quinta-feira, 30 de julho de 2009

O ser humano, a evolução, a raça, a vaca e a comida


MANIFESTO DE UMA INDIGNADA NUM DIA NUBLADO, MAS QUE ASSIM COMO O VENTO E A VAIDADE PASSAM, TAMBÉM VAI PASSAR.

Cuidado! Vou te dar um susto. Preparou-se para ele?
Então, é pra já:
Não existe raça pior na Terra do que o ser humano. É verdade. Comece a reparar e verá, constatará. Não sei por que, logo esta espécie, na qual eu me incluo, se levantou das quatro patas e "evoluiu".
Grande evolução, diriam, só que eu, não diria.
Vejamos os nossos cinco sentidos, coisa que os ditos "ainda animais ou seres irracionais" devem ter de sobra; por baixo, chutaria mais uns quinze sentidos e nem sabemos nem nunca descobriremos, tamanha é a nossa arrogância.
Visão, audição, olfato, tato e paladar. Por que não incluíram a fala? Vai ver porque esta tal de "fala" não faz sentido mesmo.
A fala não é a língua universal. A fala separa e une os povos. Talvez a fala e por conseguinte, a escrita, tenham sido o primeiro passo para as grandes disputas, não de território, nem de desejos sexuais, pois isso não é prioridade do ser humano; veja os animais, veja as plantas (é, os vegetais também disputam, apesar de parecerem sempre imóveis, estáticos ... deve ser a falha de um de nossos "sentidos" não percebê-los tanto), mas falo das disputas bestas, ou seja, dos nossos tão constantes preconceitos, julgamentos, das nossas indecências e maledicências, das nossas vergonhas e das nossas faltas de vergonha.
Os bichos têm vergonha, muita vergonha na cara, sabia? Todos. É só reparar.
Ah, me deu uma vontade de ser uma vaca agora... Mas não a lá da Índia, porque não quero ser sagrada, quero ser uma da América mesmo, pra ser comida, sem chance de pensar nem de agir, pra acabar moída e morrer logo assustada, porque é isso que é a vida: um espanto.
Descobriu agora pra que servem os sustos?
Pra te acordar!
Acordou ou ainda está sonhando?

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Taí uma música que não enjoo nunca




Ouço uma, duas, três, quatro, cinco, dez mil vezes durante o dia todo.
Meu vício é ela! E nunca, nunquinha enjoo. É coisa de ritmo... de energia... de batida.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Por que cargas d'água não encenam mais esta peça?


Atrizes do meu Brasil, coragem, vamos encenar LISÍSTRATA !!!!!!!!!!!!
Vai ser um acontecimento!
E eu, como dizia Marina Lima naquela velha canção:
"... eu espero, acontecimentos... só que, quando anoitece (ou quando amanhece, sei lá, tanto faz, depende do seu ponto de vista), é festa no outro apartamento..."
Já Aristófanes, esse não esperava, agia; e do lado das mulheres.
Por aqui se vê:

http://www.scribd.com/doc/7035165/Aristofanes-LisIstrata

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sobre a perda de anima

(Escultura: O Rapto de Proserpina, de Bernini)
Em latim, "anima" quer dizer alma ou psique. É o termo que Jung utilizou ao deparar-se com a interioridade feminina do homem.
Anima é aquilo pelo que os homens se apaixonam; ela os possui enquanto humores e desejos, motivando suas ambições, confundindo seus raciocínios.
A anima também pertence à interioridade das mulheres, e não somente àquilo que toca seus relacionamentos com os homens. Anima refere-se, numa só palavra, à interioridade.
Perda de anima é comum no final de um caso de amor. Há uma perda da vitalidade e da realidade, não apenas em relação à outra pessoa, ao caso e ao amor, mas também em relação a si mesmo e ao próprio mundo.
"Nada mais parece real." "Sinto-me morto, vazio, mecânico como um robô."
Acontece com homens e mulheres: a alma perdida de Deméter, quando Cora é capturada por um poder escuro e invisível, leva todo o mundo natural a uma parada.

James Hillman - Anima - Anatomia de uma Noção Personificada - Editora Cultrix
Leio este livro e vejo como é difícil a psicologia de Jung.
Mas a história de Deméter e de Cora também me interessou. Mãe e filha:
"Cora ou Proserpina (correspondente na Grécia a Perséfone) era filha de Zeus com Demetra, uma das mais belas deusas de Roma. Enquanto colhia flores, foi raptada por Hades, que fê-la sua esposa. Sua mãe, desesperada com o desaparecimento da filha, caiu numa fúria terrível, destruindo as colheitas e as terras. Somente a pedido de Zeus, acedeu a devolver a vida às plantas, exigindo, no entanto, que Hades lhe devolvesse a filha. Como, por um ardil deste último, Proserpina havia comido um bago de romã, não poderia abandonar o submundo de forma definitiva. Acabou por se encontrar uma solução do agrado de todos: Proserpina passaria metade do ano debaixo da terra, no submundo, na companhia do marido - corresponde essa época, ao Inverno, quando Deméter, desolada, descuida a Natureza, deixando morrer as plantas - e a outra metade do ano à superfície, na companhia da mãe - corresponde ao Verão, quando a Natureza renasce, fruto da alegria de Deméter."
E é dentro da mitologia que eu vejo as melhores explicações para as coisas da vida...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

domingo, 12 de julho de 2009

Editora Jardim dos livros e um tal de André Aguiar Marques


É impressionante como nos enganamos olhando apenas para o tipo físico de alguém.
Eu sou assim: bem prática ao conhecer e ver determinado tipo.
Faço na hora uma análise, traço seu perfil, vejo como se porta diante dos outros e registro alguns tópicos principais na minha caixinha de memória; depois, na convivência, vou vendo o que acertei e o que errei.
Mas ao ler um livro de um autor ou autora, seja nacional ou internacional, fico tentando desvendar como é a cabeça daquela pessoa que não conheço nem nunca vi passar por mim, e daí fico querendo rapidamente saber como ela age, como pensa, como anda, como conversa, o que come, como se veste, como penteia os cabelos, que perfume usa, como se porta à mesa, quem são seus amigos, como é sua família, com que sapatos se sente mais confortável, se gosta de festas ou de ficar em casa, se viaja com frequência ou se quase nunca, se casou, se tem filhos, se gosta de bichos, se tem neuras, etc.
Estereotipamos tudo e todos.
E sempre de acordo com o que trazemos de nossas experiências desde lá na infância.
Supomos, indagamos, alimentamos platonismos, borboleteamos.
Gostaria de ter conhecido Friedrich Nietzsche, só por esta frase: "Aquilo que se faz por amor, parece ir sempre além dos limites do bem e do mal", ou Gandhi, por esta: "A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência", e também ficaria feliz se conhecesse Antoine de Saint-Exupéry, que ao dizer: "O que nos salva é dar um passo e outro ainda." Esta frase me deixou mais aliviada. Ele sempre me alivia... "Le petit prince" que o diga.
Agora, depois de ter lido um livrinho bobinho chamado "Não existe mulher difícil" e ver que o autor não se parece nadinha com tudo o que contou no livro, (eu imaginava ele um garanhão, bonitão, fortão, todo másculo, com uma cara de tarado mesmo, ou de mau, muito mau), porque ainda por cima no livro ele trata a mulherada toda como se fosse almoço, sobremesa e janta, mas ao vê-lo no programa do Jô Soares, chegando todo tímido, até feinho, e ainda mostrando a namorada no meio da plateia, com cara de apaixonada... Ah! E o cara também se diz apaixonado, super sério e compenetrado!
Sinceramente, eu me pergunto: - Mas vem cá, pra que este Zé Mané lançou um livro desses então, hein?
Simples: Se ele come muita mulher eu não sei, mas com certeza ele não come mosca! O seu projeto de livro vai virar peça de teatro. Desse jeito decola.
Veja a cara dele de "nem um pouco pegador" no próprio site que vende o livro: www.naoexistemulherdificil.com.br
Vai ser bobo assim com mulher lá na Terra do Nunca...
Nunca mais leio um livro tão idiota como esse!
Mas talvez a peça eu veja...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

04, 05 e 06 de julho

Acabei que saí do Rio um pouco.
Disse que não ia sair, mas mudei os planos.
Fui até Alfenas, Minas Gerais para prestigiar meu avô paterno, que acaba de lançar um livro de memórias.
FATOS DA MINHA VIDA é o nome.
Esse Seu Orlando é muito guerreiro, muito corajoso.
Não se intimida nunca diante dos obstáculos; ao contrário, atropela o empecilho, passa por cima da pedra, segue em frente, e se por ventura a alguém machuca, pede perdão, se reconcilia e por fim resolve o caso, não deixa nada pra depois.
Atitude ele tem de sobra.
Fico feliz por ter no meu sangue essa marca.
E embora eu esteja enfraquecida por algumas desilusões da vida, olho para meu avô e percebo que estou nova ainda e que tenho um longo caminho pela frente.
Até atingir a idade dele, (vai fazer noventa anos em outubro), muitas águas ainda hão de rolar e sei que também já deve ter tido seus maus momentos aos trinta ou aos quarenta anos, a diferença é que já era pai e chefe de família.
Mas hoje, os tempos mudaram e nem todos nessa idade são pais ou mães, muito menos chefes ou donas...
Bem, para não falar de gerações velhas e novas, de seus feitos e seus defeitos, vou parar esta prosa por aqui, deixando o link de suas entrevistas em jornais locais, devendo o link das rádios do sul de Minas também, além das fotos e filmagens registradas neste belo sábado de sol, cinco de julho de 2009.

http://www.alfenashoje.com.br/noticia.asp?id_noticia=2871

http://www.jornaldoslagos.com.br/jlagos/dat/doc/orla.pdf

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Assisto este ano a FLIP pela internet

Os debates que rolam pelas tendas instaladas no centro de Paraty na Festa Literária Internacional, Flip 2009, custam caro, cerca de trinta reais.
Confesso que nunca paguei. Ia pra lá, perambulava e via tudo de graça. Gastava gasolina, hospedagem e alimentação. Só isso. No mais, eu observava de longe e de perto. Andava feliz pelas ruas de pedra. Me identificava com aquele movimento de gente solta, disposta a se aventurar, a trilhar, a caminhar. Me sentia leve, inspirada, renovada. Depois, o tempo virou, o tempo foi, o tempo fechou, e passou. Reviravoltas do cotidiano. Eixo virando, queixo caindo, dores passando...
E esse ano, resolvi não pisar por lá.
Daí, vejo de outro ângulo tudo que se passa na pequena cidade, reduto de tantos sonhadores como eu e de tantos cenários e de histórias que pude presenciar e protagonizar, todos agora tão distantes, tão perdidos no tempo, tão sem sentido...
Então não viajo mais nessa, viajo em outra, vou para outras feiras, outros eventos.
E se bater saudade, entro na página da FLIP e voo até onde os coleguinhas jornalistas me guiarem, apesar de preferir me guiar sozinha, escolher livremente o que é bom, o que é ruim, o que é certo, o que é errado, o que é suspeito, o que é confiável, onde há perigo e onde há salvação. Acontece que a salvação para uns é a derrota para outros. E quem acha que está salvo pode estar é derrotado.
Enfim, este ano optei por ficar pelo Rio e por aqui me guio.

Vamos aos móveis



Eles são muitos, são loucos e são do bem esses caras.
Bandas assim como "Móveis Coloniais de Acaju" deveriam aparecer mais na midia.
Tudo porque a mesmice cansa.


A propósito: Seu dia foi duro?
Cómo te ha ido el día?
Veja que tem muito mais gente no mundo se sentindo pior que você neste exato momento, basta linkar aqui:

http://www.diaduro.com/