De mim suor frio escorre e um tremor toda me prende. Mais verde que erva estou - e bem morta, por bem pouco, pareço... Mas tudo é para ousar... fr. 31 V
sábado, 17 de dezembro de 2011
O sapo que chora
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
De creme ou de chocolate
Desconfio dos tipos de pessoa que eu possa estar atraindo.
Parece que meu campo de magnetismo anda aberto para estranhos que me colocam em situações de saia justa ou de emparedamento.
Escrevo emparedamento no sentido de encostarem-me numa parede qualquer, seja comprida e larga ou de um quarto pequeno e pouco ventilado. Agonia e claustrofobia.
Toda a liberdade que tenho e gosto de ter é retida; esta é a sensação que alguns seres me transmitem.
Daí vem logo um medo. Medo que eu não tinha antes. E eu sei que tudo tem um lado bom e um lado mau. Mas quando as relações de amizade ou qualquer outra coisa começam a me atormentar, tirar minha paz, meu sossego, fazendo com que eu me sinta encurralada, me assusto e me fecho. Sagacidade e seleção. Freio.
A internet é um campo minado. Nunca sabemos onde estamos pisando.
Na minha cabeça as minhocas se mexem. Começo a perceber que para cada situação existe um obstáculo e que se ele está ali, não é a toa.Até onde podemos ir?
Já está sinalizado.
Quem avança pode se ferir.
Uma vez o sinal avançado, dá para recuar?
Sempre dá. O livre arbítrio está aí para nos mostrar.
A gente pode tudo e tendo consciência, pode dizer sim, pode dizer não. E ninguém tem o direito de interferir em nossas escolhas. Se a pessoa quer ir para longe ou ir pra perto, chegar lá ou chegar cá, há de haver respeito.
Cada um tem o seu limite. Cada um tem a sua história de vida e sabe onde aperta o seu sapato.
Aonde você vai a essa hora?
Aonde nos levará esse trem?
Não sei aonde você quer chegar com essas atitudes.
Há lugares aonde não se deve ir só.
Onde você está?
De onde você está teclando?
Não sei onde ele estava e nem perguntei.
Afinal, onde você mora?Cada passo que damos tem seu plano sequência. Tem sua atmosfera. Tem o roteiro, a edição e os cortes. Tudo o que assusta não deve ser tocado. Silêncio, nada de atropelo. As coisas não podem ser resolvidas no susto.
Tudo o que escrevo aqui ou ali é para mim, não estou fazendo prova. Estou no ato livre de escrever. Faço uso disso para relaxar, é uma terapia.
É o que eu penso, não é o que o outro pensa. O que eu quero, não o que o outro quer. O que me incomoda, não o que incomoda o outro. O que eu percebo, não o que o outro percebe. O que eu leio, não o que o outro lê.
O que eu demonstro na minha escrita é muito particular e é a minha indignação, não é a do outro.
As minhas palavras não são feitas para caçar ou para me lamentar, são apenas as minhas reflexões. Mais nada.
Eu não uso a ferramenta internet para conquistar alguém.
Eu uso porque ela faz parte da vida atual, senão jamais usaria.
Se é uma vitrine? É. Mas não estou pedindo para ninguém comprar. É uma vitrine que não tem preço.
Eu já percebi também que certos sonhos não se vendem, só as bombas.
E entre os vendáveis, sonhos e bombas, eu só gosto das doces.
Sonhos azedos e bombas estragadas ficam em qualquer outra prateleira, menos a minha.
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