De mim suor frio escorre e um tremor toda me prende. Mais verde que erva estou - e bem morta, por bem pouco, pareço... Mas tudo é para ousar... fr. 31 V
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Poesia Grosseriana
Você que debocha de mim.../
Entra no cio, tem sua tara/
Me liga, envia mensagem/
Faz e pede sacanagem/
Me tira do leito/
Palpita meu peito/
Desregula meu mínimo respeito/
Chama pra fazer amor e sexo/
Durante a madrugada/
Me beija feito louco/
Me tem como um lobo/
Me morde, me assopra/
Debocha de mim/
Diz montes de besteiras, devaneios, anseios/
Depois põe todo o peso em mim/
Me alegra e atormenta/
Carrega traumas não sei desde quando/
Inventa, farseia/
Me transporta pra um surto mirim/
Descarrega todo o seu desejo/
Seu alcoolismo barato/
Sua falta de tato com as palavras doces/
Seu exagero de tato com malícias, sabores/
Mas é lindo te ver escovar a boca/
Prova que não sou apenas eu/
Que gosto e, aprovo isso em ti/
Hálito e cheiro bom, calor então/
Corpo desenhado, esculpido/
Num pincel das mãos de Deus/
Como o meu, como o seu/
Dedos da mão pra me alisar/
Dos pés pra me prender/
Sua língua na minha orelha/
No meu ouvido, sua saliva/
Babando por mim/
Pra depois me chutar/
Me ignorar, trocar meu nome/
Querer ciúme, novela, folhetim/
Não, se acaso me quiseres/
Sou pra você dessas mulheres/
Que só dizem sim/
Por uma coisa à toa, uma noitada boa/
Um cinema, um botequim/
Escute Chico Buarque/
Pra tentar gostar certinho de mim/
Enquanto isso só me resta a pergunta:/
Por que você é assim?/
Tão 'tan-tan' e tão 'Dean-Dean'.../
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