De mim suor frio escorre e um tremor toda me prende. Mais verde que erva estou - e bem morta, por bem pouco, pareço... Mas tudo é para ousar... fr. 31 V
sábado, 4 de agosto de 2012
Babilônia e Babel
Saio com uma unha quebrada.
Saio meio acabrunhada.
Mas saio de pé, não saio deitada.
Uma mente transtornada, um corpo esgotado, por uma coisa em vão?
Tem guerras que valem a pena, outras, não.
Quando há algo que ultrapassa os limites de uma saúde mental e física, é hora de navegar por outras lógicas matemáticas e financeiras.
Fosse a guerra do Iraque, mas é a guerra do Paraguai.
Há muita diferença entre uma e outra.
O nível do ganho é infinitamente desproporcional ao lucro.Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado do comprimento da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos comprimentos dos catetos.
Em qualquer triângulo retângulo, a hipotenusa é maior que qualquer um dos catetos, mas menor que a soma deles.
O teorema de Pitágoras já teve muitas demonstrações publicadas.
Não se sabe ao certo qual seria a demonstração utilizada por Pitágoras. Entretanto, muitos autores concordam que ela teria sido feita através da comparação de áreas.
Esta demonstração se baseia na proporcionalidade dos lados de dois triângulos semelhantes.
Pode-se chegar ao teorema de Pitágoras pelo estudo de como mudanças em um lado produzem mudanças na hipotenusa e usando um pouco de cálculo. É uma demonstração baseada na interpretação métrica do teorema, visto que usa comprimentos, não áreas.
Matemática é difícil, não é pra qualquer um.
Se num triângulo o quadrado em um dos lados for igual à soma dos quadrados construídos sobre os dois lados restantes do triângulo, o ângulo formado pelos dois lados restantes do triângulo é um ângulo reto.
Talvez nenhuma outra relação geométrica seja tão utilizada em matemática como o teorema de Pitágoras.
Ao longo dos séculos foram sendo registrados muitos problemas curiosos, cujas resoluções têm como base este famoso teorema.E também, ao longo dos anos, sabemos que a probabillidade e a possibilidade de esbarrarmos no planeta Terra com pessoas que só nos chateiam é infinita.
Por isso admiro as pessoas velhas.
Haja muita paciência para viver num planeta onde a maioria da sociedade que nos rodeia fede. E nós temos que conviver com o fedor.
O mundo não é um lugar justo. Por isso é o planeta Terra.
Se fosse justo, seria outro, não a Terra.
E as três lições mais importantes que a gente aprende e nunca pode esquecer, depois que adquirimos maturidade, são: há de haver harmonia, há de haver sabedoria e há de haver paciência.
Mas quem as tem?
Só e somente os admiráveis velhos.
Admirável mundo novo?
Bah!... Nheiro bem bonito... só pra defecar.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Formiga, formiguinha, formigão!
No momento estou curtindo um personagem que nunca antes havia reparado.
Vou contar aqui o por quê.
Primeiro começou em minhas aulas passadas de meditação.
Eu não entendia o real motivo de pensar nelas. Nem por qual razão a professora de yoga quando pedia às alunas que imaginassem um animal ou mais de um para nos acompanhar em nossa jornada afora, me vinham elas. E também eles, outros insetos, insetinhos, insetões.
Com asas e sem asas, coloridos, verdinhos ou pretinhos. Todos pequeninos, miudinhos. Me sentia humilhada em ver que as outras alunas da aula de meditação viam ursos, leões, coiotes, lobos, alguns sapos, de fato, algumas águias, de rapina possivelmente, lagartos, tartarugas, todos de tamanho mediano a grande. E eu, só via formigas. E mais alguns acompanhantes... cigarras, marimbondos, gafanhotos, aranhas, alguns mosquitos e também umas borboletas, mas nenhuma tão colorida. Estavam mais para mariposas e bruxas. Daí eu já entendo e tudo fica mais claro agora.
Sinais, premonições, avisos, conselhos do destino ou de nosso próprio inconsciente, bem provável ser.Enfim, estou trabalhando num lugar onde todos somos vistos como máquinas.
Alfa, beta, gama, delta, épsilon, digama, zeta, kappa e por aí vai.
Já viramos letras gregas.
Mas como a Grécia é um dos mais famosos berços da civilização, não poderia deixar de me sentir honrada, embora tenha me formado como comunicadora e estudado para ser respeitada e vista de uma forma diferenciada dos demais, ou seja, com um ponto forte de diferencial.
Só que nem tudo é como a gente quer e exatamente por isso, estou tranquila na minha "maquinez" momentânea.
Virei formiga da espécie carregadora.
Não desmereço essa condição.
Só não tolero abusos de outros insetos. E quando se trata de um inseto venenoso, eu mostro rapidamente onde escondo o meu ferrão. É, sou uma formiga mutante. De uma espécie rara.
Mexe comigo pra ver. Coloco cada um do reino animal direitinho em seu lugar e se houver persistência no desrespeito e no abuso, eu destruo, esmago, corto a asa.
Porque sou formiga atômica. Formiga leoa. Formiga tubarão. Mexe comigo pra ver onde você está botando a sua mão.
No lugar onde trabalho tem formiga castanha, formiga loira, formiga do cabelo encaracolado, formiga morena jambo.
Tem outras, mas essas são as mais simpáticas. E dá licença, eu me incluo nelas.
Existem mais de nove mil espécies de formigas catalogadas no mundo, mas estima-se que a quantidade real seja cerca de dezoito mil. Só no Brasil são mais de duas mil conhecidas. Uma sociedade organizada, que não possui nenhum tipo de liderança. Parece impossível? Não no mundo das formigas.Mas no mundo dos formigas-humanos, a coisa toda vira um caos.
Pertencentes ao grupo de insetos sociais, elas vivem em colônias. Dentro do ninho, as tarefas são divididas entre as castas e cada uma cumpre seu papel.
Já dentro de ambientes de trabalho humano, será mesmo que as tarefas são divididas em castas, digo, graduações acadêmicas? E será que cada um cumpre o seu papel realmente?
Fica aqui a questão. Será?
Mas a resposta eu já tenho, como tive antes ao saber o por quê de tanto imaginá-las.
E a resposta é: Claro que não! Nenhum humano cumpre bem o seu papel. Cumpre muito mal.
Sabe por qual motivo?
Porque ainda temos que aprender muito com as formigas.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Elas leem Nova, eles leem gibi do Cascão
Quase três meses sem escrever nada aqui. Blablablablabla....
Não por falta de assunto e sim, por mera vontade de ... STOP! ... parar um pouco com essa coisa de me expor. Mas como a gente não se expõe hoje em dia? Nas condições atuais, na modernidade cotidiana... Impossível essa "possibilidade".
Daí 2011 acabou, passou um casamento, ponto, passou mais um Natal, pronto, outro Ano Novo, novo carnaval, uma excêntrica viagem, Punta... vale a pena conhecer e perambular de carro ao redor do balneário setentão.
Sabe um paraíso escondido e perdido, preservado entre a arquitetura, a urbanização, o silêncio, a paz de espírito, a ventilação e os ares da década de 70? Imagine esse lugar. É, fica lá... em Del Este.
A gente uruguaia é outra gente. Mais educada, mais quieta.
Daí entra março, Brasil com suas trombetas avassaladoras; clamor. Tudo é grito: - O ano enfim começou, o ano enfim está andando, o verão passou e o outono dita as regras!
Já está todo mundo se virando, porque o show não pode parar.
E pra ficar mais bela para o show, faço o que toda mulher inteligente, moderna, antenada, preocupada e estressada precisa fazer para se sentir melhor.
Salão de beleza, livros, graduação, pós-graduação, novo trabalho, nova terapia, massagem, limpeza de pele, yoga, meditação, canto, florais de Bach... aahhhh!
Como assim? Chega de gastança e de invenções.
Pior que não chega.
De janeiro pra cá não tenho mais dedos para contar o que já fiz de matrícula aqui e ali.
E ainda falta.
Muito. Muita coisa.Essa introdução foi só para encher linguiça e começar a falar sobre a única coisa que me motivou a escrever hoje aqui:
Não, não foi o dinheiro!
Antes fosse, neném!
Neném no caso, homens. E como o são!
Constatei isso no consultório dermatológico hoje à tarde. Inacreditável à primeira vista, aceitável depois de algumas horas de reflexão pós consulta.
Diante da mesa de revistas na sala de recepção, como de praxe, havia inúmeras revistas femininas e nenhuma masculina. Eu estava lendo uma Nova. Oh. Pobres rapazes. Não podem ler Playboy para se distrair nem ao menos matérias sobre carros com motores possantes. Sobram as batidas revistas de política e economia, muito boas, porém nada atraentes em certas ocasiões. Revista Piauí? Não, não tem. Para as mulheres, tudo, absolutamente tudo sobre beleza, maquiagem, ginástica, dieta, moda, decoração, fofoca, sexo e afins.
Mas eis que um moço, bem bonito e interessante, nem novo nem velho, no auge de seus trinta e poucos anos, encontra embaixo da mesa de vidro, junto de outras revistas femininas com modelos sexies nas capas, ó, ele encontra gibizinhos, exemplares da Turma da Mônica.
Benditos sejam o Maurício de Souza e seus fãs dermatologistas. Ah, estranhei. Mas era porque eu estava no consultório do Dr. Azulay. E será que tem a ver Dr. Azulay com o extinto artista Daniel Azulay?
Se sim ou não, entrei numa transe de achar que o cara bonito era débil mental por ter pego a pilha de revistinhas do Cascão e outros personagens e colocado em suas mãos todos, todos os exemplares. Ele se apoderou para não deixar nenhum paciente folhear nenhum exemplar. Mas quem faria isso? Ninguém.
Comentei com minha esteticista assim que entrei em sua cabine. Ela riu, riu alto.
Tudo bem, de repente ele era ilustrador, né? Aprendiz de cartunista, roteirista de quadrinhos, vai saber.
Comparou minhas observações um tanto indignadas com as da Natalia Klein, a moça do blog e da série nacional mais divertida e comentada do momento: Adorável Psicose.
Eu não estou entendendo estas novas tendências.
As mulheres estão todas iguais. Os homens é que estão diferentes.
Ler Nova é ridículo. Ler Cascão é que é original e genuíno.
Parabéns, nenéns!
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Hoje é dia nove de janeiro de dois mil e doze.
Começo o ano com dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender, mas sem um grande amor.
O amor que tu me destes era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou.
Bah, diabos, por que eu só penso em amor?
Quem busca amor está buscando mais é dor.
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar.
E não adianta chorar.
Se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi.
sábado, 17 de dezembro de 2011
O sapo que chora
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
De creme ou de chocolate
Desconfio dos tipos de pessoa que eu possa estar atraindo.
Parece que meu campo de magnetismo anda aberto para estranhos que me colocam em situações de saia justa ou de emparedamento.
Escrevo emparedamento no sentido de encostarem-me numa parede qualquer, seja comprida e larga ou de um quarto pequeno e pouco ventilado. Agonia e claustrofobia.
Toda a liberdade que tenho e gosto de ter é retida; esta é a sensação que alguns seres me transmitem.
Daí vem logo um medo. Medo que eu não tinha antes. E eu sei que tudo tem um lado bom e um lado mau. Mas quando as relações de amizade ou qualquer outra coisa começam a me atormentar, tirar minha paz, meu sossego, fazendo com que eu me sinta encurralada, me assusto e me fecho. Sagacidade e seleção. Freio.
A internet é um campo minado. Nunca sabemos onde estamos pisando.
Na minha cabeça as minhocas se mexem. Começo a perceber que para cada situação existe um obstáculo e que se ele está ali, não é a toa.Até onde podemos ir?
Já está sinalizado.
Quem avança pode se ferir.
Uma vez o sinal avançado, dá para recuar?
Sempre dá. O livre arbítrio está aí para nos mostrar.
A gente pode tudo e tendo consciência, pode dizer sim, pode dizer não. E ninguém tem o direito de interferir em nossas escolhas. Se a pessoa quer ir para longe ou ir pra perto, chegar lá ou chegar cá, há de haver respeito.
Cada um tem o seu limite. Cada um tem a sua história de vida e sabe onde aperta o seu sapato.
Aonde você vai a essa hora?
Aonde nos levará esse trem?
Não sei aonde você quer chegar com essas atitudes.
Há lugares aonde não se deve ir só.
Onde você está?
De onde você está teclando?
Não sei onde ele estava e nem perguntei.
Afinal, onde você mora?Cada passo que damos tem seu plano sequência. Tem sua atmosfera. Tem o roteiro, a edição e os cortes. Tudo o que assusta não deve ser tocado. Silêncio, nada de atropelo. As coisas não podem ser resolvidas no susto.
Tudo o que escrevo aqui ou ali é para mim, não estou fazendo prova. Estou no ato livre de escrever. Faço uso disso para relaxar, é uma terapia.
É o que eu penso, não é o que o outro pensa. O que eu quero, não o que o outro quer. O que me incomoda, não o que incomoda o outro. O que eu percebo, não o que o outro percebe. O que eu leio, não o que o outro lê.
O que eu demonstro na minha escrita é muito particular e é a minha indignação, não é a do outro.
As minhas palavras não são feitas para caçar ou para me lamentar, são apenas as minhas reflexões. Mais nada.
Eu não uso a ferramenta internet para conquistar alguém.
Eu uso porque ela faz parte da vida atual, senão jamais usaria.
Se é uma vitrine? É. Mas não estou pedindo para ninguém comprar. É uma vitrine que não tem preço.
Eu já percebi também que certos sonhos não se vendem, só as bombas.
E entre os vendáveis, sonhos e bombas, eu só gosto das doces.
Sonhos azedos e bombas estragadas ficam em qualquer outra prateleira, menos a minha.
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