De mim suor frio escorre e um tremor toda me prende. Mais verde que erva estou - e bem morta, por bem pouco, pareço... Mas tudo é para ousar... fr. 31 V
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Hoje é dia nove de janeiro de dois mil e doze.
Começo o ano com dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender, mas sem um grande amor.
O amor que tu me destes era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou.
Bah, diabos, por que eu só penso em amor?
Quem busca amor está buscando mais é dor.
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar.
E não adianta chorar.
Se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi.
sábado, 17 de dezembro de 2011
O sapo que chora
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
De creme ou de chocolate
Desconfio dos tipos de pessoa que eu possa estar atraindo.
Parece que meu campo de magnetismo anda aberto para estranhos que me colocam em situações de saia justa ou de emparedamento.
Escrevo emparedamento no sentido de encostarem-me numa parede qualquer, seja comprida e larga ou de um quarto pequeno e pouco ventilado. Agonia e claustrofobia.
Toda a liberdade que tenho e gosto de ter é retida; esta é a sensação que alguns seres me transmitem.
Daí vem logo um medo. Medo que eu não tinha antes. E eu sei que tudo tem um lado bom e um lado mau. Mas quando as relações de amizade ou qualquer outra coisa começam a me atormentar, tirar minha paz, meu sossego, fazendo com que eu me sinta encurralada, me assusto e me fecho. Sagacidade e seleção. Freio.
A internet é um campo minado. Nunca sabemos onde estamos pisando.
Na minha cabeça as minhocas se mexem. Começo a perceber que para cada situação existe um obstáculo e que se ele está ali, não é a toa.Até onde podemos ir?
Já está sinalizado.
Quem avança pode se ferir.
Uma vez o sinal avançado, dá para recuar?
Sempre dá. O livre arbítrio está aí para nos mostrar.
A gente pode tudo e tendo consciência, pode dizer sim, pode dizer não. E ninguém tem o direito de interferir em nossas escolhas. Se a pessoa quer ir para longe ou ir pra perto, chegar lá ou chegar cá, há de haver respeito.
Cada um tem o seu limite. Cada um tem a sua história de vida e sabe onde aperta o seu sapato.
Aonde você vai a essa hora?
Aonde nos levará esse trem?
Não sei aonde você quer chegar com essas atitudes.
Há lugares aonde não se deve ir só.
Onde você está?
De onde você está teclando?
Não sei onde ele estava e nem perguntei.
Afinal, onde você mora?Cada passo que damos tem seu plano sequência. Tem sua atmosfera. Tem o roteiro, a edição e os cortes. Tudo o que assusta não deve ser tocado. Silêncio, nada de atropelo. As coisas não podem ser resolvidas no susto.
Tudo o que escrevo aqui ou ali é para mim, não estou fazendo prova. Estou no ato livre de escrever. Faço uso disso para relaxar, é uma terapia.
É o que eu penso, não é o que o outro pensa. O que eu quero, não o que o outro quer. O que me incomoda, não o que incomoda o outro. O que eu percebo, não o que o outro percebe. O que eu leio, não o que o outro lê.
O que eu demonstro na minha escrita é muito particular e é a minha indignação, não é a do outro.
As minhas palavras não são feitas para caçar ou para me lamentar, são apenas as minhas reflexões. Mais nada.
Eu não uso a ferramenta internet para conquistar alguém.
Eu uso porque ela faz parte da vida atual, senão jamais usaria.
Se é uma vitrine? É. Mas não estou pedindo para ninguém comprar. É uma vitrine que não tem preço.
Eu já percebi também que certos sonhos não se vendem, só as bombas.
E entre os vendáveis, sonhos e bombas, eu só gosto das doces.
Sonhos azedos e bombas estragadas ficam em qualquer outra prateleira, menos a minha.
sábado, 26 de novembro de 2011
Roupas difíceis de vestir são equivalentes a festas duras de engolir
Sempre que me pego pensando na possibilidade (desde os dezoito anos) de morar sozinha, inevitavelmente lembro das partes dolorosas dessa coisa de ser só.
Aí eu adio, adio, adio, adio e ... adios una casa solamente para mi.
Tem algo mais sem-graça do que ir para a cozinha e fazer comida só para você?
Dormir numa cama cheirosa e espaçosa sozinha?
Ter vestidos lindos e não conseguir vesti-los independente de outros braços?
O bom deve ser, nessas horas, ter um vizinho ou uma vizinha que lhe deem a mão num momento de aperto.
Por exemplo, comprei esse mês dois vestidos super extravagantes, elegantes e finos, mas... não consigo subir o zíper nem de um nem de outro.
O primeiro tem o zíper localizado na lateral esquerda do corpo, da cintura para cima. O segundo, tem este apetrecho super irritante nas costas, também da cintura para cima.
Inclusive, quero usá-lo agora, estou vestida nele, cabelos, sapatos, bolsa e acessórios, tudo preparado, mas minhas costas, descobertas.
Como fico sozinha a maioria das vezes em casa, porque sou uma pessoa elétrica, mega agitada e porque as pessoas da minha família são o triplo do meu agito, ninguém fica na cola de ninguém e um vai despachando o outro, logo, quando não é cada um na sua e no seu aposento, é cada qual no seu carro ou na sua calçada.
Família de doidos, não nos misturamos, exceto... no Natal, na Páscoa, nos aniversários, mas no Reveillon não.
Ano novo, vida nova, ruas, areias, postos, paradas, espumantes, vinhos, comidas, frutas, programas de TV, fogos de artifício, músicas, tudo novo, inclusive a gente.
Estoy aqui, de pé, de frente ao espelho, bonita a mona..., esperando minha carona para una fiesta e acho que tengo vergonha de apertar a campainha de algum vizinho de puerta.
Tenho três chances de acertar e de errar fazendo isso.
Não vou fazer, nem vou pedir ao porteiro.
Vou esperar o carro que me levará à festa e quando o mesmo chegar, pedirei ao motorista ou à minha amiga para fazer esse serviço extra inusitado e esquisito.
Mas estou achando que nem vou mais nessa party.
O telefone dela toca, toca e não atende.
Marcamos a saída para now e nada de notícias da dama.
Enfim, vou ficando por aqui, terminando de me arrumar e tentando eu, eu mesma, sem lenço e sem ajudante achar uma solução satisfatória para este draminha.
Quer saber?
Dá vontade de ir nua para essa festa.
Vergonha por vergonha de pagar mico, pode até dar no mesmo.
Talvez eu não seja persona grata nesse lugar.
Mas como eu gosto de dar cara a tapa... vou lá.
Vai, vai dona gorila.
Prenda e aprenda a ser presa de uma nota só.
Si.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
A arte de conviver
Sejamos artistas.
Pois conviver é uma arte.
Das mais dolorosas.
Requer muito cuidado.
Fazer o que falam.
Mas não fazer o que fazem.
Olhar e perceber defeitos.
Fechar os olhos para as qualidades.
É osso duro de roer.
Mas para estarmos vivos é preciso conviver.
Por mais que nos desagrade a ideia.
Ter que ver todos os dias cenas tranquilas de mosteiros tibetanos ou cenas tórridas de guerras do Peloponeso.
Fingir que não vê ou mostrar bem que está vendo.
Ser falso, nebuloso ou ser verdadeiro, pigmentado.
Jogar tudo pro alto ou engolir um sapo de cada vez.
Escorregar no quiabo ou se equilibrar num trapézio.
Dar uma de gorila ou bancar uma de capivara.
Dar pinta de fina ou pisar com patas de barraqueira.
Chocar ou nem se fazer notar.
Ser politicamente correto na honestidade e na verdade.
Ou ser politicamente correto no fingimento e no cinismo.
Posar de alguma coisa que não é.
Ou chutar o balde e mostrar diversos ângulos de seu rosto.
Camuflar uma personalidade praticando o mimetismo.
Ou afiar unhas e dentes se preparando pra luz do sol ou a luz da lua.
Saber amar, somar, auxiliar, experimentar.
Saber baixar a guarda.
E saber acima de tudo que jogo é esse que cada um joga.
Pra depois no fim, se estrepar.
Porque a nossa pele ninguém salva, só a gente mesmo.
E só o artista sabe o valor de cada ruga, de cada cicatriz de sua jornada.
Das perdas e ganhos que o convívio nos oferece.
Só sabe quem nasce e se conscientiza.
Bem vindos ao nascer e à consciência.
Pesada ou leve.
Pesados ou leves.
Sejamos artistas.
sábado, 24 de setembro de 2011
Nada...
Eu não consigo mais entender o que passa na cabeça dos homens.
Tenho cruzado com espécies muito esquisitas e sinceramente está estranha essa coisa de ficar solteira. Estar ou ser, todos nós somos... sós. Quanto a ficar...
Esbarro a todo instante com um aqui, outro ali, mas meu ar de metidez pode estar atrapalhando a chegada ou facilitando a partida de quem só vem de visita.
Compartilho com a Marilyn Monroe a seguinte frase: "Não me falta homem, o que falta é amor."
Outro dia conheci um baterista de uma banda famosa brasileira; eu estava num salão de beleza clareando o cabelo, ele, cortando... papo vai, papo vem e o moço me chamou pra jantar. Fui. Ficamos amigos. Amigos estamos. Não sei qual é a dele. Está tudo muito recente.
Enquanto isso, fico na minha.
Recebo cantadas de garotos mais novos.
Os mais velhos parecem ter medo de mim.
Um garoto de 22, DJ de um pub que costumo frequentar nos fins de semana, me disse que é um absurdo uma mulher bonita como eu estar sozinha. E ainda acrescentou: Muito bonita.
É, né... também acho. Papo furado. Eu sei bem o que ele queria com essa conversa.
Outro, um pouquinho menos baby, de 26, me falou que o problema é que eu acho todo mundo burro, mas burro é quem fica comigo, e é por isso que estou nessa.
Aí já não posso concordar.
Burra é quem fica com ele, um carinha mulherengo, cheio das grosserias e mal sabe escrever.
Admito: Sou exigente mesmo. Gosto de cultura, ciência e educação.
Talvez seja isso que busco e poucos têm.
Se em 2010 meu lema era: "Antes mal acompanhada do que só" e agora em 2011 é: "Antes só do que mal acompanhada", como vou entrar em 2012?
Faço a mínima ideia.
O que sei é que continuo tentando.
E esse tentar tem sido o pior de todos os trabalhos e de todas as provas pelos quais já passei.
O resto é fichinha.
Sabe de uma verdade? A sociedade é cruel com mulheres que exigem muito, com aquelas de personalidade forte e com as que ouvem que são difíceis desde cedo. Muito difíceis. Mas difíceis mesmo. Difíceis de lidar e difíceis de domar.
E o povo quer facilidade. Super ofertas. Liquidações.
Beleza e coisas fáceis. Futilidades como valor.
O que sobra?
Respeito, confiança, carinho, atenção?
Isso aí tudo falta. Eu quero saber... o que sobra?
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