Vamos falar sobre filmes.
Brasileiros, por que não? Safo é musa grega, mas deixa a gente aqui profanar, abusar só um pouquinho, ser irreverente não faz tão mal assim, vai...
Pois então, falarei do filme NOME PRÓPRIO, do diretor Murillo Salles, com a atriz Leandra Leal e outros. Ela aliás, é ótima, mas o filme, desculpe o auê, é péssimo.
Você, se for assistir, na minha opinião, verá um filme cafona. Muito cigarro e palavras vomitadas por uma blogueira que tem planos de lançar-se como escritora..., e por isso fuma?
Decadance avec elegance.
Demodê demais para mim.
Ainda mais quando a moça e seus problemas, acredita ser um fenômeno na escrita.
Ela, Camila, só faz trapalhadas o tempo inteiro e não pára nem um minuto de dizer merda entre outros palavrões. Vive pulando de casa em casa, de caso em caso, ferindo sua auto-estima e desdenhando a dos outros.
Sim, porque ela só se importa com ela. Os outros são apenas adereços, enfeites, fantasia, penduricalhos, brinquedinhos. Exato. Exato? Pois é. Ela é realmente louca. Dona de uma insanidade sem explicação.
Não sabemos nem de onde ela surgiu, de que família e como sobrevive no mundo real. Para ela, o mundo é um computador, com Internet, claro. E ali, ela pratica uma triste maneira de se perder nos blogs, emails, sites de bate-papo e de relacionamento.
Palavras aparecem cuspidas na tela de cinema por todos os ângulos para mostrar a destreza de Camila com as letras, coitadas, tão diminuídas pelos seus devaneios e seus impulsos. Transtornos obssessivos compulsivos.
O filme começa agitado, até te engana. Barulhento, ritmado, intenso. Dá para engolir. Era o fim de um relacionamento entre um casal. Mas... Termina insosso, devagar, sem nexo. Ela fica louca de vez, talvez. Pobre menina. Se perdeu. Não se encontrou ainda. Nem sabe o que quer. Vá saber quando é que ela se achará. Do jeito que vive... Sei não.
E se pensas na trilha sonora... Salvação? Que nada. Só ruídos.
A banda pernambucana Cordel do Fogo Encantado nem participa dos créditos no filme. O vocalista, namorado da protagonista, fica de fora.
O filme poderia ter sido melhor com as suas batidas.
Ele, Lirinha, que adora um estrondo, uma trovoada, um choveu, choveu...
Nada disso aconteceu.
Enfim, o filme é um tédio sem fim.
Tirando os velhinhos tarados do Odeon. Bem...
Isso já vai virar outra história.
E caberá aqui, no espaço dedicado à musa, as tais safadezas.
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