Março, abril, maio, junho...
É dia da mulher, é dia de Páscoa, é dia das mães, é dia dos namorados...
Pra que tanta data festiva?
Qual o real motivo delas além de ser a desculpa do comércio para se comprar, comprar, comprar?
Com tanto excesso e com tanta falta, as pessoas se amam menos e se destratam mais.
Ninguém está satisfeito com nada.
A querência não para de querer mais, mais, mais.
O sossego, o aconchego, o carinho, também não trazem mais paz.
Desconfiamos de todas as boas vontades.
Achamos estranho seres equilibrados no meio de tantos desequilíbrios.
Nos perturbamos com quem nos olha e nos indignamos com quem não nos olha.
O ser humano é o bicho mais louco e nocivo que existe.
Cobras, leões, tubarões e outros animais que nos amedrontam, são fichinhas perto de todos nós.
E os nós permanecem cada dia mais amarrados em nossas cabeças.
Por que não os soltamos?
Deixemos de nos aprisionar. Vamos ver no que dá.
A forma em que vivemos em sociedade já está desgastada.
Os jogos de poder e de conquista dos adultos não têm mais graça.
Sinto que com o avanço das tecnologias, onde todos querem ter o que há de melhor e mais atual, há gerações de pessoas frustradas e com sentimentos de inferioridade em relação às outras, muito maior do que há muitos anos atrás, o ser diferente é aceito entre aspas para alguns, o preconceito continua, mas camuflado e com a cobrança da autosuficiência e da individualidade em alta, os traumas vêm sendo adquiridos numa escala pós-infância. Isso, nem Freud explica.
Estamos acumulando decepções.
Ninguém mais se entende, nem quer parar e dar uma acalmada para se entender.
Daí vem o maior e pior exemplo, a política e os governantes, suas leis e seus impostos, suas obras e seus desvios, passando por cima de todos.
O que falta mais acontecer?
Uma grande revolução...
A anarquia está aí para se pensar.
Ausência de governo, mas não de ordem.
Calma, leia, se quiser, sobre anarquismo antes de me julgar.
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