terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tem que rir pra não chorar e seguir adiante, radiante

Quando você não sabe de onde parte a flecha, fica difícil; não se tem aliados, não se sabe em quem confiar.
Eu acho que estou muito "Calígula" esses dias. O imperador louco de Roma. Ele, que foi morto pelos senadores e pelos mais chegados, porque estes não aguentaram seus ataques de fúria e tormento. Ele só queria a Lua; o Sol ele já havia alcançado. Era o próprio.
Bem, mas esses meus destemperos devem ser por causa da proximidade de meu aniversário, o que configura-se no meu inferno astral. Os dias que antecedem a esta data. Data esta, que desde que nasci, cai todos os dias quatro, de todas as primaveras de outubro.
"As pessoas nascem sempre sob o signo errado. E estar no mundo de forma digna significa corrigir dia a dia o próprio horóscopo". Frase de Umberto Eco no livro: O Pêndulo de Focault. "Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora.... e, enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso é normal, eu finjo ter paciência. O mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós, um pouco mais de paciência."
Já dizia Lenine em sua música.
Pois é. A vida é tão rara...
Por isso, dou tanto valor a ela.
Brigo, esperneio, luto por justiça, batalho pelas amizades, pelo trabalho, pela harmonia, tento varrer a falsidade. Tarefa quase impossível... Tudo isso faz parte do meu signo solar e faz parte do meu show.
Eu sei, sou passível de risos. Ria até perder todo o seu tempo.
Será que temos esse tempo a perder? E quem quer saber? A vida é tão rara, tão rara.
Rara, rara, rara; este seria o nome de minha filha no passado.
Hoje penso em Alegra.
Também penso em Eletra.
Todas na veia, todas têm um pouco de mim.
Elétricas, velozes, rápidas, aceleradas, intensas, alegres e claro, raras, únicas.
Ria para não chorar, pois o choro limpa a alma, mas o riso a levanta, a eleva e a faz caminhar, sempre em frente.
Porque viver e saber viver vai além de rir e chorar, é preciso olhar para o alto e avante, sempre.

sábado, 21 de agosto de 2010

Desconstruindo Freud e sua teoria

Da inveja do órgão sexual masculino que Freud teorizou e lançou sobre a mulher, eu avanço para a inveja do órgão sexual feminino cometida pelo homem.
Por que uma mulher teria inveja do membro masculino?
Por este significar o poder, o comando, a chefia, a liderança, a liberdade, a atitude, a força, a energia, a disposição, a garra e outras tantas palavras de conotação expressamente ligada à independência e à insubordinação?!! Será?
Mulheres que agem como mulheres não têm inveja de nada no homem.
Aquelas que não se conformam com os valores impostos por diversas sociedades em relação à classe feminina, essas se rebelam, mas não por inveja do órgão masculino, pura linguagem figurativa, e sim por entenderem que não é justo que só "eles", os homens, possam ir à luta com suas armas em punho ou terem bravura e coragem em suas atitudes.
É ainda um atraso e um preconceito das pessoas, pensar que a mulher deve ser sempre, em qualquer ocasião, aquele ser delicado, conformado, calmo, dócil, subordinado, equilibrado, quase adestrado, que não briga nem por comida nem por coisa nenhuma, de alma pacata, praticamente uma acompanhante, quase escrava, prisioneira, conformada e ... feliz.
Só rindo mesmo. Como encontrar a felicidade assim?
Se o temperamento de uma mulher é de um ser indomável, deixemos que ela seja desse jeito.
E isso não tem nada a ver com o sentido real ou figurado da inveja do pênis.
Tem a ver com personalidade, a diferença básica entre o gado e o leão, entre o passivo e o ativo, entre a fraqueza e a força.
Espero que Freud não tenha generalizado, caso contrário estaria errado.
Nem todas as mulheres nasceram para serem mocinhas e dondoquinhas.
Existem muitas por aí diferentes. De Cleópatras a Joanas D'arc, de Donas Bejas a Viúvas Porcinas, de Madonnas a Giselles Bündchens.
É! Ou você acha que todas as modelos são lindas e burras?
Não! Sempre há uma que se destaca e que foge da regra das pacatas cidadãs.
E por isso, veja aí, vencem.
Pulam fora de um esquema quando veem que está ficando podre e azedo, não se corrompem por pouco. Se é para se corromper, vá lá, que se corrompa por muito; no sentido figurado, claro.
Fazendo barulho ou não, elas mostram quem são, pra que vieram, dão a cara a tapa e se possível, dão até o outro lado da face, mas não dão o couro para passarem por cima. Antes mesmo dos primeiros sinais de ameaça, elas já atropelam e passam para outra avenida.
Já estão longe, vilsumbrando outros horizontes.
Não se conformam com pouco. Querem sempre mais.
E agora eu pergunto:
Cadê a inveja do pênis nessas mulheres?
Elas não têm inveja de nada. Elas têm sabe o quê?
Sede e fome de viver, de sonhar, de realizar, de desfrutar e de transformar o mundo.
Se elas conseguem, só o tempo vai dizer, mas que tentam e não param de tentar, isso é fato.
E a inveja do órgão sexual feminino cometida pelo homem?
Ah, esse inverso é tão complexo, tão pouco estudado e teorizado. Não apareceram mais Freuds por aí capazes de tratar deste tema, então nem quero mais falar sobre isso.
Desculpem-me, mas apenas para não deixar em branco: Homens que brigam com mulheres, os que tentam se afirmar ou os que tentam subjulgá-las, seja em casa, seja no ambiente de trabalho, seja onde for, são ou não são mal resolvidos?
Talvez até mesmo com a própria sexualidade... Afinal, por que um homem se indisporia com uma mulher?
Por que disputaria alguma coisa com ela, tipo competência, inteligência, capacidades físicas e mentais, carisma, controle emocional ou qualquer outro tipo de controle?
Por que desafiar uma mulher? O que se ganha com isso?
Ah! Deixa que eu mesma digo:
Atestado de incompetência.
E o covardão ainda leva a pior, pois não há super bonder que não faça uma máscara cair.