ou rainhas do pedaço, mas logo caem do cavalo e se mancam, ficam coxos e coxas.
Claudicantes.
Os olhos mudam e a expressão cai.
Perdem aquela pose que acharam antes em alguma vala. Pose de estrela cadente.
O universo é tão grande... Tem pra todo mundo...
A roda da vida gira e todos levantam, todos caem.
Os olhos dizem tanta coisa...
Mas nossa boca não diz nada com nada. Esta é capaz de soltar as piores mentiras acreditando serem as maiores verdades.
Talvez a escrita, as mãos, os dedos, isso sim valha mais do que as palavras profanadas pelos lábios.
O que leva uma pessoa a te procurar, depois te limar, se afastar, jurando um dia novamente te buscar...?
Não sei.
Covardia, medo?
Será que ela consegue olhar para ela mesma e entender o que ela quer e procura?
Ela sabe se olhar ou aprendeu só a olhar para os outros?
E quem está do lado, atrapalha ou ajuda?
Dá ordens, interfere, faz o que?
Mas se não é mãe nem pai, por que se mete?
Os seus olhos devem estar pedindo uma mãe que não teve, mas também clamam por uma paixão que está deixando escapar.
Não se preocupe, a paixão não escapa.
Ela dura pra sempre. É isso o que os olhos dizem.
Paixão não morre nem com trabalho de macumba. Nem com distância. Pelo contrário, fica até mais forte.
Os olhos dizem: Não tem jeito. Está sacramentado.
Assim como a canção cazuzesca: Nossos destinos foram traçados na maternidade.
Mesmo com todas as pedras e espinhos no caminho, nossos olhos dizem sim um para o outro.
Como é que a gente acredita nas pessoas? Olhando para os seus olhos. Descobrindo suas paixões.
Eu olhei, vi, acreditei e ainda acredito.
Entendi que o que é nosso está guardado.
Só não entendi na verdade, o que é nosso?
O que as pessoas pretensiosas tem que as não pretensiosas não tem?
Acho que nada. Uma ilusão talvez.
Pensam que podem demais dando foras, indiretas, se sentindo reis ou rainhas do pedaço, mas logo caem do cavalo e se mancam, ficam coxos e coxas.
Claudicantes.
Os olhos mudam e a expressão cai.
Perdem aquela pose que acharam antes em alguma vala. Pose de estrela cadente.
O universo é tão grande... Tem pra todo mundo...
A roda da vida gira e todos levantam, todos caem.
Os olhos dizem tanta coisa...
Mas nossa boca não diz nada com nada. Esta é capaz de soltar as piores mentiras acreditando serem as maiores verdades.
Talvez a escrita, as mãos, os dedos, isso sim valha mais do que as palavras profanadas pelos lábios.
O que leva uma pessoa a te procurar, depois te limar, se afastar, jurando um dia novamente te buscar...?
Não sei.
Covardia, medo?
Será que ela consegue olhar para ela mesma e entender o que ela quer e procura?
Ela sabe se olhar ou aprendeu só a olhar para os outros?
E quem está do lado, atrapalha ou ajuda?
Dá ordens, interfere, faz o que?
Mas se não é mãe nem pai, por que se mete?
Os seus olhos devem estar pedindo uma mãe que não teve, mas também clamam por uma paixão que está deixando escapar.
Não se preocupe, a paixão não escapa.
Ela dura pra sempre. É isso o que os olhos dizem.
Paixão não morre nem com trabalho de macumba. Nem com distância. Pelo contrário, fica até mais forte.
Os olhos dizem: Não tem jeito. Está sacramentado.
Assim como a canção cazuzesca: Nossos destinos foram traçados na maternidade.
Mesmo com todas as pedras e espinhos no caminho, nossos olhos dizem sim um para o outro.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
MINHA CASA ESTÁ EM OBRA
Minha casa, minha vida, minha cabeça, meu corpo.
Tudo indo, tudo se transformando.
Móveis novos, paredes novas, sala, quartos, banheiros, cozinha, tudo derrubando, levantando.
Minha coluna cervical dói, se magoou e agora pede um tempo, um alívio, um equilíbrio.
Tomo remédio, faço RPG.
Compro mochila, evito usar bolsa.
Paro com os remédios, aprendo a meditar tranquilamente, em aulas individuais.
Pensar em tudo, isso é preciso. Fora da meditação.
Pensar em nada, isso é possível. Na meditação.
Me desconstruindo para me reconstruir.
Aceitação é o primeiro passo.
Entendimento é o segundo.
Desprendimento ainda não, o momento atual e o movimento necessário para hoje não é o de me deslocar, é o de me enraizar, mas não lá fora e sim, dentro de mim mesma.
Tudo indo, tudo se transformando.
Móveis novos, paredes novas, sala, quartos, banheiros, cozinha, tudo derrubando, levantando.
Minha coluna cervical dói, se magoou e agora pede um tempo, um alívio, um equilíbrio.
Tomo remédio, faço RPG.
Compro mochila, evito usar bolsa.
Paro com os remédios, aprendo a meditar tranquilamente, em aulas individuais.
Pensar em tudo, isso é preciso. Fora da meditação.
Pensar em nada, isso é possível. Na meditação.
Me desconstruindo para me reconstruir.
Aceitação é o primeiro passo.
Entendimento é o segundo.
Desprendimento ainda não, o momento atual e o movimento necessário para hoje não é o de me deslocar, é o de me enraizar, mas não lá fora e sim, dentro de mim mesma.
A NOVELA DO CASAL HORRÍVEL
A gente escreve ou manifesta tipos e expressões exageradas, sempre para se exibir, não tem jeito. Feios ou bonitos, cá estamos nós, nos revelando, personagens de nossas próprias histórias, sofremos, choramos, nos enganamos, nos comprometemos, nos alegramos, nos estressamos, rodamos, dançamos, nos apaixonamos.
E a paixão quando é boa, pega e fica, não descola fácil.
Mas, uma parte dessa história que um dia foi boa e terminou mal, tem um capítulo assim, comigo assistindo sentada, de camarote virtual:
VEJA QUE CASAL HORRÍVEL:
Ela é feia e ele é horripilante.
Feia porque faz uso de coisas baixas para conseguir o que quer.
Feio porque é burro, apesar de aproveitador.
Feia porque só consegue sustentar uma relação homem-mulher a base de dinheiro.
Feio porque se submete ao dinheiro que a feia o oferece todos os dias.
Feia porque se julga superior às outras, outras tantas, outras todas que já passaram e continuam passando pelo teste de cama dele.
Feio porque pensa que engana cada mulher que come, que suga, que cospe.
Feia porque acredita que pode segurar alguém a base de chantagens emocionais.
Feio porque se vende por muito pouco.
Feia porque manipula, rouba e assassina o sonho dos outros.
Feio porque se deixa escravizar e deixa que ditem as regras de seu jogo, só pelo prazer de ter um lugar para ficar, no conforto.
Feia porque pensa que pode comprar amor, gente e família.
Feio porque só reconhece a família quando a família aceita o seu papel de submisso.
Feia porque seus chifres sempre estarão na cabeça; viajando ou não, com esse companheiro, lá estarão eles, seus doces chifres.
Feio porque não tem vergonha de mentir, de usar as pessoas e de fazê-las perderem seu juízo, seu senso crítico, sua razão, quando o que elas mais queriam era apenas ajustar os eixos dele, colocá-lo na linha.
Feia porque não sabe dividir nem trocar.
Feio porque não tem capacidade de acertar.
Feia porque é toda torta, da cabeça aos pés.
Feio porque bagunça com a cabeça e com o coração de gente que está entregue e disposta a amar.
Ah! Não sou mal amada nem fui, só me bateu uma saudade! Saudade do tempo em que vivi com um cara que se dizia apaixonado e de tão apaixonado, fez as maiores loucuras por amor e as piores por dinheiro.
Estou sendo leal em não dizer os pormenores, conhecendo bem um dos dois lados, sim, fui e sou bem leal. Sobre cama, mesa, porcos e diamantes, nenhuma sujeira a revelar. E sei que esse lado calado e cheio de receios, contadorzinho de histórias, com o rabinho todo preso, me agradece.
Também estou sendo feia me preocupando com gente deprimente.
Vou mesmo é cuidar de minha vida, pra não mais cair no poço ou na fossa.
O importante hoje é saber que tudo o que temos é porque merecemos.
E quem quer saber por que o tal casal está junto?
De novo, depois de outra crise? Não!
Ninguém quer saber, mas eu, num momento negro de reflexão, digo:
Por que nesse momento, eles se merecem.
Mas até quando vão se merecer?
Nos momentos escuros será revelado que:
Se tudo passa, tudo passará.
A vida abre espaço para casais mais bonitos se encontrarem.
E sempre haverá espaço para dias e pessoas melhores.
O que vale é este aprendizado:
Se um homem diz que você pertence a ele e você acredita, estará assinando a sua sentença de escrava de um velho escravo.
O problema é a transferência do problema.
Permitir este tipo de troca de energia é se matar aos poucos.
E ninguém aqui quer se matar, acho que nem o casal doce lar.
Um doce, por dezenas de vezes fadado a azedar...
A não ser que mudem a autoria desse melodrama escrito a três braços.
E como eu queria que fosse a dois... daria um livro.
E a paixão quando é boa, pega e fica, não descola fácil.
Mas, uma parte dessa história que um dia foi boa e terminou mal, tem um capítulo assim, comigo assistindo sentada, de camarote virtual:
VEJA QUE CASAL HORRÍVEL:
Ela é feia e ele é horripilante.
Feia porque faz uso de coisas baixas para conseguir o que quer.
Feio porque é burro, apesar de aproveitador.
Feia porque só consegue sustentar uma relação homem-mulher a base de dinheiro.
Feio porque se submete ao dinheiro que a feia o oferece todos os dias.
Feia porque se julga superior às outras, outras tantas, outras todas que já passaram e continuam passando pelo teste de cama dele.
Feio porque pensa que engana cada mulher que come, que suga, que cospe.
Feia porque acredita que pode segurar alguém a base de chantagens emocionais.
Feio porque se vende por muito pouco.
Feia porque manipula, rouba e assassina o sonho dos outros.
Feio porque se deixa escravizar e deixa que ditem as regras de seu jogo, só pelo prazer de ter um lugar para ficar, no conforto.
Feia porque pensa que pode comprar amor, gente e família.
Feio porque só reconhece a família quando a família aceita o seu papel de submisso.
Feia porque seus chifres sempre estarão na cabeça; viajando ou não, com esse companheiro, lá estarão eles, seus doces chifres.
Feio porque não tem vergonha de mentir, de usar as pessoas e de fazê-las perderem seu juízo, seu senso crítico, sua razão, quando o que elas mais queriam era apenas ajustar os eixos dele, colocá-lo na linha.
Feia porque não sabe dividir nem trocar.
Feio porque não tem capacidade de acertar.
Feia porque é toda torta, da cabeça aos pés.
Feio porque bagunça com a cabeça e com o coração de gente que está entregue e disposta a amar.
Ah! Não sou mal amada nem fui, só me bateu uma saudade! Saudade do tempo em que vivi com um cara que se dizia apaixonado e de tão apaixonado, fez as maiores loucuras por amor e as piores por dinheiro.
Estou sendo leal em não dizer os pormenores, conhecendo bem um dos dois lados, sim, fui e sou bem leal. Sobre cama, mesa, porcos e diamantes, nenhuma sujeira a revelar. E sei que esse lado calado e cheio de receios, contadorzinho de histórias, com o rabinho todo preso, me agradece.
Também estou sendo feia me preocupando com gente deprimente.
Vou mesmo é cuidar de minha vida, pra não mais cair no poço ou na fossa.
O importante hoje é saber que tudo o que temos é porque merecemos.
E quem quer saber por que o tal casal está junto?
De novo, depois de outra crise? Não!
Ninguém quer saber, mas eu, num momento negro de reflexão, digo:
Por que nesse momento, eles se merecem.
Mas até quando vão se merecer?
Nos momentos escuros será revelado que:
Se tudo passa, tudo passará.
A vida abre espaço para casais mais bonitos se encontrarem.
E sempre haverá espaço para dias e pessoas melhores.
O que vale é este aprendizado:
Se um homem diz que você pertence a ele e você acredita, estará assinando a sua sentença de escrava de um velho escravo.
O problema é a transferência do problema.
Permitir este tipo de troca de energia é se matar aos poucos.
E ninguém aqui quer se matar, acho que nem o casal doce lar.
Um doce, por dezenas de vezes fadado a azedar...
A não ser que mudem a autoria desse melodrama escrito a três braços.
E como eu queria que fosse a dois... daria um livro.
domingo, 16 de maio de 2010
ALICE, de Tim Burton
Mais um filme espetacular e em 3D!
Cinema é uma das artes mais lindas que existe.
Histórias fantásticas, com mistério, aventura, ação, emoção, fantasia, cores, figurinos, cenários, atuações, magia, pureza, leveza, ousadia, delicadeza e limite.
A mais feia arte é essa nova moda de gente que quer virar celebridade se exibindo através de vídeos-documentários onde mostram suas vidinhas mais ou menos, o dia a dia de casaizinhos apaixonados, recém-casados, bah... suas viagens, sua lua de mel, horas de felicidade e prazer, momentâneos ..., durarão até quando? Pura ostentação e falta do que fazer a não ser ficar famoso da noite para o dia, mesmo que, como previa um famoso artista americano, por quinze minutos de fama no futuro todos ficarão conhecidos .... A era da superexposição... E a que ponto o ser humano chegou, meu Deus.... tudo pela fama, tudo para provar o por que de nossa existência, tudo pela internet! E... Nossa mãe do céu, quem liga pra isso? Nem nossa família está ligando mais pra tal besteira, quem dirá quem fuça a internet! Esses, nos olham só pra comentar... O que a gente é e como a gente age por aí nos faz rir... Rimos também da cara alheia de quem também se expõe.
Pois bem, só a Alice de Tim Burton ou de Lewis Carroll consegue viajar na própria mente sendo louca, vendo gente louca e cometendo suas insanidades em conjunto com os outros, mas ela definitivamente não é digna de risadas, ela é digna de inspiração por ser uma personagem simples, sem grandiosidades, inteira na sua loucura, calma, apesar de todas as dificuldades dentro e fora de seus sonhos e por isso tão bem montada. Os loucos tentam fugir deste mundo tosco em que vivemos e por isso são pessoas boas, incapazes de maldades; mas é preciso enxergar em que categoria de loucos somos colocados, se no polo do bem ou se no polo do mal. Há loucos e os nem tão loucos assim e as aparências sempre vão tentar nos enganar. Alice não engana.
Cinema é uma das artes mais lindas que existe.
Histórias fantásticas, com mistério, aventura, ação, emoção, fantasia, cores, figurinos, cenários, atuações, magia, pureza, leveza, ousadia, delicadeza e limite.
A mais feia arte é essa nova moda de gente que quer virar celebridade se exibindo através de vídeos-documentários onde mostram suas vidinhas mais ou menos, o dia a dia de casaizinhos apaixonados, recém-casados, bah... suas viagens, sua lua de mel, horas de felicidade e prazer, momentâneos ..., durarão até quando? Pura ostentação e falta do que fazer a não ser ficar famoso da noite para o dia, mesmo que, como previa um famoso artista americano, por quinze minutos de fama no futuro todos ficarão conhecidos .... A era da superexposição... E a que ponto o ser humano chegou, meu Deus.... tudo pela fama, tudo para provar o por que de nossa existência, tudo pela internet! E... Nossa mãe do céu, quem liga pra isso? Nem nossa família está ligando mais pra tal besteira, quem dirá quem fuça a internet! Esses, nos olham só pra comentar... O que a gente é e como a gente age por aí nos faz rir... Rimos também da cara alheia de quem também se expõe.
Pois bem, só a Alice de Tim Burton ou de Lewis Carroll consegue viajar na própria mente sendo louca, vendo gente louca e cometendo suas insanidades em conjunto com os outros, mas ela definitivamente não é digna de risadas, ela é digna de inspiração por ser uma personagem simples, sem grandiosidades, inteira na sua loucura, calma, apesar de todas as dificuldades dentro e fora de seus sonhos e por isso tão bem montada. Os loucos tentam fugir deste mundo tosco em que vivemos e por isso são pessoas boas, incapazes de maldades; mas é preciso enxergar em que categoria de loucos somos colocados, se no polo do bem ou se no polo do mal. Há loucos e os nem tão loucos assim e as aparências sempre vão tentar nos enganar. Alice não engana.
sábado, 8 de maio de 2010
Woody Allen
TUDO PODE DAR CERTO.
É simples assim : bom demais!
http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema/tudo+pode+dar+certo+com+woody+allen/n1237599506105.html
É simples assim : bom demais!
http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema/tudo+pode+dar+certo+com+woody+allen/n1237599506105.html
domingo, 4 de abril de 2010
Então isso é a Páscoa
Páscoa... Com amigos, sem amigos, com família, sem família. Enfim, a Páscoa do ano de 2010 passou. Em brancas nuvens. E sem muitos chocolates. Foi-se mais uma data religiosa, mais uma celebração, mais um feriado nacional e internacional. Mais um motivo para se pensar que a maior vantagem em se ter uma religião e de segui-la é poder olhar para o calendário e ver a enorme quantidade de feriados santos que se tem ao longo do ano, de janeiro a dezembro, enquanto que, para quem optou por ser ateu, com seu pensamento racional e lógico, dar uma breve olhada no calendário o fará lembrar nas horas vagas, que quem perde pontos em matéria de esperteza, são os próprios, pois não há nenhum feriado a que se possam comemorar os ateístas, mesmo que se entitulem gênios ou super gênios num lugar onde não há mais tanto espaço para seres tão geniais. Se não creem em Deus nem em santo algum, muito menos em seus milagres, vão comemorar o que?
"No mundo grego, ecumenismo significava "terra habitada", e tinha o sentido de "povo civilizado", de cultura aberta, tanto com uma perspectiva geográfica, como de civilização. Com as conquistas do império romano, o termo ganha mais uma conotação, a conotação política. Já no cristianismo, a palavra é utilizada numa perspectiva espiritual: a "terra habitada" passa a ser considerada obra de Deus, tornada habitável pela colaboração humana. Assim, assume a conotação de uma tarefa a realizar.
Ecumenismo é o processo de busca da unidade. O termo provém da palavra grega "oikos" (casa), designando "toda a terra habitada". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões ou, mesmo, da humanidade. Neste último sentido, emprega-se também o termo "macro-ecumenismo".
O Dicionário Aurélio define ecumenismo como movimento que visa à unificação das igrejas cristãs (católica, ortodoxa e protestante). A definição eclesiástica, mais abrangente, diz que é a aproximação, a cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas cristãs.
Do ponto de vista do Cristianismo, pode-se dizer que o ecumenismo é um movimento entre diversas denominações cristãs na busca do diálogo e cooperação comum, buscando superar as divergências históricas e culturais. Segundo a Igreja Evangélica Luterana do Brasil, o termo ecumênico quer representar que a Igreja de Cristo vai além das diferenças geográficas, culturais e políticas entre diversas igrejas. Nos ambientes cristãos, a relação com outras religiões costuma-se denominar diálogo inter-religioso."
E salve, salve a minha pequenina pesquisa sobre a palavra ecumênico no site Wikipedia. Eu precisava saber, para continuar respeitando os cultos, apesar de ser convictamente atéia.
"No mundo grego, ecumenismo significava "terra habitada", e tinha o sentido de "povo civilizado", de cultura aberta, tanto com uma perspectiva geográfica, como de civilização. Com as conquistas do império romano, o termo ganha mais uma conotação, a conotação política. Já no cristianismo, a palavra é utilizada numa perspectiva espiritual: a "terra habitada" passa a ser considerada obra de Deus, tornada habitável pela colaboração humana. Assim, assume a conotação de uma tarefa a realizar.
Ecumenismo é o processo de busca da unidade. O termo provém da palavra grega "oikos" (casa), designando "toda a terra habitada". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões ou, mesmo, da humanidade. Neste último sentido, emprega-se também o termo "macro-ecumenismo".
O Dicionário Aurélio define ecumenismo como movimento que visa à unificação das igrejas cristãs (católica, ortodoxa e protestante). A definição eclesiástica, mais abrangente, diz que é a aproximação, a cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas cristãs.
Do ponto de vista do Cristianismo, pode-se dizer que o ecumenismo é um movimento entre diversas denominações cristãs na busca do diálogo e cooperação comum, buscando superar as divergências históricas e culturais. Segundo a Igreja Evangélica Luterana do Brasil, o termo ecumênico quer representar que a Igreja de Cristo vai além das diferenças geográficas, culturais e políticas entre diversas igrejas. Nos ambientes cristãos, a relação com outras religiões costuma-se denominar diálogo inter-religioso."
E salve, salve a minha pequenina pesquisa sobre a palavra ecumênico no site Wikipedia. Eu precisava saber, para continuar respeitando os cultos, apesar de ser convictamente atéia.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Dicas para mulheres e homens não entrarem em relacionamentos furados
Saber investir, saber se associar, garantir bons parceiros nos negócios do amor, isso é preciso.
Sempre digo para as pessoas que conheço: Junte-se aos bons e serás um deles, mas digo não com essas palavras. As minhas são assim: Você tem que se juntar com alguém igual ou melhor que você, e caso se depare com gente pior, que não esteja à sua altura, que não te traga nada, que não contribua, nem se aproxime, nem tente.
Pois é, e a tonta aqui, se aproximou. Ficou tentada e tentou.
Deixei uma pessoa ruim entrar em minha vida. E da forma mais fácil possível: pela porta da frente, pelo coração.
A minha cabeça, meu raciocínio, minha razão, tudo teve uma falência múltipla nessa hora e não tive ninguém, nem uma mão para me segurar e dizer: Cuidado, não vá em frente, é perigoso, você vai se machucar, vai cair, vai sofrer, eu posso te provar por A mais B que vai, sem teorias, sem discursos, sem conselhos, eu posso te provar e vou te provar com demonstrações práticas, lógicas, por razões óbvias, através de coletas de informações, investigando esta pessoa para você, para o seu bem, me infiltrando na vida dela, assim como ela se infiltrou na sua vida e se alojou em seu corpo, como um parasita, e eu, como gosto de ti, sou teu amigo ou tua amiga, farei isso por você, vou te ajudar de verdade, te amparar de perto e não te assistir de longe.
Por que? Porque tenho apreço por você, não quero te comer, não manifesto nem escondo outro tipo de interesse por sua pessoa, a não ser te querer bem e não quero que você sofra, pois sei que está cega, surda e por vezes, muda.
Sei que está empolgada, entusiasmada, mas sei que quando perder tudo, da alegria à paz interior, da boa disposição à boa saúde, do entusiasmo à glória, sei que vai sofrer e não quero ver você sofrendo, porque você é tão legal, tão animada, tão incrível, tão sincera, que não pode merecer isso e eu não vou deixar que nada de mal te aconteça, porque acima de tudo, quero mesmo te proteger. Você precisa de proteção.
Nossa! Nunca tive esse tipo de proteção em minha vida, nunca, nunca, nunca e vai ver por isso, me estrepei diversas vezes, fui entrando numa mancada atrás de outra, várias ciladas.
Aprendi com o sofrimento, com marcas na pele e com dores no fundo da alma.
Marcas doloridas. Marcas que apavoram.
A pessoa que é maltratada no amor fica com medo e descrente, fica desconfiada das relações.
Por isso, digo e repito: Muito cuidado ao entrar em um novo negócio, veja bem com quem está lidando antes de se entregar totalmente. Os monstros e as monstras carregam com eles boas e belas máscaras, cada dia uma mais bonita, mais envolvente, mais empolgante. Cuidado com afirmações do tipo "eu te amo", caso conheça a pessoa há pouco tempo, vá com calma, as pessoas são muito perigosas. Pegue filmes de terror e suspense para assistir, leia mais histórias macabras, escolha livros que tratem de temas pesados, porque quanto mais vivemos, mais sentimos, mais sabemos que a vida é isso: dura e ela não dá alívio. Alívio imediato é ilusão. Se for se entorpecer, se entorpeça apenas bebendo vinho, seguindo só e siga o seu caminho. Fuja de pessoas de universo muito diferente do seu. Nessas horas de entrega, pensar antes de agir realmente importa. Eu me preocupo hoje em dia com pessoas que agem por impulso, eu não as deixaria largadas e soltas por aí, pois são essas as mais vulneráveis. Façamos o exercício do bicho: Com que bicho você se parece? Se você é um mamífero e o outro ser é um réptil, não tem jeito, não há relação que possa ser salva, fuja desta parceria. E jamais achemos que é natural uma cotia andar pelo mesmo mato que uma cobra. A cobra se enfia em qualquer buraco. A cotia, bonitinha, engraçadinha, fofinha... está super exposta.
Sempre digo para as pessoas que conheço: Junte-se aos bons e serás um deles, mas digo não com essas palavras. As minhas são assim: Você tem que se juntar com alguém igual ou melhor que você, e caso se depare com gente pior, que não esteja à sua altura, que não te traga nada, que não contribua, nem se aproxime, nem tente.
Pois é, e a tonta aqui, se aproximou. Ficou tentada e tentou.
Deixei uma pessoa ruim entrar em minha vida. E da forma mais fácil possível: pela porta da frente, pelo coração.
A minha cabeça, meu raciocínio, minha razão, tudo teve uma falência múltipla nessa hora e não tive ninguém, nem uma mão para me segurar e dizer: Cuidado, não vá em frente, é perigoso, você vai se machucar, vai cair, vai sofrer, eu posso te provar por A mais B que vai, sem teorias, sem discursos, sem conselhos, eu posso te provar e vou te provar com demonstrações práticas, lógicas, por razões óbvias, através de coletas de informações, investigando esta pessoa para você, para o seu bem, me infiltrando na vida dela, assim como ela se infiltrou na sua vida e se alojou em seu corpo, como um parasita, e eu, como gosto de ti, sou teu amigo ou tua amiga, farei isso por você, vou te ajudar de verdade, te amparar de perto e não te assistir de longe.
Por que? Porque tenho apreço por você, não quero te comer, não manifesto nem escondo outro tipo de interesse por sua pessoa, a não ser te querer bem e não quero que você sofra, pois sei que está cega, surda e por vezes, muda.
Sei que está empolgada, entusiasmada, mas sei que quando perder tudo, da alegria à paz interior, da boa disposição à boa saúde, do entusiasmo à glória, sei que vai sofrer e não quero ver você sofrendo, porque você é tão legal, tão animada, tão incrível, tão sincera, que não pode merecer isso e eu não vou deixar que nada de mal te aconteça, porque acima de tudo, quero mesmo te proteger. Você precisa de proteção.
Nossa! Nunca tive esse tipo de proteção em minha vida, nunca, nunca, nunca e vai ver por isso, me estrepei diversas vezes, fui entrando numa mancada atrás de outra, várias ciladas.
Aprendi com o sofrimento, com marcas na pele e com dores no fundo da alma.
Marcas doloridas. Marcas que apavoram.
A pessoa que é maltratada no amor fica com medo e descrente, fica desconfiada das relações.
Por isso, digo e repito: Muito cuidado ao entrar em um novo negócio, veja bem com quem está lidando antes de se entregar totalmente. Os monstros e as monstras carregam com eles boas e belas máscaras, cada dia uma mais bonita, mais envolvente, mais empolgante. Cuidado com afirmações do tipo "eu te amo", caso conheça a pessoa há pouco tempo, vá com calma, as pessoas são muito perigosas. Pegue filmes de terror e suspense para assistir, leia mais histórias macabras, escolha livros que tratem de temas pesados, porque quanto mais vivemos, mais sentimos, mais sabemos que a vida é isso: dura e ela não dá alívio. Alívio imediato é ilusão. Se for se entorpecer, se entorpeça apenas bebendo vinho, seguindo só e siga o seu caminho. Fuja de pessoas de universo muito diferente do seu. Nessas horas de entrega, pensar antes de agir realmente importa. Eu me preocupo hoje em dia com pessoas que agem por impulso, eu não as deixaria largadas e soltas por aí, pois são essas as mais vulneráveis. Façamos o exercício do bicho: Com que bicho você se parece? Se você é um mamífero e o outro ser é um réptil, não tem jeito, não há relação que possa ser salva, fuja desta parceria. E jamais achemos que é natural uma cotia andar pelo mesmo mato que uma cobra. A cobra se enfia em qualquer buraco. A cotia, bonitinha, engraçadinha, fofinha... está super exposta.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Rotina atípica
Uma jornalista e roteirista lidando com papéis e apólices de seguros até que pode dar certo um dia, mas hoje? Hoje não.
Esta pessoa sou eu, vivendo entre o sim e o não, nas horas vagas, em momentos que tem se repetido há bem alguns meses, quase todas as tardes da semana.
São quatro e meia, o sol está forte lá fora e, dentro do escritório, ar ligado, Rio de Janeiro no outono, faz trinta e oito graus para quem anda na rua; acabo de atender a um telefonema, assunto: cancelamento de um seguro. Minutos antes atendi outra ligação de motivo inverso: renovação de seguro. Uns caem, outros levantam, uns desistem, outros querem; queda e ascensão. É disso que é feita a vida.
Quando, por poucos minutos, os telefones dão uma brecha e param de tocar, posso me dar ao luxo de me espreguiçar, de fechar e abrir os olhos lentamente e de até bocejar. Estou sozinha e só as persianas das janelas podem me ver.
Sou eu agora aqui, com cara de sono e pensando no dia de amanhã.
A ginástica de hoje cedo acabou comigo, me deu uma tremenda dor na coluna levantar todos aqueles pesos. Tive que tomar uma ducha com água bem quente nas costas antes de vir para o trabalho, água quente nos meus braços também; nossa, devo estar enferrujada, como dói minha coluna. Minhas pernas, nem tanto, o abdomen, um pouco, por isso, fugi da aula de spinning, a professora estranhou, mas se fiz duas, três aulas de manhã de ginástica, isso já é muito pra mim, não aguento. Ontem dei uma unhada de leve em uma de minhas pintas, tenho muitas nas costas, vai ver por isso estou com dor, a pinta é daquelas pretinhas sobressaltadas, de tão preocupadas e preocupantes, que você consegue mexer pra lá e pra cá com os dedos, uma sensação até gostosa... mas vou tirar esta pinta, vou marcar uma visita ao dermatologista pra acabar logo com essas pintas salientes. Até que são um charme, só que um charme dispensável.
Pois é, estou sozinha no escritório a esta hora e começo a contar. Já são cinco horas da tarde, hoje devo sair mais cedo. Tanta coisa ainda pra ser feita na rua antes de ir para casa... Duas coisas para fazer logo que sair daqui. Um assunto para tratar, um documento para pegar, uma peça de roupa para comprar, dez peças de roupa para lavar, um quarto inteiro para arrumar... O ser humano adora números. Números... Duas salas, duas portas, dois banheiros, sete mesas, sete computadores, treze cadeiras, três armários que se deslocam, dois armários embutidos, uma prateleira de seis módulos, nove paredes brancas, dois aparelhos de ar condicionado, seis luminárias, dois galões de água mineral, um bebedouro refrigerado, uma cafeteira, uma geladeira compacta, muitos cartazes e banners de seguros de vida da Unimed, inúmeros livros e propostas de seguros de sáude da Amil, da Dix, da Sul América, da Integral Saúde, vários programas instalados nos computadores para vendas de seguros de automóveis, da Porto Seguro, da Azul, da Itaú, Vera Cruz, Mafre...
Marcas em todos os produtos, Consul, Electrolux ... todos com selo de qualidade, podendo ser duvidosa ou não, pagando-se pelo serviço ou pelo prazo de validade... Ah, e pela luz...
Lá fora ainda está claro, o sol já já vai se por. Mais tarde pretendo terminar de ler um livro, comprei de curiosa, porque fala de como mudar o destino, depois vou virar páginas de uma revista de Ciência, entender sobre o futuro dos animais de estimação, dia seguinte tudo de novo e desta vez será um novo dia mesmo, porque aqui no escritório só volto um dia depois de amanhã. Ih, faltam quinze para as seis, está na minha hora, mas nem vou correr muito. Eu pego o contrafluxo, com as horas e o número de carros no trânsito não tenho que me preocupar.
Esta pessoa sou eu, vivendo entre o sim e o não, nas horas vagas, em momentos que tem se repetido há bem alguns meses, quase todas as tardes da semana.
São quatro e meia, o sol está forte lá fora e, dentro do escritório, ar ligado, Rio de Janeiro no outono, faz trinta e oito graus para quem anda na rua; acabo de atender a um telefonema, assunto: cancelamento de um seguro. Minutos antes atendi outra ligação de motivo inverso: renovação de seguro. Uns caem, outros levantam, uns desistem, outros querem; queda e ascensão. É disso que é feita a vida.
Quando, por poucos minutos, os telefones dão uma brecha e param de tocar, posso me dar ao luxo de me espreguiçar, de fechar e abrir os olhos lentamente e de até bocejar. Estou sozinha e só as persianas das janelas podem me ver.
Sou eu agora aqui, com cara de sono e pensando no dia de amanhã.
A ginástica de hoje cedo acabou comigo, me deu uma tremenda dor na coluna levantar todos aqueles pesos. Tive que tomar uma ducha com água bem quente nas costas antes de vir para o trabalho, água quente nos meus braços também; nossa, devo estar enferrujada, como dói minha coluna. Minhas pernas, nem tanto, o abdomen, um pouco, por isso, fugi da aula de spinning, a professora estranhou, mas se fiz duas, três aulas de manhã de ginástica, isso já é muito pra mim, não aguento. Ontem dei uma unhada de leve em uma de minhas pintas, tenho muitas nas costas, vai ver por isso estou com dor, a pinta é daquelas pretinhas sobressaltadas, de tão preocupadas e preocupantes, que você consegue mexer pra lá e pra cá com os dedos, uma sensação até gostosa... mas vou tirar esta pinta, vou marcar uma visita ao dermatologista pra acabar logo com essas pintas salientes. Até que são um charme, só que um charme dispensável.
Pois é, estou sozinha no escritório a esta hora e começo a contar. Já são cinco horas da tarde, hoje devo sair mais cedo. Tanta coisa ainda pra ser feita na rua antes de ir para casa... Duas coisas para fazer logo que sair daqui. Um assunto para tratar, um documento para pegar, uma peça de roupa para comprar, dez peças de roupa para lavar, um quarto inteiro para arrumar... O ser humano adora números. Números... Duas salas, duas portas, dois banheiros, sete mesas, sete computadores, treze cadeiras, três armários que se deslocam, dois armários embutidos, uma prateleira de seis módulos, nove paredes brancas, dois aparelhos de ar condicionado, seis luminárias, dois galões de água mineral, um bebedouro refrigerado, uma cafeteira, uma geladeira compacta, muitos cartazes e banners de seguros de vida da Unimed, inúmeros livros e propostas de seguros de sáude da Amil, da Dix, da Sul América, da Integral Saúde, vários programas instalados nos computadores para vendas de seguros de automóveis, da Porto Seguro, da Azul, da Itaú, Vera Cruz, Mafre...
Marcas em todos os produtos, Consul, Electrolux ... todos com selo de qualidade, podendo ser duvidosa ou não, pagando-se pelo serviço ou pelo prazo de validade... Ah, e pela luz...
Lá fora ainda está claro, o sol já já vai se por. Mais tarde pretendo terminar de ler um livro, comprei de curiosa, porque fala de como mudar o destino, depois vou virar páginas de uma revista de Ciência, entender sobre o futuro dos animais de estimação, dia seguinte tudo de novo e desta vez será um novo dia mesmo, porque aqui no escritório só volto um dia depois de amanhã. Ih, faltam quinze para as seis, está na minha hora, mas nem vou correr muito. Eu pego o contrafluxo, com as horas e o número de carros no trânsito não tenho que me preocupar.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Chuva de sapos e canivetes
Depois de uns baques soltos e de uns baques virados, eu ainda tenho forças.
Para pensar, pensar, pensar... e agir.
Penso todos os dias no livro que vou escrever, no tema, na escala de fatos e nas tantas vezes que o desenrolar das histórias que quero contar, exibir, noticiar, mudam da noite para o dia e me fazem ter nós e mais nós dentro da cabeça.
A Editora já deve estar cansada de receber meus emails sempre postergando a data da reunião para finalmente discutir a capa, o número de páginas, o tipo de folha, o local onde será realizada a festa de lançamento do produto, o dinheiro a ser gasto com toda a produção...
Quando analiso minha vida com uma lente de aumento e a vejo de perto, ela parece sem-graça. Moro num condomínio fechado, cheio de grades, com um belo visual para a praia, para as pedras e morros de um lado extremo do Rio, visito uma vez por semana o Centro da Cidade para assuntos profissionais de um ramo comercial não escolhido por mim, dado à força bruta, a duras penas, na base da imposição. É o preço de estar viva e ter que ganhar dinheiro. Sem dinheiro a gente faz o que? Se bem que estou exagerando, mas como isso me incomoda... Tirando o fato de que escolhi uma carreira bonita, a da comunicação, que sempre achei que levava jeito, na fala e na escrita, mas difícil para se estabelecer com equilíbrio e com certa dignidade, complicada de se trabalhar em grupo e de se faturar uns tostões, enfim, uma carreira cheia de pessoinhas desrespeitosas, estressadas e mesquinhas, vingativas talvez, desdenhosas, e o pior, recalcadas. Mas são essas que não crescem. As que se desligam disso conseguem crescer. Sobre ser reconhecida... menos ainda, mas nem é por causa disso que ando com a cabeça transtornada. Ando assim, porque o tempo vai passando e ao tentar me desviar dos olhos famintos dele, me meto em cada situação... diariamente. Mesmo na rotina chata do dia a dia... conhecendo o melhor e o pior lado das coisas ou das pessoas, objetos... o que tudo não passa de ser, como por exemplo... um robô que era prestativo, te acompanhava e te ajudava, seja dentro de casa ou na rua, e repentinamente, se vira contra você, fica rebelde, depois violento, caem seus parafusos, ele se confunde, te confunde e a máquina surta. Tanto a sua quanto a dele. Ficam ambos desbaratinados. Cérebro para um lado, lataria para outro. E se desligam, não querem mais contato. Um "Eu, Robô" bichado, que ninguém está livre de comprar e, pensando ter comprado um belo exemplar X, Y, Z ou um Alfa, comprou-se uma bela porcaria, um gato por lebre. OK, estamos no Brasil e nem temos essa cultura de colecionar robôs coreanos ou japoneses, logo, mudo para bonecos ou bonecas infláveis, em homenagem ao cartunista Glauco e aqui trocamos um abacaxi por um caroço de manga. Imagine o prejuízo e o estrago da gente colocar em nossas vidas coisas falsificadas, incompletas, sujas e depois de algum tempo nos arruinarmos com elas.
Para pensar, pensar, pensar... e agir.
Penso todos os dias no livro que vou escrever, no tema, na escala de fatos e nas tantas vezes que o desenrolar das histórias que quero contar, exibir, noticiar, mudam da noite para o dia e me fazem ter nós e mais nós dentro da cabeça.
A Editora já deve estar cansada de receber meus emails sempre postergando a data da reunião para finalmente discutir a capa, o número de páginas, o tipo de folha, o local onde será realizada a festa de lançamento do produto, o dinheiro a ser gasto com toda a produção...
Quando analiso minha vida com uma lente de aumento e a vejo de perto, ela parece sem-graça. Moro num condomínio fechado, cheio de grades, com um belo visual para a praia, para as pedras e morros de um lado extremo do Rio, visito uma vez por semana o Centro da Cidade para assuntos profissionais de um ramo comercial não escolhido por mim, dado à força bruta, a duras penas, na base da imposição. É o preço de estar viva e ter que ganhar dinheiro. Sem dinheiro a gente faz o que? Se bem que estou exagerando, mas como isso me incomoda... Tirando o fato de que escolhi uma carreira bonita, a da comunicação, que sempre achei que levava jeito, na fala e na escrita, mas difícil para se estabelecer com equilíbrio e com certa dignidade, complicada de se trabalhar em grupo e de se faturar uns tostões, enfim, uma carreira cheia de pessoinhas desrespeitosas, estressadas e mesquinhas, vingativas talvez, desdenhosas, e o pior, recalcadas. Mas são essas que não crescem. As que se desligam disso conseguem crescer. Sobre ser reconhecida... menos ainda, mas nem é por causa disso que ando com a cabeça transtornada. Ando assim, porque o tempo vai passando e ao tentar me desviar dos olhos famintos dele, me meto em cada situação... diariamente. Mesmo na rotina chata do dia a dia... conhecendo o melhor e o pior lado das coisas ou das pessoas, objetos... o que tudo não passa de ser, como por exemplo... um robô que era prestativo, te acompanhava e te ajudava, seja dentro de casa ou na rua, e repentinamente, se vira contra você, fica rebelde, depois violento, caem seus parafusos, ele se confunde, te confunde e a máquina surta. Tanto a sua quanto a dele. Ficam ambos desbaratinados. Cérebro para um lado, lataria para outro. E se desligam, não querem mais contato. Um "Eu, Robô" bichado, que ninguém está livre de comprar e, pensando ter comprado um belo exemplar X, Y, Z ou um Alfa, comprou-se uma bela porcaria, um gato por lebre. OK, estamos no Brasil e nem temos essa cultura de colecionar robôs coreanos ou japoneses, logo, mudo para bonecos ou bonecas infláveis, em homenagem ao cartunista Glauco e aqui trocamos um abacaxi por um caroço de manga. Imagine o prejuízo e o estrago da gente colocar em nossas vidas coisas falsificadas, incompletas, sujas e depois de algum tempo nos arruinarmos com elas.
terça-feira, 9 de março de 2010
VAMPIRISMO CANSA
Como falar que não acredito em vampiros se eles existem e provam todos os dias sua existência?
Acredito sim, muito mais do que em Deus ou em Jesus e outros santos.
Um dia escrevi sobre o santo de cada profissão.
Foi um escrito romântico, feito às pressas, (textos, quando encomendados saem tão rapidamente de nossas cabeças, principalmente pela questão tempo, prazo e consequências do atraso, dead line)... falava de um casal apaixonado, loucos por livros, filmes, canções, roteiros, rotas e por eles mesmos. De tão loucos, cometeram as maiores insanidades, fizeram de tudo para se colar, moraram juntos por um breve período, foram felizes, foram tristes, se amaram incessantemente e, no fim das contas veio a dor da separação. Esta, na verdade, nunca se consumou de fato, pois eles ainda continuaram ligados por um fio de luz cercado de sombras. Por esse fio concentram-se alguns ideais, quase todos impossíveis. Findou a história e o santo relacionado não foi encontrado. Logo, foi substituído por uma personagem mitológica raramente falada: Clio. Uma das musas, e essa é a musa da história. Inspira paixões, querências. De certo, para conseguir tudo o que querem ou queriam vai demorar, demorar, demorar... e haja paciência, delírios e mais delírios. Contradições loucas. Haja constância e inconstância, amor e ódio, ciúme e confiança, alívio e sofrimento, dor e prazer, alegria e decepção.
Jesus veio à Terra para nos salvar.
Há os que acreditem. Por isso algumas pessoas se agarram nele. Jesus te dá a mão e não te empurra, prefere ser empurrado.
Vampiros estão na Terra para nos levar à perdição.
Há os que duvidem. Por isso metem medo em muitos indivíduos. Mordem e tiram nosso sangue.
Os vampiros estão nas ruas, no trabalho, em casa e quem diria, até na sua maior válvula de escape: a internet.
Sugam nossas energias e não nos dão nada em troca.
Nos adoecem, nos empalidecem e isso cansa.
Vida longa? Que nada, vida breve.
Eles não nos tornam imortais. Nos tornam vítimas e prisioneiros. Nos secam e assim se ardem cada vez mais.
Nós nos cansamos deles. Acontece que eles nunca se cansam da gente.
Como escapar destas pestes? Quais os melhores esconderijos?
Em contrapartida, pergunto: Queremos escapar? Queremos nos esconder? Queremos mesmo nos salvar? Não é muito melhor se perder?
O vampirismo cansa, mas vicia.
Acredito sim, muito mais do que em Deus ou em Jesus e outros santos.
Um dia escrevi sobre o santo de cada profissão.
Foi um escrito romântico, feito às pressas, (textos, quando encomendados saem tão rapidamente de nossas cabeças, principalmente pela questão tempo, prazo e consequências do atraso, dead line)... falava de um casal apaixonado, loucos por livros, filmes, canções, roteiros, rotas e por eles mesmos. De tão loucos, cometeram as maiores insanidades, fizeram de tudo para se colar, moraram juntos por um breve período, foram felizes, foram tristes, se amaram incessantemente e, no fim das contas veio a dor da separação. Esta, na verdade, nunca se consumou de fato, pois eles ainda continuaram ligados por um fio de luz cercado de sombras. Por esse fio concentram-se alguns ideais, quase todos impossíveis. Findou a história e o santo relacionado não foi encontrado. Logo, foi substituído por uma personagem mitológica raramente falada: Clio. Uma das musas, e essa é a musa da história. Inspira paixões, querências. De certo, para conseguir tudo o que querem ou queriam vai demorar, demorar, demorar... e haja paciência, delírios e mais delírios. Contradições loucas. Haja constância e inconstância, amor e ódio, ciúme e confiança, alívio e sofrimento, dor e prazer, alegria e decepção.
Jesus veio à Terra para nos salvar.
Há os que acreditem. Por isso algumas pessoas se agarram nele. Jesus te dá a mão e não te empurra, prefere ser empurrado.
Vampiros estão na Terra para nos levar à perdição.
Há os que duvidem. Por isso metem medo em muitos indivíduos. Mordem e tiram nosso sangue.
Os vampiros estão nas ruas, no trabalho, em casa e quem diria, até na sua maior válvula de escape: a internet.
Sugam nossas energias e não nos dão nada em troca.
Nos adoecem, nos empalidecem e isso cansa.
Vida longa? Que nada, vida breve.
Eles não nos tornam imortais. Nos tornam vítimas e prisioneiros. Nos secam e assim se ardem cada vez mais.
Nós nos cansamos deles. Acontece que eles nunca se cansam da gente.
Como escapar destas pestes? Quais os melhores esconderijos?
Em contrapartida, pergunto: Queremos escapar? Queremos nos esconder? Queremos mesmo nos salvar? Não é muito melhor se perder?
O vampirismo cansa, mas vicia.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Pata, pata...?
Simonal cantou.
Daúde canta.
Miriam Makeba imortalizou.
Thalia... aquela... das novelas... vixe! Me recuso a postar; e Natascha Grin, numa versão discho, também rendem homenagens à canção "Pata Pata".
Pata, pata.
O que foi, o que é, o que virou?
Música clássica... africana... e/ou ... sexy swing?
Não sei, mas a versão preferida por mim é a de Minoaka, um reggae gostosinho, a última posta aqui.
Uma posta, quase... Posta de peixe. Pedaço, talhada. Fatia comida aos poucos, bem ou mal saboreada. Assim como tudo na vida... Não?
Daúde canta.
Miriam Makeba imortalizou.
Thalia... aquela... das novelas... vixe! Me recuso a postar; e Natascha Grin, numa versão discho, também rendem homenagens à canção "Pata Pata".
Pata, pata.
O que foi, o que é, o que virou?
Música clássica... africana... e/ou ... sexy swing?
Não sei, mas a versão preferida por mim é a de Minoaka, um reggae gostosinho, a última posta aqui.
Uma posta, quase... Posta de peixe. Pedaço, talhada. Fatia comida aos poucos, bem ou mal saboreada. Assim como tudo na vida... Não?
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