quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Ela foi a décima musa... Palavras de Platão. Sua poesia era considerada das mais sublimes. Era baixa e magra, olhos e cabelos negros, de refinada elegância. Vivia numa sociedade sem as regras morais que hoje se concebem. Alguns poetas dedicaram-lhe muitas odes e serenatas. Viveu na cidade lésbia de Mitilene, ativo centro cultural no século VII a.C.. Nascida entre 630 e 612 a.C., foi muito respeitada e apreciada durante a Antigüidade, no entanto, sua poesia, devido ao conteúdo erótico, sofreu censura na Idade Média por parte dos monges copistas, e o que restou de sua obra foram escassos fragmentos. Porém, muito do que se diz a seu respeito está envolto em lendas.
E o que eu tenho a ver com isso? Nada! Sou apenas mais uma musa, só que deste século. O século das sombras. Século de um Rio de Janeiro mal iluminado, abandonado, jogado, largado.
Onde moram os poetas e as poetisas desta cidade? Quero visitá-los. Mas que sejam breves, assim como a minha visita. E nunca, jamais chatos.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Primitiva Urbana


Fiz um teste hoje, desses de Internet.

Quando não se tem o que fazer em casa e quer-se passar o tempo, a gente navega por cada mar...
Entrei em alguns sites de lojas de roupas femininas.

Pensava eu:
Está na hora de comprar novos modelitos para bater perna, trabalhar, passear...

Futilidades de uma safo woman.
Daí, em um dos sites, me deparei com o tal teste que verificava qual tipo ou estilo combina mais com a pessoa em questão, no caso, a madame aqui.
E eram engraçadas as perguntas...

1- Se você fosse viajar, para onde iria? Respondi: Qualquer lugar com muitas belezas naturais, de preferência bem longe da cidade.

2- Que filme merece destaque na sua prateleira? R: Uma história que poderia ter acontecido com você, na sua cidade.

3- Se você fosse um animal, qual seria? R: Uma onça-pintada.

4- Como é o fim-de-semana ideal? R: Com filmes, tecnologia de ponta, vídeo game e uma Internet mega rápida. (Dentre as opções, era a que mais se encaixava comigo, embora eu não tenha paciência para vídeo games.)

5- Qual sua combinação de cores preferida? R: As cores da terra, de preferência em estampas de animais.

Não deu outra! O resultado: Primitivo urbano.
A explicação veio a seguir:
Você vive na cidade e sabe que para reinar linda nesta selva de pedras, só se inspirando nos animais selvagens.
Essa é a coleção que mais combina com o seu jeito de ser. Pensando bem; é, até que sou assim desse jeito mesmo! Meio mulher, meio bicho, meio do mato, meio da cidade. Depois, parti para dar uma conferida básica, com medo da possível cafonice que um simples teste me fez crer. Veja só: fauna e flora da savana africana. Aonde eu fui parar? Bolsas de zebrinha? Ui, socorro! Ah, mas é bom viajar, mesmo que na rotulagem imposta por terceiros! O importante é saber que a gente tem que achar graça de tudo e não levar nada tão a sério. Ou você acha que eu me identifico mesmo com uma onça-pintada? Só rindo...

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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Registros humanos pela ótica simples


Nossa vida é feita de ficção.
Nós somos ficções ambulantes.
Ouvi dele:
Contardo ...
Bom escritor.
Mas Contardo de quê?
Não peguei seu sobrenome.
Mas ...
Dane-se.
Dane-se o mundo.
Dane-se o tempo, o passado e o futuro.
Dane-se o medo, a loucura, a razão.
Não me diga mais quem foi, quem é, quem será
Amanhã tudo volta ao normal
Deixa tudo acabar
Deixa tudo passar
Dane-se a hora, cedo ou tarde.
Dane-se o filme, a história, o ator.
Dane-se a capa, a foto, o encarte.
Dane-se nada, dane-se tudo.
Dane-se o emprego, o salário, o patrão.
Dane-se o raso, se dane o profundo.
Dane-se o verso, a rima também.
Todos os registros um dia vão se danar.
Apesar de tudo...
Soltos ou ordenados
Registros ou rabiscos.
Marcas, nomes, sobrenomes.
Lembrei:
Calligaris.



quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Por que gentileza gera gentileza?...

Simplesmente gentileza gera gentileza porque as atitudes nos revelam, nos põe em cheque, nos consagram ou nos destroem, nos fazem ter bons ou maus relacionamentos.
Ficamos todo o tempo expostos para quem nos vê, para o mundo.
Seja o seu mundinho ou seja o meu mundinho; o que fazemos de bom com os outros volta para nós.
Estar atento, atenta...
Ser solícito, solícita...
Ser presente, se fazer entender...
Ser generoso, generosa...
Amigo, amiga...
O que falta para certas pessoas enxergarem que existem outros umbigos por aí?
Será que o delas é tão bonitinho assim que só conseguem olhar para si e achar que só elas têm probleminhas, problemões, ou que são mais racionais, mais inteligentes , mais espertos, mais, mais, mais... ?
Pois eu digo: São menos, menos, menos.
São seres inseguros, que mentem para si e para os outros, pessoas que gostam de analisar terceiros, mas que não se analisam.
Então, quer saber?
Busco outras.
Quando essas, egoístas precisarem de mim, eu ajudarei.
Estarei presente, me doarei, serei servil, serei boa.
Pra que me igualar?
Meu umbigo não foi para o lixo.
Muito menos achado lá.
Quem sabe o delas, dessas pessoas...
Pouco ou nada safos...

domingo, 17 de agosto de 2008

Coisas que você pode dizer só de olhar para ela


Hoje de manhã fui à banca comprar jornal.
Levei minha cachorrinha pincher para aproveitar o passeio.
Ao chegar lá, não entrei com ela; esperei com toda a calma um jovem pai e seu filho saírem de dentro da banca. Conheço bem do que minha pincherzinha é capaz. Mordedora de calcanhares, sem-vergonha ela...
Mas por falar em sem-vergonhice, meu ouvido quando quer, funciona bem. Percebi o diálogo entre o senhor da banca e o jovem pai:
-Escolha um desses filmes, é brinde da banca.
Vi o pai relutando, e o senhor insistindo para que ele levasse um DVD gratuito.
Logo que saíram, pai e filho, eu afastei a cachorrinha das pernas e pés deles, para que estes ela não mordesse.
O senhor da banca, cheio de gracinhas, foi logo brincando:
-Ela cresceu mais um pouquinho, hein!
Respondi também brincando:
-Nada! Ela só diminui! Cada dia menor!
E do lado de fora da banca, pedi o jornal. Vi que ele enfiou numa sacola plástica só o jornal, bem recheado por sinal. No instante seguinte, perguntei sobre os brindes, os filmes “zero oitocentos” e quis saber se ele não havia me oferecido porque eram todos infantis.
Afinal, tinha oferecido para o pai da criança.
Só aí ele me falou:
-É que não sobrou quase nenhum.
E me apontou dois DVD’s : Um era “Uma cilada para Roger Rabbit” e outro que não lembro o nome, na verdade nem li, porque na capa estava a face de um ator que eu não sou muito chegada, me desculpem seus fãs, mas não gosto muito do Robin Williams.
Ele fez e faz filmes ótimos, mas o que eu posso fazer? Vejo a cara dele e não gosto. Não sei explicar esse sentimento. É estranho, confesso. Mas há uma antipatia boba de minha parte. Apenas este ator ainda não me cativou. Nada que seja para sempre.
O senhor da banca percebeu que eu estava interessada em outro tipo de filme e tirou da cachola, debaixo dos panos, ou coisa parecida, outro DVD:
- Ah! Achei este aqui. É que todo mundo está levando só os romances, mas sobrou esse.
Naturalmente, ele queria me empurrar um filme infantil e eu até levaria “Roger Rabitt” pois não é nada mal, mas como ele me mostrou o tal romance, falei:
- Bem, vou levar este drama aqui.
Era drama, não era romance.
Vim para casa carregando a sacola de jornal, seus recheios dominicais, um chocolate “Batom, da Garoto” e o filme que eu, há anos, já até namorava nas locadoras, mas que sempre achei que fosse chato. Deixava para depois, quem sabe um dia eu o alugaria, naturalmente para ver sozinha, claro. Um filme para mulheres. “Coisas que você pode dizer só de olhar para ela”.
A surpresa até foi boa quando comecei a assistir ao filme.
Um filme de Rodrigo Garcia. Quem seria esse diretor? Nunca ouvi falar nele antes.
Passado o filme, as famosas atrizes Glenn Close, Cameron Diaz, Calista Flockhart, Holly Hunter, Kathy Baker, Amy Brenneman, Valéria Golino, passadas as ótimas histórias entrelaçadas, momentos íntimos de cada uma dessas mulheres e suas personagens, angústias, desejos e solidão, uma médica, uma gerente de banco, uma policial, uma escritora de livros infantis, uma cega, uma que sofre de grave doença, fui saber sobre o diretor, Rodrigo Garcia.
Li nos extras sobre ele. Vi que é filho do premiado escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez. Por isso a sensibilidade do filme, a sua delicadeza ao tratar de assuntos corriqueiros e comuns do dia a dia.
A genética faz dos homens safo, procriarem igualmente assim seus filhos.
“Coisas que você pode dizer só de olhar para ela”; escrito e dirigido pelo filho do homem.
E agora, com licença; vou catar no armário para finalmente ler mais um livro de minha lista de espera. Chegou a hora de ter você comigo, “Cem anos de solidão”.
Obrigada, senhor da banca.

sábado, 16 de agosto de 2008

OLIMPÍADAS



Nadadores, velocistas, jogadores de voley, de futebol, ginastas, entre outros...


Everybody:


Golden boys and golden girls!


Senhores e senhoras:


Tudo isso em Pequim.


Super safos heróis!




quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Os animais também são "SAFO"




E veja como são!


Deu certo a mistura!
Até dormem juntas!