quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Pandorinha e suas tretas... leia-se mutretas!

Hoje acordei com a macaca e resolvi lançar mão de minha criatividade.
A amendoazinha anda bem aflorada, por sinal.
Estava eu lá nas esquinas do Facebook, vizinho louco, livre, leve, solto, e que mora logo ali.
Atravessando algumas avenidas, chego nele.
Tomo um chá e depois volto, encurto o caminho, pego uma transversal, saio num atalho e pronto, chegamos.
De volta ao blog.
Coisa engraçada... Caminhos por onde andei para chegar até aqui.
Nesse ponto. Ponto neutro. Caminho do meio? Prefiro os extremos...
Enquanto isso, nessa preferência e nessa querência, nesse vai, não vai, a história da criação do facebook estrelará em dezembro nos cinemas.
E eu com isso?
Isso é legal! Sempre pensei nesses roteiros diferentes, fora do comum.
E algumas de minhas histórias, bem insanas e de frases totalmente "anamariescas", porque "anamarianas", ah, já são muitas espalhadas por aí; todavia, também podem virar livro ou filme.
Basta eu querer lançar e obviamente pagar. Enfim, não querendo pagar, arrumar alguém a me patrocinar.
Sei até de alguns poderosos a quem posso sentar e conversar, mas deixo quieto, deixo o tempo passar. Ainda não é o momento. Sei que faço minha hora e não espero acontecer. Logo, logo, acontece, por causa e consequência. Aproveitei um curso louco de Psicologia que fiz, Psicossomática Contemporânea e me entitulei por algumas horas de doutora.
Dra. Ana P.
Que gracinha, consultas gratuitas!
E tratando do tema nível. Logo sobre nível? Questão de educação, sabe?
Tema que me veio à cabeça depois de conviver com certos tipos errantes de pessoas circulantes.
Vamos às pérolas, todas verdadeiras. Criadas no cativeiro de minha cachola.
Criei vinte. Boa criação para início de cultivo!
Perolinhas, umas brancas, outras pretas, depende da profundidade de onde foram recolhidas, lá dentro do meu mar de ideias aguadas, claras e quando não, turvas.
Mas já que quero homenagear Pandora e suas mutretas, escondidas na caixinha, vou soltar de grão em grão, pra não dar muita indigestão.
Ser mulher da rima às vezes é "bão"!
Eu curto e curtas são as frases que vão, por isso uma por vez e assim se fez:

"Não combina comigo correr atrás de cafajestes. Sou classuda. Meus barracos têm nível. Alto nível. Só por hoje... Amanhã não sei..."

Essa foi a primeira pílula perolada.
As próximas, prometo, serão maiores e mais ousadas.
Tipo esta segunda e ... se finito!
Acabamos aqui, com esse recado atravessado que te dá um tranco; cuidado com o meu tamanco:

"Se tem uma pessoa espalhando por aí que está te pegando, você administra isso como?
1) Faz aquele tipo : "tô nem aí"
2) Dá uma de bandeira da Paraíba e nega, meu nego... Negue até que você perca todo o respeito! Porque todo mundo já sabe, só você que não sabia!
3) Manda todo mundo arrumar o que fazer, ou seja: Vão varrer uma sala, cambada de fofoqueiros!
4) Roda a baiana que existe em você e manda todo mundo comer azeite de dendê.
5) Como boa mineirinha, continua comendo de um jeitinho quieto.
6) Já que sou brasileiro, sou carioca, sou Kátia Flávia, diz logo: Só uso calcinhas comestíveis e calcinhas bélicas, dessas com armamentos bordados.
E aí, vai encarar? Tendo nível ou não, a questão aqui é respeito. Respeito é bom e todo mundo gosta!!!! Não deixe de pensar nisso! Sempre!"

Até as próximas dezoito joinhas!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tem que rir pra não chorar e seguir adiante, radiante

Quando você não sabe de onde parte a flecha, fica difícil; não se tem aliados, não se sabe em quem confiar.
Eu acho que estou muito "Calígula" esses dias. O imperador louco de Roma. Ele, que foi morto pelos senadores e pelos mais chegados, porque estes não aguentaram seus ataques de fúria e tormento. Ele só queria a Lua; o Sol ele já havia alcançado. Era o próprio.
Bem, mas esses meus destemperos devem ser por causa da proximidade de meu aniversário, o que configura-se no meu inferno astral. Os dias que antecedem a esta data. Data esta, que desde que nasci, cai todos os dias quatro, de todas as primaveras de outubro.
"As pessoas nascem sempre sob o signo errado. E estar no mundo de forma digna significa corrigir dia a dia o próprio horóscopo". Frase de Umberto Eco no livro: O Pêndulo de Focault. "Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora.... e, enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso é normal, eu finjo ter paciência. O mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós, um pouco mais de paciência."
Já dizia Lenine em sua música.
Pois é. A vida é tão rara...
Por isso, dou tanto valor a ela.
Brigo, esperneio, luto por justiça, batalho pelas amizades, pelo trabalho, pela harmonia, tento varrer a falsidade. Tarefa quase impossível... Tudo isso faz parte do meu signo solar e faz parte do meu show.
Eu sei, sou passível de risos. Ria até perder todo o seu tempo.
Será que temos esse tempo a perder? E quem quer saber? A vida é tão rara, tão rara.
Rara, rara, rara; este seria o nome de minha filha no passado.
Hoje penso em Alegra.
Também penso em Eletra.
Todas na veia, todas têm um pouco de mim.
Elétricas, velozes, rápidas, aceleradas, intensas, alegres e claro, raras, únicas.
Ria para não chorar, pois o choro limpa a alma, mas o riso a levanta, a eleva e a faz caminhar, sempre em frente.
Porque viver e saber viver vai além de rir e chorar, é preciso olhar para o alto e avante, sempre.

sábado, 21 de agosto de 2010

Desconstruindo Freud e sua teoria

Da inveja do órgão sexual masculino que Freud teorizou e lançou sobre a mulher, eu avanço para a inveja do órgão sexual feminino cometida pelo homem.
Por que uma mulher teria inveja do membro masculino?
Por este significar o poder, o comando, a chefia, a liderança, a liberdade, a atitude, a força, a energia, a disposição, a garra e outras tantas palavras de conotação expressamente ligada à independência e à insubordinação?!! Será?
Mulheres que agem como mulheres não têm inveja de nada no homem.
Aquelas que não se conformam com os valores impostos por diversas sociedades em relação à classe feminina, essas se rebelam, mas não por inveja do órgão masculino, pura linguagem figurativa, e sim por entenderem que não é justo que só "eles", os homens, possam ir à luta com suas armas em punho ou terem bravura e coragem em suas atitudes.
É ainda um atraso e um preconceito das pessoas, pensar que a mulher deve ser sempre, em qualquer ocasião, aquele ser delicado, conformado, calmo, dócil, subordinado, equilibrado, quase adestrado, que não briga nem por comida nem por coisa nenhuma, de alma pacata, praticamente uma acompanhante, quase escrava, prisioneira, conformada e ... feliz.
Só rindo mesmo. Como encontrar a felicidade assim?
Se o temperamento de uma mulher é de um ser indomável, deixemos que ela seja desse jeito.
E isso não tem nada a ver com o sentido real ou figurado da inveja do pênis.
Tem a ver com personalidade, a diferença básica entre o gado e o leão, entre o passivo e o ativo, entre a fraqueza e a força.
Espero que Freud não tenha generalizado, caso contrário estaria errado.
Nem todas as mulheres nasceram para serem mocinhas e dondoquinhas.
Existem muitas por aí diferentes. De Cleópatras a Joanas D'arc, de Donas Bejas a Viúvas Porcinas, de Madonnas a Giselles Bündchens.
É! Ou você acha que todas as modelos são lindas e burras?
Não! Sempre há uma que se destaca e que foge da regra das pacatas cidadãs.
E por isso, veja aí, vencem.
Pulam fora de um esquema quando veem que está ficando podre e azedo, não se corrompem por pouco. Se é para se corromper, vá lá, que se corrompa por muito; no sentido figurado, claro.
Fazendo barulho ou não, elas mostram quem são, pra que vieram, dão a cara a tapa e se possível, dão até o outro lado da face, mas não dão o couro para passarem por cima. Antes mesmo dos primeiros sinais de ameaça, elas já atropelam e passam para outra avenida.
Já estão longe, vilsumbrando outros horizontes.
Não se conformam com pouco. Querem sempre mais.
E agora eu pergunto:
Cadê a inveja do pênis nessas mulheres?
Elas não têm inveja de nada. Elas têm sabe o quê?
Sede e fome de viver, de sonhar, de realizar, de desfrutar e de transformar o mundo.
Se elas conseguem, só o tempo vai dizer, mas que tentam e não param de tentar, isso é fato.
E a inveja do órgão sexual feminino cometida pelo homem?
Ah, esse inverso é tão complexo, tão pouco estudado e teorizado. Não apareceram mais Freuds por aí capazes de tratar deste tema, então nem quero mais falar sobre isso.
Desculpem-me, mas apenas para não deixar em branco: Homens que brigam com mulheres, os que tentam se afirmar ou os que tentam subjulgá-las, seja em casa, seja no ambiente de trabalho, seja onde for, são ou não são mal resolvidos?
Talvez até mesmo com a própria sexualidade... Afinal, por que um homem se indisporia com uma mulher?
Por que disputaria alguma coisa com ela, tipo competência, inteligência, capacidades físicas e mentais, carisma, controle emocional ou qualquer outro tipo de controle?
Por que desafiar uma mulher? O que se ganha com isso?
Ah! Deixa que eu mesma digo:
Atestado de incompetência.
E o covardão ainda leva a pior, pois não há super bonder que não faça uma máscara cair.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O caso Elisa Samudio

Confesso que fiz julgamentos precipitados e desastrosos a respeito da moça desaparecida: Elisa Samudio.
Até então, nunca se tinha ouvido falar nela e foi justamente graças às câmeras, aos microfones, aos jornalistas e à polícia que Elisa apareceu. E depois, desapareceu.
À primeira vista, lendo notícias sobre o caso e assistindo a seus depoimentos em vídeos da internet pensei: "Que mulher burra! Se expondo sem pensar nas consequências de seus atos e palavras... Ela está pedindo para morrer".
E de fato estava.
Ontem vi na TV uma entrevista concedida por um advogado renomado de São Paulo que diz levar seus alunos universitários para as comunidades carentes a fim de conhecer de perto os problemas de pobreza, abandono, tráfico, milícias e descasos da sociedade para com o cidadão comum.
Este advogado sim, tem amor à profissão. O que ele quer é consertar o que está errado e aplicar as leis mais justas e favoráveis. Ele não está brincando de política nem de poder, ele está atuando como ser humano preocupado com o seu semelhante e com o bem-estar geral. Ele é dos poucos que respeitam o próximo e que tentam passar adiante esse respeito.
No caso de Elisa Samudio, ela, por toda a sua história, nunca foi nem nunca soube o significado de ser respeitada. Em sua vida houve histórias de abandono desde a infância, tanto pela mãe, quanto pelo pai. E há de ter havido abandono pelos namorados também. Até que o último, o goleiro Bruno, fez o serviço sujo de engravidá-la e não assumir a paternidade da criança.
A frase que o advogado idealista de São Paulo citou e que é forte, real e presente é a seguinte: "-Quem não tem medo de morrer, não tem medo de ir para a cadeia".
O goleiro Bruno e seus comparsas têm medo tanto de morrer quanto de ir à cadeia, mas Elisa não. Elisa não tinha medo de nada, nem de fazer filmes pornográficos; tamanha a exposição!
Bonita ela não era, inteligente também não, instruída muito menos, culta, só em matéria de futebol, afinal, sabia o nome de todos os jogadores do Brasil e do exterior, além de seus times, seus carros, suas viagens, a data de seus jogos, os endereços das casas onde se realizariam churrascos e pagodes, os MSN's e os telefones fixos e celulares de uma diversidade de jogadores... Pobre Elisa...
Inocentemente escolheu sua morte. Ingenuamente se arriscou. Irresponsavelmente engravidou. E brutalmente se acabou.
O bebê ficou. Está vivo nos braços do avô, que um dia foi pai de Elisa, filha de pai ausente, de mãe ausente; que agora aparecem na midia chorando pelo desaparecimento da filha. Por que não choraram antes por terem a abandonado?
Agora é tarde. Que o filho de Elisa Samudio e do goleiro Bruno cresça de cabeça erguida, sem traumas. Difícil, mas que sirva de lição para tantas famílias que esquecem de dar respeito ao próximo, carinho, educação, bons tratos, alegria, amor, compreensão.
Outro ser, mito, personagem da vida que me faz pensar sobre sua história e seu final triste é a imperatriz ou rainha Sissi, da Áustria. Ela, diferentemente de Elisa Samudio, era linda. Considerada na época, uma das mulheres mais bonitas da Europa, casou-se aos 16 anos, foi morar num castelo, teve seus filhos, mas foi proibida pela família do marido de participar da criação deles e viveu a beira do abismo, sempre deprimida, usando viagens e passeios para esquecer das mágoas e desilusões. Seu destino, sua sorte, sua morte? Assassinada por um anarquista italiano sentada num banco junto de uma amiga, contemplando uma paisagem, contemplando a natureza.
Mas antes, diz a lenda, havia um corvo sobrevoando a vítima e a vítima já antevia sua morte. Parece que Sissi já o esperava há tempos. E esperava sentada, pois já estava cansada de tanto aguardar. Sua vida já estava acabada, não existia mais sentido.
Essa história me remete a um conto de Franz Kafka: O abutre. Tão lindo e assustador é.
Enfim, todas as histórias se repetem, como um espiral que vai e vem. O que muda é o cenário e o figurino.
Mas as pessoas são iguais em qualquer lugar do mundo. Umas tristes, outras felizes, cada qual um caso.

sábado, 26 de junho de 2010

Simples reflexões minhas, só minhas

Os homens são muito tolos.
Acham que nós os trocamos por causa do tamanho "daquilo".
Eu posso afirmar que por mim a troca vai pelo tamanho de seus sonhos.
Quanto maior o sonho for, mais eu quero compartilhar, pois vivo de carne e de utopias também.

domingo, 13 de junho de 2010

Blocos amarelos, cadernos em braile, eu te amo, desenhos e nomes

Quilômetros anotados,
Estradas rodadas,
Litros bebidos,
Preços de gasolina registrados,
Entre tapas e beijos,
Camas e marijuanas,
2007, louco ,
2008, sofrido,
Um pedaço de 2009 destruído
Um 2010 conturbado,
2011 vai ser melhor,
Foi dito, a cigana leu o meu destino,
E está escrito.
Começado, recomeçado, retratado, retalhado e reinventado.

Paranoia na cadeira, no chão e nada no telão

A doida tinha um namorado...
Mas queria um amor assim, delicado...
Que nenhum homem daria...
Ou se deu, parou, por não poder mais dar...
Pois então, ela pôs-se a procurar...
E ao se deparar com o inesperado, achou um que a amou, mas...
Começaram o romance que nem era ideal...
Apesar de até hoje, aonde quer que vá, ela leve a marca dele no olhar...
E quem diria que uma canção boba, de uma banda do sul, Velhas Virgens, que falava coisas tolas do tipo: Toda puta mora longe, selaria este amor, que estava claro...
Nem ele nem ela moravam longe...
Apesar das fronteiras e barreiras que os atrapalhavam...
Depois, eles fizeram seu caminho...
Um tempo curto juntos...
Ainda sonhando em seguir os passos um do outro...
Seguir, seguir, seguir...
Até que se pinçassem seus últimos cabelos brancos...
Da juventude para a velhice.
Um começo acelerado...
Paranoia pura... satélites dela, loucuras dele.
E aquele fim que nunca chega ao fim...