Como falar que não acredito em vampiros se eles existem e provam todos os dias sua existência?
Acredito sim, muito mais do que em Deus ou em Jesus e outros santos.
Um dia escrevi sobre o santo de cada profissão.
Foi um escrito romântico, feito às pressas, (textos, quando encomendados saem tão rapidamente de nossas cabeças, principalmente pela questão tempo, prazo e consequências do atraso, dead line)... falava de um casal apaixonado, loucos por livros, filmes, canções, roteiros, rotas e por eles mesmos. De tão loucos, cometeram as maiores insanidades, fizeram de tudo para se colar, moraram juntos por um breve período, foram felizes, foram tristes, se amaram incessantemente e, no fim das contas veio a dor da separação. Esta, na verdade, nunca se consumou de fato, pois eles ainda continuaram ligados por um fio de luz cercado de sombras. Por esse fio concentram-se alguns ideais, quase todos impossíveis. Findou a história e o santo relacionado não foi encontrado. Logo, foi substituído por uma personagem mitológica raramente falada: Clio. Uma das musas, e essa é a musa da história. Inspira paixões, querências. De certo, para conseguir tudo o que querem ou queriam vai demorar, demorar, demorar... e haja paciência, delírios e mais delírios. Contradições loucas. Haja constância e inconstância, amor e ódio, ciúme e confiança, alívio e sofrimento, dor e prazer, alegria e decepção.
Jesus veio à Terra para nos salvar.
Há os que acreditem. Por isso algumas pessoas se agarram nele. Jesus te dá a mão e não te empurra, prefere ser empurrado.
Vampiros estão na Terra para nos levar à perdição.
Há os que duvidem. Por isso metem medo em muitos indivíduos. Mordem e tiram nosso sangue.
Os vampiros estão nas ruas, no trabalho, em casa e quem diria, até na sua maior válvula de escape: a internet.
Sugam nossas energias e não nos dão nada em troca.
Nos adoecem, nos empalidecem e isso cansa.
Vida longa? Que nada, vida breve.
Eles não nos tornam imortais. Nos tornam vítimas e prisioneiros. Nos secam e assim se ardem cada vez mais.
Nós nos cansamos deles. Acontece que eles nunca se cansam da gente.
Como escapar destas pestes? Quais os melhores esconderijos?
Em contrapartida, pergunto: Queremos escapar? Queremos nos esconder? Queremos mesmo nos salvar? Não é muito melhor se perder?
O vampirismo cansa, mas vicia.
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