domingo, 21 de setembro de 2008


"Todos os animais, com exceção do homem, sabem que o principal objetivo da vida é usufruí-la". (S. Butler)

Olho para este desenho e penso: Futuros líderes, como serão? Que formas terão? Serão como nós? Ou terão penas? Bicos? Nascerão de ovos como os pássaros? Falarão que língua? Enxergarão melhor à noite? Terão que aspecto? Respeitarão a natureza? O que comerão? Será que nós? Oh, que horror... Nós não! Como nos salvaremos? E como eles se salvarão? Futuro. Mistério. Perguntas. Eis a questão.



segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Os maias


Para termos uma vasta idéia, sim, vasta, a civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, com uma rica história de 3000 anos. Contrariando a crença popular, o povo maia nunca "desapareceu", pois milhões ainda vivem na mesma região e muitos deles ainda falam alguns dialetos da língua original. Os maias construíram famosas cidades e muitos outros centros habitacionais, mas jamais chegaram a desenvolver um império, embora algumas cidades-estado independentes tenham formado ligas temporárias, associações e mesmo rápidos períodos de soberania. Os monumentos mais notáveis são as pirâmides que construíram em seus centros religiosos, junto aos palácios de seus governantes. Outros restos arqueológicos muito importantes são as chamadas estelas (os maias as chamam de tetún, ou "três pedras"), monolitos de proporções consideráveis que descrevem os governantes da época, sua genealogia, seus feitos de guerra e outros grandes eventos, gravados em caracteres hieroglíficos. Muitos consideram a arte maia da era clássica (200 a 900 d.C.) como a mais sofisticada e bela do Novo Mundo antigo. Com as decifrações da escrita maia se descobriu que essa civilização foi uma das poucas nas quais os artistas escreviam seu nome em seus trabalhos. Os maias foram excepcionais astrônomos e mapearam as fases e cursos de diversos corpos celestes, especialmente da Lua e de Vênus. Muitos de seus templos tinham janelas e miras demarcatórias para acompanhar e medir o progresso das rotas dos objetos observados. Templos arredondados são talvez os mais descritos como observatórios pelos guias turísticos de ruínas, mas não há evidências que o seu uso tinha exclusivamente esta finalidade. Em vários templos sobre pirâmides foram encontradas marcações de miras que indicam que observações astronômicas também foram feitas dali. O sistema de escrita maia era uma combinação de símbolos fonéticos e ideogramas. É o único sistema de escrita do Novo Mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no Velho Mundo. Lamentavelmente, os sacerdotes espanhóis, em sua luta pela conversão religiosa, ordenaram a queima de todos os códices maias logo após a conquista.
Um arqueólogo disse: “Nosso conhecimento do pensamento maia antigo representa só uma minúscula fração do panorama completo, pois, dos milhares de livros nos quais toda a extensão dos seus rituais e conhecimentos foram registrados, só quatro sobreviveram até os tempos modernos (como se toda a posteridade soubesse de nós, baseados apenas em três livros de orações e "El Progreso del Peregrino).”
Os maias desenvolveram independentemente o conceito de zero e usavam um sistema de numeração de base 20. As inscrições nos mostram, em certas ocasiões, que trabalhavam com somas de até centena de milhões. Produziram observações astronômicas extremamente precisas; seus diagramas dos movimentos da Lua e dos planetas se não são iguais, são superiores aos de qualquer outra civilização que tenha trabalhado sem instrumentos óticos. Ao encontro desta civilização com os conquistadores espanhóis, o sistema de calendários dos maias já era estável e preciso, notavelmente superior ao calendário gregoriano, muitas vezes reformado depois disto. A maioria da população rural contemporânea da Guatemala e Belize é maia por descendência e idioma primário; em áreas rurais do México ainda existe uma cultura maia.
Que ironia... Todo o conhecimento perdido sobrou nas mãos de pessoas simples do campo.

O novo Big Bang e o calendário maia


Em 10 de setembro de 2008 entrou em funcionamento a maior experiência da história da física para nós, seres humanos, entendermos a origem do universo.
Mas será que todos nós realmente queremos algum tipo de explicação?
Não basta existirmos, aceitarmos isso e só?
Para alguns, não.
E por isso, o maior acelerador de partículas do mundo, o LHC (Large Hadron Collider, em português: Grande Colisor de Hádrons) entrou em funcionamento, localizado entre as fronteiras da França e da Suíça.
Coitados desses povos... Nessas horas eu não queria ser francesa...
A forma do grande colisor é circular, com um perímetro de 27 km. Sua construção e entrada em funcionamento foi alvo de um filme sobre um possível fim do mundo e tem gerado uma enorme polêmica na Europa.
O LHC possui um túnel a 100 metros debaixo da terra onde os prótons serão acelerados no anel de colisão que tem cerca de 8,6 km de diâmetro.
Amplificadores serão usados para fornecer ondas de rádio que são projetadas dentro de estruturas repercussivas conhecidas como cavidades de frequência de rádio.
Mais de mil ímãs bipolares supercondutores de 35 toneladas e quinze metros de comprimento agirão sobre as transferências de energias dentro do LHC.
Um dos principais objetivos é tentar explicar a origem da massa e encontrar outras dimensões do espaço. Procura-se também a existência da super simetria. Experiências que investigam a massa e a fraqueza da gravidade por meio do LHC devem permitir descobrir várias partículas dotadas de todas as cargas de energia e exercendo as mesmas interações que as partículas do modelo padrão conhecidas.
Cientistas acreditam que este equipamento pode provocar uma catástrofe de dimensões cósmicas, como um buraco negro que acabaria por destruir a Terra.
Que medo...
Para tanto, corre um processo tentando impedir a experiência, até que haja uma total comprovação de que não haja riscos. Há acusações de não terem sido realizados estudos de impacto ambiental necessários.
No entanto, apesar das alegações de uma suposta criação de um buraco negro, o que de fato poderia ocorrer, seria uma reação em cadeia gerando matéria estranha. Possuindo a característica de converter a matéria ordinária em matéria estranha, logo geraria uma reação em cadeia na qual todo o planeta seria transformado em uma espécie de matéria estranha.
Isso dá mais medo ainda!
Mas, apesar das alegações "catastróficas", físicos teóricos afirmam que tais teorias são meramente absurdas, e que as experiências foram meticulosamente estudadas e revisadas, estando sob controle. Entretanto, se um buraco negro fosse produzido dentro do LHC, ele teria um tamanho milhões de vezes menor que um grão de areia, e não viveria mais de 10-27 segundos, pois por ser um buraco negro, emitiria radiação e deixaria de existir.
Mas, supondo que mesmo assim ele continuasse estável, continuaria sendo inofensivo. Esse buraco negro teria sido criado à velocidade da luz (300 mil km por segundo) e continuaria a passear neste ritmo se não desaparecesse.
Em menos de 1 segundo ele atravessaria as paredes do LHC e se afastaria em direção ao espaço. A única maneira de ele permanecer na Terra é se sua velocidade for diminuída a 15 km por segundo. E, supondo que isto ocorresse, ele iria para o centro da Terra, devido à gravidade, mas continuaria não sendo ameaçador.
Para representar perigo, seria preciso que ele adquirisse massa, mas com o tamanho de um próton, ele passaria pela Terra sem colidir com outra partícula (não parece, mas o mundo ultramicroscópico é quase todo formado por vazio), e ele só encontraria um próton para somar à sua massa a cada 30 minutos a 200 horas. Para chegar a ter 1 miligrama, seria preciso mais tempo do que a idade atual do universo.
21 de dezembro - Final do calendário Maia com o ciclo de 5.125 anos e da freqüência 11:11.
Curiosidades : 2012 é o ultimo ano do calendário Maia.
Se tem a ver, não sei, mas é no mínimo esquisito um teste para se testar partículas de Deus começar a ser realizado em 2008 e, havendo erros humanos, nosso prazo aqui na Terra se esgotaria em 2012. Só sobrariam quatro anos para mais algum proveito?
Prefiro não comentar. E nem pensar. Melhor fazermos isso mesmo.
Ir vivendo e, na hora H, quando a bomba estourar, nos safar da maneira que pudermos.

sábado, 13 de setembro de 2008

Vai ver por isso a gente erra, por causa do erre


A EME Ó ERRE, amor.
O amor é brega? Não, não sei.
Mas nos faz errar.
E muito.
Basta isso:
Preparar-se para o amor chegar.
Para o amor que vem.
Para o amor que não vai, que chega de mansinho ou ao contrário, avassalador.
Para um amor verdadeiro, certeiro, sem contramão, sem mão-dupla.
O a de amor é bem propício, nos faz delirar, gritar, sussurrar e dizer: Ahhhh... Daí por diante uma série de elogios aparecem, junto de sorrisos, olhares, trejeitos, desejos, sabores e cheiros.
O eme de Maria é como ela, soberana, rainha, dona da situação, da verdade, que verdade? Senhora da razão. Que razão?
O amor não tem razão.
A letra o ou ó, é outra exclamação, seguida de frustração ou de decepção: Ohhhh...
Sem mais comentários, depois vem o erre, e esta letra é uma sina, ainda bem que a paixão não vem com ela.
Logo, a paixão pode ser passageira e por isso não temos a mínima chance de enxergar os erros que vem dela.
Coisa boa!
Por isso tantos a querem, faz muito sentido mesmo querê-la.
Mas o erre, letrinha que tinha que vir no fim da palavra, pois é.
O erre destrói, detona, acaba com a gente.
Inverte todo o significado do amor, faz dele um trapo, uma coisa qualquer.


Flores viradas de cabeça pra baixo dentro d'água.


Cabeça? Flores?
Tira seu nexo, mexe com o sexo, condena o que é simples e belo, vira comércio, traz datas festivas, cafonas ficamos.
Se torna banal, até brega e normal.
Deve ser por causa disso, da breguice do amor, que vocês não vem ao nosso encontro quando mais queremos e quando mais nos aprontamos.
Que triste.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Evo e Hugo, cabeças de bagre


Mesma coisa que peixe pequeno brigar com tubarão.
Evo Morales e Hugo Chaves, Bolívia e Venezuela, como são ridículos.
Qualquer crise que afete a seus pequenos países e lá vem de novo a culpa, não do Fidel, mas do Bush Filho.
Infantis esses dois índios subdesenvolvidos.
Indiscretos e boçais.
Não duvido, logo logo, os Estados Unidos tomará para si esses minúsculos territórios e, embora maquiando aqui e ali sua queda lenta e gradual, o império ainda ataca e contra-ataca.
Neste onze de setembro de dois mil e oito, sete anos depois do início do declínio econômico norte-americano, o dia não foi das torres gêmeas, mas sim dos dois projetos de líderes sul-americanos e seus rancores simiescos.
Petróleo e gás estocados eles já tem, mas paciência para lidar com certas baixezas e tormentos, está acabando, e as consequências podem trazer mais sofrimento ao pobre e vitimado povo boliviano e venezuelano regido por dois cabeças de bagre.
Não aceitam submissão, mas adoram um estardalhaço.
Em vão.
Nós, aqui no Brasil, ficamos no meio desse fogo cruzado, de mãos atadas, assistindo a este ineficaz espetáculo.
Deve ser efeito dos pós, daqueles sais de lá.
Nossos vizinhos só têm nos envergonhado.
Formidável egoísmo desses governantes, preocupação com o tempo presente, de ficarem marcados na história.
Eles querem a glória.
Mas precisam de coragem para libertarem-se no último momento, personalidades odiosas, devem se vender por tão pouco, e para aumentarem seus passes, fazem todo esse barulho.
O jeito é ser indiferente.
E o que está por vir diz respeito aos dois, não a nós.
A melhor coisa é ficar longe deles e nisso o Brasil está certo.
Arrumar confusão com super potências para quê?
A resposta a gente já sabe, vão sair perdendo.
Acabam que pagam mico, não se safam, largam mão e põem fim à vida de políticos.
E na história, ficam marcados como dois despreparados, como bandidos que se escondem de perseguições dentro de suas cavernas.


quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Bom gosto


Não sabia do bom gosto de uma nova atriz brasileira.

Me admirou sua elegância, seu vestido, sua festa, seu casório.

Seu buquê não era buquê, era uma flor. Branca, simples, singela, bela.

Esta atriz morena me impressionou.

Não esperava dela finos tratos.

Das vezes que a vi na rua, no shopping, dentro de uma loja, devo tê-la observado mal.

Nossos olhos são programados para associar referências do que é certo e errado e muitas vezes a visão nos engana, leva embora a nossa confiança.

De tanto preconceito, míopes ficamos.

Se fulana é uma puta, logo o vestido dela é de uma dama assim chamada.

Se tem cara de santa, a moça vira princesa, inocente, pura.

Julgamentos nos traem sempre que não conhecemos a vítima da hora.

Falsos testemunhos, falsas impressões.
Poderia eu aqui falar mil coisas, mas não falo.
Mil coisas merecem ser contempladas ao olhar as fotografias da cerimônia, muita digna, muito bem elaborada.
O sorriso dele, dela, de um casal feliz, diz tudo.
Bom gosto o dela de escolher o noivo.
E bom gosto o dele de escolher ela.
A felicidade é assim: quebra barreiras, derruba preconceitos, transforma o mau gosto em bom gosto num piscar de olhos.
Garantias, a felicidade não dá.
E se o próximo olhar das câmeras fotográficas e do público avistar novamente os noivos, o que acontecerá com eles?
Vão ser os mesmos contemplados, sorridentes e felizes de antes?
Terão ainda bom gosto?
Finos tratos?
Vestes belas?
Já não sei.
Quem sabe?
Ninguém pode saber.
Gostar, desgostar, tudo é aguardar.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A falta que você me faz

É, você me faz falta.
Já não tenho sono.
Perco noites e mais noites à meia-luz manuseando um laptop novinho em folha.
Sei que tenho que dormir, mas não durmo.
Falta vontade de olhar pra cama, deitar.
Fico navegando por sites loucos, procurando o nada e o coisa nenhuma.
Até acho.
Perco tempo.
Amanhã levanto cedo, mas aguento.
Pensar em você é o meu tormento.
As horas vão passando no relógio.
Passa de uma da manhã.
Nem ligo.
Só queria respostas, mas sei que elas não existem.
Perguntas e dúvidas não saem.
Passam trens-bala, maremotos, redemoinhos, turbilhões na cabeça.
Tem gente precoce que escolhe cedo o que quer da vida.
E tudo dá certo.
Assim a gente vê, assim aparenta ser.
De repente e acho que sim, não é nada do que possa parecer.
Também erram, mas não enxergam, porque escolheram cedo demais.
E pensando bem, de que adianta escolher tarde se nós no fundo, nos preparamos sempre para sofrer...
As inevitáveis consequências.
Escolheu, foi, aconteceu.
A responsabilidade é toda nossa.
E nessa história quem se safa?
Você?
Eu?
Quem mais falta?



segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Clarice, simples, só e somente ela


O bom de ver Clarice é isso:
Visitar o CCBB e ainda ganhar um caderninho de anotações com a fotografia dela na capa.
Por gostar de escrever, Clarice começou este ofício muito cedo.
Aos nove, foi ver uma peça de teatro e gostou tanto que escreveu outra peça em três atos.
Mas o texto se perdeu.
Aos onze, ela enviava histórias para o jornal de sua cidade, na época, Recife.
Só que nunca aceitaram as colaborações da pequena Clarice.
Ela não desistiu de seus sonhos.
Recebeu vários "nãos" e mesmo assim seguiu em frente, com sua meta forte, viva, na mente.
Não desistiu de escrever.
Dizia que escrever era a sua maneira de entender o mundo.
E se era...
Importante era.
Alimentava a sua alma.
Clarice amava a língua portuguesa.
Gostava de manejá-la.
Se fosse muda e pudesse escolher uma língua mãe, seria o inglês, método preciso, prático e belo.
Porém, não muda e podendo falar, ler e escrever, Clarice queria mesmo era escrever em português.
Nascida na Ucrânia, morou em Maceió, Recife, Rio de Janeiro, Belém do Pará, Nápoles, Berna, Estados Unidos, publicou livros e mais livros, casou, descasou, traduziu, escreveu e recebeu prêmios, fez entrevistas, fez crônicas, se descobriu doente e morreu no Rio.
Mas, Clarice, bela e fera, estrela, estrangeira, maçã no escuro, paixão, via crucis, água viva, corpo inteiro, felicidade clandestina, laços de família, perto do coração selvagem, um sopro de vida, prazeres, aprendendo a viver, correspondências, outros escritos, correio feminino, só para mulheres, como te esquecer, Clarice?
Como?
Não tem como!
Corra! A mulher que matou os peixes, quase de verdade e como nasceram as estrelas, estará somente até o dia vinte e oito de setembro dentro do Centro Cultural Banco do Brasil, exposta aqui, neste mar, mistério do coelho pensante e de tantas outras lebres errantes; Rio de Janeiro. Vá lá pegar seu caderninho.
Anote os seus escritos. Faça seus rabiscos.
A hora da estrela é com você.
Quem sabe faz a hora.
Seja ágil, veloz, safo...
Não espere acontecer.