sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O que vai e o que fica

Salvarei neste instante meus escritos daqui para outra fonte.
A Internet é um armário virtual nada seguro.
Em poucos segundos todo o seu vasto conteúdo pode ir embora e viajar para o espaço, não se sabe qual.
Daí, não volta, nem percorrendo horizontes e mares nunca dantes explorados.
Tudo some de repente.
Se esvaece.
Tão rápido como a velocidade da luz.
Tão soturno quanto o episódio que tirou de Alexandria, no antigo Egito, a sua grande biblioteca.
Ela, que foi uma das maiores bibliotecas do mundo, simplesmente se esvaiu.
Destruída por um incêndio, após o rei Ptolomeu do Egito, pai de Cleópatra, a amante de Julio Cesar, ter construído o Templo das Musas (Museum), grandes pensadores que frequentaram a biblioteca e o museu de Alexandria incluíam a lista de nomes, uma pena seus registros terem sido queimados. Grandes gênios do passado.
Hoje, a informação passa mais facilmente de um a outro cidadão comum, bem letrado ou mal letrado, através de telas de computador.
Livros continuam sendo a fonte de leitura mais segura, mais séria, mais compromissada.
Até porque, quando lançados, suas cópias, mesmo que poucas, garantirão a eles a salvação para novos incêndios e infortúnios.
Mas na Internet, o mundo é bem diferente.
Uma vez publicado seu texto num site, quem garante que ficará resguardado?
Então, para não se perder em outras linhas, os considerados bons relatos serão salvos.
Antes que eu não os consiga safar.

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